sexta-feira, 29 de agosto de 2008

:: Joyeux Anniversaire!

(atentem para o farelo de pistache colado no nariz da mãe)


Correria doida por aqui. Estou escrevendo rapidinho de um café enquanto Alice cochila no carrinho. Ainda não temos internet em casa, por isso a falta de notícias. Espero que semana que vem a coisa fique mais tranquila e eu possa tocar esse blog com mais capricho.

Passo aqui rapidinho só pra contar que Alice fez um ano ontem e se atracou com um naco de chocolate pela primeira vez, felicíssima. Chocolate francês, tá, meu bem? Na verdade, era a plaquinha de cima de um bolo de framboesa e pistache. A menina vai ficar mal acostumada...




Assim, na correria, era isso. Assim que possível eu volto com calma, juro! 



quinta-feira, 21 de agosto de 2008

:: Au Revoir!


Então eu tô indo.

Embarco amanhã pra Paris (aiai) de mala, cuia e carrinho de bebê, pra um ano inteirinho de puro luxo e glamour - pros parisienses, não pra mim, claro. Porque quem ganha (quando ganha...) em Reais não banca o parisien-chic-style que seria desejável. Mas como diz o velho ditado, "quem converte não se diverte", de modo que vou abstrair a nossa desvantagem cambial, evitarei pensar que uma coca-cola custa uns 10 reais e tentarei tocar uma vidinha très chic, porem modesta. Pobre mas limpinha, sabe como? Principalmente limpinha, porque é França, sabe como é...

Vamos porque o maridão vai fazer um curso lá. Ainda não tenho uma programação definida pra mim, a prioridade é achar uma escolinha ou creche pra Alice (dicas, alguém?) e descobrir uns cursos legais pra fazer. Depois é afiar o francês, distribuir sorrisos e bonjours pelas ruas e saltitar feliz pela cidade cantando que la vie é rose, trá-lá-lá! 

Tudo isso pra dizer que:
1- só vou conseguir vir aqui no blog dar um alô quando passar o bode dos QUILOS de Dramin que vou tomar no avião pra dormir (tenho medo de avião, gente!)
2- torçam pelo bom comportamento da Alice no vôo;
3- em breve, as peripécias de Alice, mamãe e papai na cidade luz!

Beijos a todos!




quarta-feira, 20 de agosto de 2008

:: Bebêsta 2, A Missão


Então a gengivona da Alice deu pra coçar horrores, tadinha. Ela se desespera e baba e solta impropérios bem alto naquele idioma dos bebês (ãããã... grrrrrr... aeaeae), o que deixa todo mundo em volta meio aflito e morrendo de dó. Diante disso, resolvemos presenteá-la com um mordedor bem borrachudo pra ela gastar a gengiva toda nele.


Aí foi assim: ela agarrou o mordedor com seus dedos gordinhos e tchum! dentro da boca. A mão, não o mordedor.


E ficou ali, feliz da vida, chupando vorazmente a mãozinha enquanto o mordedor batia no nariz.



(bebestagem do fim do ano passado, quando ela tinha uns 4 meses e essa cara aí em cima...)

::Cinema + Slings


Então rolou o cineminha ontem. 

Gente, que coisa legal! Nunca tinha imaginado uma sessão de cinema assim, com dezenas de pimpolhos e mães e pais e simpatizantes, todo mundo numa ótima. Eu tinha um certo receio por causa da Alice, que tá naquela fase de tagarelice sem fim, mas foi sensacional. Porque os bebês falam sim, e daí? Uns resmungos aqui, uns chorinho ali, gritinhos acolá, e ninguém, N-I-N-G-U-É-M olha feio - o que é muito libertador para as mamães, né não? Se o barulho estiver alto é só sair, dar uma voltinha e voltar quando o pequeno acalmar. Ou descer para o café e esperar pela deliciosa sessão pós-sessão, onde todo mundo se encontra pra bater papo, trocar dicas e apertar bochechas - dos bebês, não das mães. Vi bebês de todas as idades, dos muito petiticos aos espoletinhas de ano e pouco. Clima ótimo.  


O filme? Confesso que não vi. Alice preferiu brincar debaixo da tela e se arrastar de barriga pelo corredor. Mas foi ótimo porque acabei descendo pro café com a Karina (amiga de blog que conheci ao vivo!) antes do fim do filme, e pudemos conversar um pouco mais. 

 

A linda Maria também está na foto, mas embutida nesse pacotão amarrado no ombro da Karina. E aí chegamos no segundo assunto desse post: os slings.

 

Eu me senti uma jacu levando carrinho! Quase todas as mães usam sling (esse tecido amarrado no corpo que carrega o bebê feito um canguruzinho), que é confortável e facilita a movimentação. Os pequenos dormem deliciosamente colados no corpo da mãe, os maiores fica sentadinhos. 


(outra foto roubada da Karina, pra ilustrar. Olha a Maria aí, gente!) 


Me arrependi muito de não ter comprado um quando a Alice era bem pequena, porque não sei se agora ela vai acostumar... vou tentar e depois conto aqui.

 

Alguns links úteis:

 

Slings:

www.sampasling.com.br

www.babyslings.com.br

 

Cinematerna:

www.cinematerna.com.br


segunda-feira, 18 de agosto de 2008

:: Alôôôu?



... enquanto isso, deixo vocês com a fofíssima Nina - a prima carioca da Alice - mentindo que não se encontra pra sua pobre amiguinha Bebel. 





Êêê! Vou conhecer as amigas de blog! 

Êêê! Alice vai ao cinema!

Êêê! Vou ver o Asterix (adoro!) e ainda treinar meu francês capenga!


(Sou a moça com uma rosa vermelha na lapela, tá meninas?)


sexta-feira, 15 de agosto de 2008

:: Cinematerna 2


Me animei super! Vamos ao cinema, mulherada!


Terça (dia 19) às 14h, no Bristol. O filme: "Asterix nos Jogos Olímpicos".  


Quem chegar em mim e disser "eu leio o pequeno guia prático" ganha um brinde especial (que eu ainda não sei qual é, mas pensarei com carinho)!


Beijos e até lá! 


(Dúvida, pras que já foram: simpatizantes são aceitos, mesmo sem filho? Porque aí todas as amigas do blog poderiam ir, seria divertido!)


quinta-feira, 14 de agosto de 2008

:: Alice e o dente


Eu estou numa fase dental. Faz 2 semanas que visito dentistas como quem vai ao banheiro, de modo que volta e meia me pego pensando em dentes. Hoje, pra variar um pouco, vou falar dos dentes da pequena (que, ao contrário dos meus, só me dão alegria!).

Ainda não tenho a foto do canino que prometi, mas tenho um texto. Que foi escrito em abril, quando apareceu o primeiro dentico dela. Segue aí embaixo.



Entre uma mordida banguela aqui e outra ali, eu me dei conta: tá nascendo o primeiro dente da Alice. Ainda nem chega a ser um dente, é mais um serrotinho brotando da gengiva que a gente percebe quando passa o dedo (ela fica bravíssima). Mas tá lá.

Então minha filha já tem dente, que mocinha! Minha reação? Fiquei com vontade de chorar. Sério. Estou vivenciando o luto da gengiva – mais um, entre tantos outros lutos que a gente vive quando tem filho. Porque você ainda tá se acostumando com aquela pessoinha daquele jeito e quando vai ver, já foi. Ela já mudou e nada será como antes. Minha sensação é: a Alice nasceu anteontem, sentou ontem e hoje tem um dente. Se continuar nesse ritmo, ela vai aprender a falar amanhã, a escrever depois de amanhã e na semana que vem vai estar com 15 anos, cheia de piercings e gritando que me odeia. Daqui a um mês eu viro avó! Deu pra sentir o drama?

É tudo muito rápido, cara! E eu sinto que tô perdendo o bonde. Mesmo estando aqui do lado dela todos os dias, vejam só. Mandei a licença-maternidade pras cucuias e me dei esses primeiros meses da vida da minha filha de presente - um luxo que valeu muito a pena, pra mim e pra ela. Imagino como deve ser difícil sair de casa de manhã e perder cada sorriso, cada truquezinho novo, cada coisa que eles aprendem todo dia – e são tantas que até estando do lado é difícil acompanhar. Quando bate a crise de estar “improdutiva” por tanto tempo, é isso que me anima. E, verdade seja dita: improdutiva o cacete, né? Tô no trampo mais cansativo, mais exigente e mais relevante da minha vida. E, de quebra, o que me dá mais prazer, apesar dos pesares.

Mas eu falava do dente, do luto e das gengivas. Acontece que eu me apeguei às gengivas. As gengivas são uma feliz surpresa que os bebês trazem consigo, apesar de a primeira vista não valerem grande coisa. Antes da Alice nascer eu tinha mil expectativas, mas nunca, nunquinha, dei nada pelas gengivas dela. No entanto, aí está: elas estão com os dias contados e eu estou sofrendo horrores. Porque elas são lindas! São rosinhas! São rendadas! Os dentes não estão lá mas o espaço está reservado pra eles, delimitado por essa espécie de renda bonitinha que divide a gengiva em lotes. Uma graça. Bebês banguelas são simpáticos e fofinhos com aquela boquinha murcha, e vou sentir falta da Alice desdentada – apesar de saber que bebês com dentes são incríveis também, principalmente quando são só os dois dentinhos de baixo e o bebê fica parecendo um buldogue pelado, com aqueles dentes proeminentes e bochechonas balançando.

Enfim, ser mãe é exercitar o desapego, certo? Então vou dar adeus às gengivas muito dignamente e comemorar o dente segundo a tradição árabe: com um “Trigão”, que é uma sobremesa feita de trigo, nozes, amêndoas e outras coisas duras que representam tudo o que um ser possuidor de dentes pode comer. E todos comeremos – menos o bisavô da Alice, que já há algum tempo deixou de possuir dentes, e a própria Alice, que começa a possuir dentes mas não sabe usá-los e cuja mãe não é louca o suficiente pra mergulhá-la em açúcar e afins tão cedo.

Então é isso. Que venham os próximos dentes - mas venham depressa, senão a Alice vai ficar a cara do Chico Bento, com aquele dentão solitário. E Chico Bento, convenhamos, não dá. 


quarta-feira, 13 de agosto de 2008

:: Cinematerna


A essa altura acho que muitas mães paulistanas já sabem, mas não custa reforçar: Cinematerna é uma sessão de cinema especial para mães e seus pimpolhos, que acontece toda terça-feira no Bristol, em São Paulo. Eu nunca consegui ir (por total falta de tempo e organização), mas deve ser bem divertido!

 

 

Mais informações: www.cinematerna.com.br 

Link para reportagem do SPTV - que conta ainda com a Karina, seus famosos peitos (he!) e a fofa Maria se esbaldando de mamar: 



terça-feira, 12 de agosto de 2008

:: Ainda o dente


Então eu fui lá e assassinei o dente. Eu não, a doutora. Mandou um canal nele, de modo que meu primeiro molar inferior perdeu seus nervos e jazia mortinho da silva.


Pois eis que agora ele dói. Lateja, como latejou no começo de todo o imbróglio. Meu dente morto está pulsando, entendem? Céus!


Agora me diz, o que é isso? Reencarnação? A volta dos mortos-vivos? A ressurreição de Cristo??? Dentistas (ou padres), expliquem, por favor!


:: Dos Medinhos


(para Olly)


Eu não sei que tipo de mecanismo regula esse fenômeno, mas ele existe: mulheres à beira de dar à luz perdem o medo do parto.

Chocante!

Parir é um dos cagaços universais da mulherada (converse com meia dúzia de amigas pra saber), mas na hora do vamos ver a gente entra em comunhão com a Mãe Terra, encarna a deusa da fertilidade e adquire a calma de um Rinpoche. Entrou tem que sair, baby. É a lei da natureza. Então a gente se resigna e acha lindo e diz amém. Tenho visto muito isso acontecer, aquelas grávidas estourando de barrigudas e com aquela expressão serena de quem sabe o que ninguém mais sabe. Cara de informação privilegiada, sabe como? Uma calma transcendental. Não sei que milagre é esse, mas acontece. A invenção da anestesia deve ter alguma coisa a ver com isso.

É bom que seja assim, porque a mulher grávida é por definição uma criadora de pavores criativíssima e incansável.

Há os medos-padrão: medo da responsabilidade, da mudança de vida, de botar um filho no mundo doido de hoje, da criança nascer com algum problema, 6 dedinhos nos pés, etc etc. Esses são universais e relevantes e continuarão existindo até o fim dos tempos. E existem aqueles medinhos específicos de que pouco se fala. São medinhos fúteis, que abafamos pra não parecer que estamos invertendo o valor das coisas. Como todo mundo diz, o importante é vir com saúde, o resto é lucro. Claro. Mas o resto é importantíssimo quando a grávida é você. E dá-lhe medos fúteis: e se a anestesia não pegar? E se eu fizer cocô na hora do “empurra, empurra!”? E se meu filho nascer feio e eu não conseguir mentir que achei ele bonito? E se a barriga não voltar e eu ficar buchuda para todo o sempre? E se meu filho continuar careca e gengivudo até a pré-escola?

E o peito rachado? Céus! Só o termo já dá arrepios. Conforme a gravidez avança também avança a necessidade mórbida que os outros têm de te assustar, e você descobre que o parto não é nada comparado com a primeira semana de amamentação. Porque demora pro peito engrossar, ficar cascudo e a prova de puxões (e aí você pensa: o que é pior, peito cascudo ou peito rachado? Sinuca de bico...). Os relatos são pavorosos: o bico sangra, as mamas (reparem que peito de grávida sempre vira “mama”) endurecem, vem uma bactéria e faz o leite virar polenguinho. As mães choram, batem o pé e fazem careta – mas não tiram o filho do peito, que espécie de mãe tiraria? 

Nesse ponto eu já estava considerando seriamente contratar uma ama-de-leite e pensando aqui comigo: pra quê caralhos eu fui resolver parir um filho, pra quê??

Anyway, eu pari. Parto normal, com anestesia, tudo muitíssimo tranqüilo. A barriga voltou ao que era. Meu peito ficou esfoladinho e dolorido mas não chegou a rachar. Minha filha tem cabelos, dentes e 5 dedinhos em cada pé. E é incrivelmente linda, na minha modesta opinião, que é a que importa nesse caso. 

O mundo é esse que a gente conhece, infelizmente. Cheio de gente, mas carente de gente legal - taí um bom motivo pra enchê-lo de crianças bacanas, educadas com amor e responsabilidade.

A vida muda sim, muito. Óbvio que a reação a isso é absolutamente pessoal, mas pra mim foi muito mais pro bem do que pro mal. E olha que eu não faço o tipo maternal, não mesmo. Tive dúvidas da minha capacidade e vontade de ser mãe até praticamente anteontem. Mesmo sem me sentir preparada, encarei. E tá sendo ótimo! De alguma forma maluca você se adapta, dá um jeito, cria um esquema e mantém o que tinha de essencial do seu cotidiano - vide mães baladeiras, mães executivas, mães viajantes e etc. Passados os primeiros meses, a gente nota que a vida continua. Simples assim. O mundo não parou pra você parir, de modo que você volta pra ele rapidinho, como sempre foi. Só que agora, com uma criaturinha fofa sorrindo e te estendendo os braços todo dia de manhã.

Enfim, não tô aqui pra fazer o lobby da maternidade. Ter ou não filhos é uma opção, e acho validíssimo os que decidem não tê-los. Mas que seja por convicção e vontade, e não por medo. Porque medos estão aí pra serem superados. A gente tem medo mas segue adiante, fazer o quê? Ficar paralisada é que não pode. E o melhor foi ver que, pelo menos até aqui, meus medos foram todos infundados. 

(Menos o do cocô no parto.)


segunda-feira, 11 de agosto de 2008

:: O Pai, esse injustiçado



Agora olha lá e faz uma pose bem bonita, filha!


Uma injustiça enorme que eu cometo nesse blog é ficar falando me, me, me (ou mãe, mãe, mãe) e pouco mencionar o pai da criança, que tem 50 % de mérito e culpa em tudo que é narrado aqui.


É que a gente fica auto-referente quando fica grávida. O mundo passa a girar, literalmente, em torno do nosso umbigo. Depois a gente fica auto-referente quando vira mãe, porque a ligação com o bebê nesse começo é quase carnal, e as mães meio que viram bicho e saem procurando outras mães pra se enturmar, e falar-falar-falar dos filhos e delas próprias como se não houvesse mais ninguém no mundo.


Acontece que a minha gravidez só foi tão incrível porque eu tinha um cara incrível do meu lado, me mimando mais do que eu sou capaz de conceber. Meu marido foi esse tipo que engravida junto, sabe? Lê todos os livros, vai em todas as consultas, fica abestalhado nos ultra-sons. Até uns enjôos esquisitos ele teve.


E como pai, jesus! Ele é mais incrível, mais amoroso e mais participativo do que eu sempre achei possível. Ele acorda de manhã pra cuidar da Alice enquanto eu durmo! Ele foi fundamental naqueles loucos primeiros dias, quando a gente se sente um bagaço e acha que vai morrer. Nas primeiras semanas, era só o sol se pôr e eu tinha vontade de chorar (o tal baby blues... familiar pra alguém?). Pois eu ia chorar deitada no peito dele, e era quase gostoso ficar ali, aos prantos, sentindo a respiração dele e ganhando cafuné. Nada me acalmava mais do que isso. Fico pensando nas heroínas que conseguem criar seus filhos sozinhas, sem o pai do lado. Por que, meu Deus, como é difícil! Não consigo imaginar a vida de mãe sem ele do lado. Na verdade não imagino a vida sem ele do lado, ponto. O cara é fodão, e eu tenho um bocado de sorte de ter encontrado com ele, justo ele, nesse mundão de deus.


De modo que devo a ele a alegria e a calma da gravidez e da maternidade, e portanto devo a ele uma filha tranqüila, adorável e feliz. E linda de morrer, claro - porque, convenhamos, esses inacreditáveis olhos azuis não são mérito meu.


Eu não vou partir para declarações mais rasgadas assim publicamente porque ele vai ficar tímido. Cabe então aproveitar esse espaço pra, singelamente, desejar a ele um feliz primeiro dia dos pais!

 

(E vamos fingir que hoje é ontem, tá?)

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

:: Matosão


Mencionei que Alice chegou aos 11 meses com 2 dentes e meio, certo? Vou deixar os dois pra outra hora, porque hoje vou falar do meio.


Pois bem. Quando eu tinha me acostumado com os dois dentes debaixo, desponta o terceiro. Em cima. Um canino.


Eu disse CANINO.


Eu disse UM.


Oh God! Alice tá a cara do Matosão, lembram? O marido da Mary Matoso em Vamp, aquele vampiro patético que foi mordido pela metade e só tinha um canino, uma coisa horrorosa. É o da esquerda na foto.

Rá-rá, olha, ela só tem um dente!!!


 

Preciso tirar uma foto dela AGORA. Porque com bebê é assim: piscou, já virou outra coisa. Outro dente pode aparecer em questão de minutos. E aí fica a dúvida: será o da frente? Ou será o outro canino, e ela vai ganhar um adorável e ridículo sorriso 1001??? Façam suas apostas...


Foto da vampirinha banguela em breve!


****


:: Miniconto de horror


Se o meu post sobre os cuidados com os dentes da mãe foi pouco, leiam o depoimento da Karina sobre o assunto, lá embaixo, nos comentários. E corram pro dentista, JÁ!


quarta-feira, 6 de agosto de 2008

:: Família Soprano


Eu me considero uma pessoa inteligente. Tenho momentos de burrice desmoralizante, vá lá, mas assim, de modo geral, eu sou bem esperta.


Pois eu cometi dois erros estúpidos com a Alice. Erros primários, óbvios e injustificáveis. Fui tão ingênua que chega a ser comovente. Ingênua é até bondade, eu fui burrinha mesmo. Acontece.


Pois bem: eu fiz a Alice achar que roubar óculos era legal, e a ensinei a cantar a ária da Rainha da Noite d’A Flauta Mágica (vejam a partir dos 40 segundos).


E agora a vida é assim: bobou, ela pimba! nos óculos do primeiro desavisado que a encarar de muito perto – e todo mundo encara, como resistir? Então eu tiro os óculos das mãos dela, explicando que óculos são importantes para os seus donos e não é legal ela roubá-los e nem devolvê-los melados de baba (porque as mãos dela estão invariavelmente babadas, quando não estão coisa pior, agora que ela aprendeu a enfiar o dedão inteiro no nariz). Ela devolve, mas protesta. Dá gritinhos num timbre de quebrar cristais, ou causar histeria em cachorros. A moça do vídeo teria até uma certa inveja do alcance vocal da minha pequena.


De modo que eu escolho: ou ando cegueta pela casa, ou tenho os tímpanos prejudicados pelos pitis da Alice. Baita sinuca. Acabo escolhendo os óculos, porque 4 graus de miopia não é coisa fácil de se abstrair. E essa moda gritalhona passa, espero. Na dúvida, paramos com a Flauta Mágica. Nossa cantoria agora é de Pavarotti pra cima. Ou melhor, pra baixo. Vários tons pra baixo...


segunda-feira, 4 de agosto de 2008

:: Semana Mundial da Amamentação


Foi a Nani que me lembrou: estamos na semana mundial da amamentação! Então resolvi juntar o meu conhecimento acumulado sobre o assunto pra dar dicas aqui, mas veio a Ju, muito mais rápida e eficiente do que eu, e já publicou basicamente tudo o que se deve saber sobre o assunto. Passem e , djá!

Vou complementar com algumas outras coisinhas e depois contar uma pequena historinha sobre o assunto, ok?


1 – Lansinoh é uma pomada milagrosa à base de lanolina. É ótima para tratar bicos rachados, mas também pode ser usada para preparar os seios nos últimos meses da gravidez. Eu usei diariamente desde os 6 meses e o peito não rachou. É cara e não muito fácil de achar (Ju, vc sabe onde vende?), pois não é fabricada no Brasil. Uma busca na internet deve dar a dica de onde comprar na sua cidade. Ou aproveite aquele amigo viajando e peça pra trazer de fora – é fácil de encontrar e sai bem mais barato.


2 – Posições de mamada - Vale conhecer, aprender e dominar pelo menos duas, pelo seguinte: cada posição resulta em uma pegada diferente da boca do bebê no peito, então os machucados no bico, comuns na primeira semana, não se agravam tanto. Uma hora a boca pega mais embaixo, outra mais em cima, ou mais pro lado... trocando de peito e de posição, dá pra dar uma folga para cada machucadinho a cada 3 mamadas, caso seja necessário. Uma que funcionou pra mim foi a posição invertida - aquela pegada "jogador de rugby", na qual vc coloca o filho debaixo do sovaco (pobre!) e ele pega o peito pelo lado de fora, assim:

(Procurando um desenho, li que variar a posição também ajuda a esvaziar a mama, pois o bebê estimula diferentes dutos. Mais um benefício!)


3 - Nas primeiras semanas, faça uma estação de amamentação. Um canto bem confortável com água, livros, revistas, palavras cruzadas, sudoku... porque o tempo que você vai passar ali é quase inacreditável. É assim: no primeiro dia você estará amamentando e olhando para seu filho embasbacada. No segundo parece que vai morrer de tanto amor. No terceiro vai admirar cada dobrinha do rosto perfeito dele. No quinto, um pouco entediada, vai arrancar casquinhas da cabeça dele. No décimo você vai gritar por uma Marie Claire, pelamordedeus! (Eu tentei livros, mas é difícil se concentrar. Uma revista bobinha qualquer já ajuda a arejar um pouco...)


4 – Preparação dos peitos na gravidez - Como a Ju falou, sol e bucha. No meu caso, esfolar os peitos com a buchinha não era uma opção. Difícil contar isso aqui sem adentrar em detalhes íntimos, mas basicamente é o seguinte: na gravidez os mamilos pulam pra fora como minidedinhos e a impressão é que vão descolar e cair no chão a qualquer momento. Tenho uma aflição enorme de mamilos, e esfregá-los diariamente não era de forma alguma uma possibilidade. Então me sobrou o sol. Ok, parecia fácil e até divertido.

Segue então uma breve historinha da minha primeira e única tentativa de bronzeamento peitoral:


O Carlos viajou e eu fui ficar uns dias na casa dos meus pais (e minha casinha da vida inteira) pra matar a saudade, ser mimada e tomar horrores de sol – o quintal lá é mais reservado do que o de casa.

Eram umas 11 da manhã. Sentei-me na grama, levantei a blusa e puxei a calça de moletom até cobrir a barriga – a preguiça de passar protetor solar exigia tais cuidados, de modo que me encapotei toda deixando apenas a linha dos mamilos de fora. Até um chapéu de palha estilo Verão de 78 em Ibiza eu arranjei. Então eu estava ali sentadona, de chapelão, óculos de sol, peitolas de fora, muito digna, tomando meu solzinho. E aí vejo passar por mim um par de pés desconhecidos.

Acontece o seguinte: meu irmão é professor de yoga e dá aulas em casa, num salão no fundo do quintal. Óbvio que isso foi considerado por mim quando decidi fazer um embaraçoso topless no quintal, mas a aula tinha terminado às 10h30, portanto não haveria mais aluno nenhum pra testemunhar aquele triste espetáculo.

Isso era o que eu pensava, mas o fato é que passaram os tais pés, carregando uma moça com cara de assustada. Era uma aluna que tomava banho ali mesmo pra ir direto pro trabalho, o que explicava sua presença naquela hora. Cumprimentamo-nos cordialmente como se nada fosse, me cobri discretamente como se nada houvera e ficamos ali, 15 segundo de silêncio mortal, as duas tentando fazer crer que tomar sol de chapéu de palha, moletom até os peitos e mamilos de fora é algo absolutamente normal. Aí ela seguiu andando e, antes de chegar no portão, se virou e disse: Faz muito bem. Eu tomei bastante sol no peito e consegui amamentar até os 11 meses.

Oh God! Ela ainda foi fofa! Se eu não estivesse quase chorando de vergonha, teria perguntado se ela me emprestava a casa dela para as próximas sessões.


PS: Valeu meninas! Nani pelo toque e Ju por facilitar o trabalho ;)


sexta-feira, 1 de agosto de 2008

:: Frases que eu li por aí

 
"Um bebê sem fraldas é um bebê armado e perigoso."

Verdade verdadeiríssima, mulherada. Nunca se esqueçam disso, nunca!


*e após esta breve aparição, Mariana empunha uma garrafa de Pinho Sol e se dirige bravamente ao quarto da Alice para lidar com a cascata de xixi que atingiu trocador, 4 andares de gavetas e chão. E vai feliz, porque dessa vez foi só xixi...*
 

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