sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

:: Alice e o segundo amor


Acho que Alice tem um paquerinha, gente!


Mas pra falar disso eu tenho que falar de duas coisas antes:


1. Alice agora vai pra escola. Eu não falei disso antes porque depois de uma expulsão aos 14 meses de idade a gente fica safo, né? Não quis comentar sem ter a certeza de que dessa vez ia dar certo. Pois não só deu certo, com ela foi promovida: passou da seção dos bebês pra seção das criancinhas. "Alice é única criança que passou de ano sem freqüentar as aulas!", disse o pai? A tia? O primo? alguém que eu não lembro.


2. Alice está sofrendo bullying na escola, céus! Tem sido constantemente abusada por uma garotinha muito maior que ela – os pequenos sempre sofrem nessa hora, coitados! Essa garota, a Nitsa, vive de roubar a Nenê da Alice ou futucá-la nas bochechas. Verdade que as bochechas da Alice são apetitosas e convidativas, mas tem que ser com jeitinho, dona Nitsa! É pra fazer carinho, não pra dar dedada! Acho que é isso que a professora sempre diz, mas a Nitsa insiste nos futucos e aí a professora a leva pra jaula pro cercadinho até ela se acalmar. Fiquei me perguntando por que a Nitsa implica com Alice, e aí chegamos no assunto principal desse post: porque a Alice tá cobiçando O MUSO do jardim da infância (boa, garota!), só por isso.


Logo nos primeiros dias, quando ela começou a se adaptar na escola e queria me mostrar que estava tudo suuuper bem, aconteceu a seguinte cena quando fui buscá-la: ela me viu, pegou pelo cangote o primeiro menino que tava dando bobeira por perto, e agarrou. Lascou-lhe um abraço forte e só não beijou porque ele ficou embasbacado e fugiu (ah esses franceses, tão lentinhos!). Foi pra me mostrar “olha mãe, eu tenho amigos, estou enturmada, a escola é legal”, mas acho que aí ela botou reparo no menino, viu que era um pitéu, cresceu o olho e decidiu, 


te quiero, te quiero djá!


e agora passa as horas a jogar charminho. Acho que o nome dele é Tobie. Faz o tipo homem mais velho, tem lá seu ano e meio, no mínimo. E é alto, lindo. Que bom gosto tem minha filha! Agora é Alice despejar todo o seu charme e aquele suíngue brasileiro arrasador pra cima dele, e o pequeno Tobie tá perdido! 

Então é isso. Perdeu, Nitsa! Per-deu! Pode dedar a Alice à vontade, pode roubar a boneca dela, mas o Tobie, minha querida, esse você não leva! 


***


A Thaís me perguntou como funciona a coisa do "blog vigiado" do post anterior. Confesso que eu também sou meio novata na coisa e não sei direito, mas recebi duas dicas. A primeira é o site copyscape.com, que pelo que entendi faz uma varredura na net procurando por cópias de textos do site que você quer checar. O tal post das gêmeas explica melhor.

A segunda dica veio da Karenina, nos comentários: colocar o selinho do creative commons no blog, que permite que o conteúdo seja compartilhado mas seguindo algumas regras. Pra saber mais, procurem "creative commons" e "copyleft" na wikipedia - é uma proposta bem interessante de uso de conteúdos culturais.

Fora isso, tem o método tosco que eu usei: google em você mesma! De vez em quando, faça uma busca em trechos de textos seus que você considere "copiáveis" - e se prepare pra alguma surpresa desagradável.


quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

:: Aviso aos picaretas


Li ontem um post no Trendy Twins falando sobre como se defender dos ladrões de texto - pois é, até texto alheio se rouba nessa vida, coisorrorosa.

Pois aí fiquei curiosa e dei um google em trechos de textos que já publiquei aqui. E batata: também já fui roubada. Fiquei besta. Que cara de pau, meu! 

Olha só, é muito legal saber que o que a gente escreve gera identificação. Que as pessoas gostam e bate aquela coisa de "nossa, eu podia ter escrito isso!". Podia, mas se não escreveu, minha amiga, copiar como se fosse seu não vale! Pode abrir aspas e publicar indicando a fonte, mas roubar na caruda é falta de educação, de noção e sobretudo de classe.

Tô com as gêmeas: a partir de hoje, blog vigiado!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

:: Alice e o primeiro amor





Estamos namorando, eu e ela. Tipo começo de namoro, sabe? A gente se ama e se agarra e se beija muito, ela morde meu nariz, eu a espremo em abraços infinitos. Todo dia, na escola, ela gruda nas minhas pernas e chora quando eu saio, “mamãe não, mamãe não!”. E ri-se toda quando eu volto, e pega um carrinho ou a vaquinha de borracha pra me mostrar, múúú, ou aponta a professora lendo um livro, e depois abre os bracinhos e se joga em mim, deita a cabeça no meu ombro deixando um rastro de babinha nos meus cabelos, e eu quase morro de amor.

Já dura mais de ano esse namoro, e a paixão continua – melhor, ela aumenta.  Começou, confesso, quando Alice tinha uns 5 meses. Antes disso a gente ainda tava “se conhecendo” (ah, os clichês do amor...), ainda vendo no que ia dar. Pois deu: ela calhou de ser a criaturinha mais adorável que já pisou nesse mundo e eu vou apertá-la muito pelo resto da vida, ela querendo ou não.


Bom, aí eu também estou namorando loucamente o Carlos, porque em família é assim: o amor não se divide, se multiplica. E Carlos está namorando loucamente a Alice, e ela sai correndo e gritando babái!babái!babái! quando ele chega em casa e os dois vão se enroscar no sofá, ela exibindo o truque do dia, como encolher a barriga ou contar até cinco.


E seguimos nesse triângulo amoroso louco, nessa orgia de amor infinito. Às vezes a gente até briga, ou discute a relação (e vou dizer: Alice é pés-si-ma ouvinte) mas tudo sempre termina aos beijos e agarros, como todo bom namoro deve ser.


***


Aí meus tios passaram uns dias em Paris aqui com a gente e ficaram com Alice em alguns momentos, pra liberar mamãe e papai pra uns passeios. Depois contaram que ela se comportou incrivelmente bem – tão bem que eu quase achei que não era a mesma criança a que ele descreviam pra mim numa noite depois do cinema: tranqüila, fácil de agradar, topa-tudo e sem um pingo de teimosia.

Ela pode ser tudo isso sim, mas quase nunca ao mesmo tempo. Contei que comigo ela é birrenta, tem mil artimanhas maquiavélicas e manias horríveis, tipo bater a cabeça no chão quando é contrariada (oh god!). Engatamos nesse papo e minha tia fez um comentário ótimo, que nunca tinha me ocorrido. Era mais ou menos isso: “Ela é tão segura do amor de vocês que é em casa que vai experimentar, desobedecer, desafiar. É com vocês que ela pode ser chata, desagradável, birrenta, agressiva. É um ensaio pra vida, saudável e necessário, no único lugar que ela se sente segura: em casa, com pai e mãe do lado. Melhor gastar rebeldia em casa que lá fora, na vida real, em que ela não vai encontrar a mesma compreensão e o mesmo amor incondicional.” 



Né?


sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

:: Projeto Suri Cruise 2009 (e um convite!)




Um dia (bem antes, lááá atrás) eu decidi: meus filhos vão ser chiques. Porque não posso com criancinha estilosa, é tão irresistível que eu olho pra uma e plup!, ovulo instantaneamente. Quando finalmente produzi a minha própria filha pra despejar nela todos os meus sonhos de empetecamento infantil, veio a surpresa: caraca, como custa caro, né? As roupas são mínimas mas o preço é máximo, como é possível? Então desisti do plano original e resolvi que minha filha seria bem vestida só de vez em quando, com as roupas que ganhou de presente.


Bom, aí a Suri. Pobre Suri, acho que ali a coisa até passou um pouco do ponto. 


Boneca, eu??


Porque veja bem:

- Usar roupas tão lindas que dá vontade de gritar = bom

- Usar TODO-SANTO-DIA roupas tão lindas que dá vontade de gritar = não-bom.  Como fica o parquinho, o tanque de areia, a luta na lama, a sopa de beterraba? Você vai é gritar meeesmo toda vez que ela chegar perto de uma dessas coisas, o que é uma baita sacanagem, criança tem o direito de se emporcalhar. (Tá, talvez a Katie Holmes não grite, ela apenas compre mais e mais roupas luxuosas. Mas eu gritaria, certeza.) 

- Usar esmalte carmim aos 2 anos de idade = mãe doidona. Me parece que faltou discernimento sobre o que é adequado pra uma criança tão pequena (e não, misturinha também não é adequado, gente!). Minha opinião: terapia já pra dona Katie, pra ela deixar a menina ser criança em paz. Criança, no máximo, pinta as unhas bem borrado com canetinha, Katie!  


Enfim, exageros à parte, é indiscutível que a Suri é um sonho de guriazinha e o guarda roupa dela bota muita inveja na gente. Mas é guarda roupa de filho de milionário, né? Não tem uma condição. 


Não TINHA, mulherada! Eis a chance de montar um guarda roupa de Suri pro seu rebento sem precisar casar com o Tom Cruise.

Conhecem o Coquelux? É um site que vende produtos bacanudos (roupas, cosméticos, acessórios, etc) por preços amigos - eles conseguem até 70% de desconto no artigos. Mas funciona como um clube fechado, você precisa ser convidado por alguém de dentro pra participar. Eu, que nunca tive amigos nas altas esferas e sempre acho que tenho zero chance de ser convidada pra algo desse tipo, acabo nem me empolgando muito com essas coisas.

Mas agora é diferente, minha gente! Descobri que tenho sim amigos nas altas esferas. Nesse caso, na mais alta esfera possível: DENTRO do próprio Coquelux! Então eu e esse amigo confabulamos e criamos uma parceria. Resultado: Agora EU tô convidando, amigas leitoras do pequenoguia! Basta clicar no link que está ali embaixo e fazer sua inscrição no site.

É que de 29 a 31 de janeiro vai acontecer uma venda que interessa a nós mamães: a coleção de verão da Body Baby, que faz roupas moderninhas e fofas, com os tais descontos camaradas. Quem se cadastrar pode participar! Mas o melhor é que o convite não é so para essa venda, ele vale pra todo o site e pra todo o sempre.


Participem e divulguem!


www.coquelux.com/convite/pequenoguia


(Ah, esse link é valido por tempo limitado. Run!) 


Mais sobre o Coquelux, aqui.


quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

:: 5 produtos pra roubar da gaveta do seu bebê...


*Pomada de bunda 
Mais especificamente, Bepantol. É o bombril das pomadas: mil-e-uma utilidades. Clássico dos clássicos pra hidratar os lábios e cicatrizar tatuagens, também é usada pra amenizar olheiras, hidratar os pés, passar no nariz quando está assado (culpa daquela gripe que te faz assoar o nariz a cada 3 minutos), etc etc. 

*Xampu de bebê
Dica do meu oftalmo: lavar bem os cílios diariamente com xampu de bebê (que não arde) ajuda a evitar olhos irritados e vermelhos. Pois olhem só que cousa: na minha última consulta, recebi a humilhante notícia de que estava com caspa nos cílios (horror, horror! - me imaginei dando piscadas sensuais e soltando floquinhos por aí). Na verdade é uma microcaspa, invisível a olho nu (uf!), causada por excesso de gordura na raiz dos cílios, o que por sua vez é uma reação de defesa dos olhos pra combater o excesso de poluição. Resultado: olhos secos, irritados e sensíveis. Até existe um xampu específico para olhos, mas é muito mais caro do que o bom e velho "chega de lágrimas" dos nosso filhotes. 

*Perfumes fofos
Perfumes para bebês nem deveriam existir, pois bebês já cheiram suficientemente bem por conta própria. Mas como muitas vezes os perfumes vêm nos kits da maternidade e ficam dando sopa, porque não passar a mão, se o cheiro lhes apetecer? Ok, cheirar a bebê não é das coisas mais sexies do mundo, mas que é gostosinho é. E lembro que há uns 15 anos cheiro de bebê era moda - quem nunca usou o "Mamãe e Bebê", da Natura, que atire a primeira pedra! 

*Baby Wipes
Não vou entrar em detalhes nesse aqui. Só digo que: é macio, é cheirosinho e limpa que é uma beleza. Façam dele o uso que lhes aprouver.

*Óleo Johnson's
Outro coringa: amacia a pele, amolece a cutícula, vira esfoliante se misturado com açúcar, tira rímel à prova d'água... só não sei ainda o que ele faz pelo bebê.


:: ...e um pra emprestar pra ele.

*Água termal
Uma borrifada na retaguarda a cada troca de fraldas, e voilà! Se a gente usa na cara ambicionando aquela pele "bundinha de bebê", imagine o sucesso da bunda em si após tal frescurinha? É verdade que nunca cheguei a nenhuma conclusão sobre o efeito das tais águas termais, que afinal de conta não passam de água mesmo. Mas mal não há de fazer. E, fundamental: aqui em Paris elas são baratinhas, de modo que podemos gastá-las sem dó nas partes baixas dos pequenos.


quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

:: Mãmã slings


Quem conhece a Karina sabe: ela está sempre com a pequena Maria embutida num sling, e as duas vivem pra cima e pra baixo na rua, na chuva e na fazenda. Prático, confortável e delicinha - porque a gente quer as nossas crias assim, bem debaixo das nossas asas, certo?

Daí que ela e uma amiga tiveram a idéia de fazer uns slings lindões, com umas estampas diferentes. Vale conhecer o blog delas:






terça-feira, 20 de janeiro de 2009

:: O Meme

E séculos depois, eis o meme da Mel. Ainda não sei o que significa "meme" (alguém?), mas entendi como funciona. 

Tipo assim, ó:

 Regras:

1- Linkar a pessoa que te indicou.

2 - Escrever as regras do meme em seu blog.

3 - Contar 6 coisas aleatórias sobre você.

4 - Indicar mais 6 pessoas e colocar os links no final do post.

5 - Deixar a pessoa saber que você a indicou, deixando um comentário para ela.

6 - Deixar os indicados saberem quando você publicar seu post.

 

Então vá lá: 6 coisas aleatórias sobre mim.

  

* Sofro de TOC, acho. Tenho essa mania doida de buscar simetria nas coisas que encostam em mim – principalmente nos pés. Assim: se eu estou andando e raspo o pé direito no chão, preciso raspar o esquerdo. Uma pedra cutuca a minha sola de um lado, volto e piso nela com o outro, pra igualar a sensação. Estou sentada com as pernas cruzadas, fico trocando o pé de apoio pra fazer justiça com os dois. Ou, o melhor de todos, cafungada do maridão no pescoço: arrepiou o lado direito, tem que arrepiar o esquerdo - senão eu fico louca e morro.

 * Meu sonho supremo da vida é cantar nos Commitments. Mais precisamente: ser backing-vocal dos Commitments, pra botar uma roupa classuda e fazer dancinhas sincronizadas com as minhas companheiras cantantes. Ficar só naquele Ride, Sally, riiiide, dançando e me divertindo horrores, enquanto o cara principal tem que segurar o show inteiro no vozeirão. Vez ou outra, eu iria pra frente fazer um dueto com ele, ou uma música solo pra deixar mamãe orgulhosa (I never loved a man”, fazendo o sussurrinho sexy e tudo, adoro!) , e depois voltaria pro fundo do palco e cantaria com as mãos nas cadeiras ou tocando um pandeiro meia-lua, só pra fazer graça. Ha! Seria o cúmulo da diversão!

 * Eu não dirijo. E finjo toda uma ideologia ecologicapolíticasocial por trás do fato, com a qual concordo totalmente mas que é no fundo um auto-engano do cacete. A verdade é: me pelo de medo, acho dirigir uma sensação horrorosa. Tirei carta, guardei na carteira e usei como documento de identidade até ela vencer. Depois ela foi pra um fundo de gaveta, e fim. Nem me dei ao trabalho de renovar. Nem dieta, nem ginástica: “dirigir” é a eterna resolução de ano-novo que eu nunca cumpro e nunca vou cumprir.

 * Outros medinhos: injeção e raio. Sou do tipo que sai correndo do banho com os cabelos cheios de xampu se começa a chover. Ouvi muita história de raios caindo na cabeça das pessoas e pronto, peguei trauma. Já injeção não é trauma emprestado, é experiência própria mesmo. Tomei muita agulhada nessa minha vidinha por causa de amigdalite (atenção: injeção pra amigdalite é benzetacil – quem conhece sabe o tamanho do trauma...). Então eu tenho arrepios na espinha só de sentir aquele cheiro de clínica de vacinação, sabe? E sou solidária no medo: toda vacina que Alice toma eu suo frio de horror. Achei que esse medo passava com a idade adulta, mas nem: só fica mais e mais ridículo e faz a gente passar constrangimento em público. Paciência.

* Uma auto-entrevista (E VOU CONTINUAR USANDO HÍFEN E ACENTOS DIFERENCIAIS PRA SEMPRE, ME DEIXA!) naquele velho esquema "bate-bola":

Chico ou Caetano? Chico, for sure.

Coca ou guaraná? Coca. Um dos meus viciozinhos da vida. Normal, sem gelo e sem limão, e dando aquela cachoalhadinha pra tirar um pouco o gás (prontofalei). Tem uma mini-latinha de 150 ml aqui em Paris que eu tenho vontade de levar pra cama e dormir agarradinha com ela, de tão fofa.

Banho de manhã ou à noite: geralmente à noite. Ir limpinha pra cama faz mais sentido do que ir limpinha pra rua, não?

Coentro, ama ou não suporta? (porque não existe meio termo nesse caso): Amo, em tudo, em quantidades estúpidas. Poderia será embaixadora do coentro no mundo, passo a vida tentado convencer as pessoas que é bom.

* Por fim: eu sou o tipinho (desprezível, ai!) que quebra correntes. Sempre fui, desde pequenininha, naquelas correntes de livros – horrível, eu sei, eu sei! Carrego uma culpa eterna por quebrar correntes de livros, que são nobilíssimas. Também separo emails pra responder e acabo esquecendo, um hábito horroroso. Mas eu sou preguiçosa, gente! Preguiçosa e desorganizada. Vou adiando, adiando, e quando vou ver já foi. Tudo isso pra dizer que: eu não vou passar isso aqui pra frente, ha! Muito difícil isso de escolher 6 blogs, é tipo uma escolha de Sofia (amigas, vejam esse filme ANTES de terem filhos, please!), sou incapaz. Façamos assim: quem quiser sinta-se convidado a responder, porque é divertido mesmo. 

 (Em tempo: Lulu Fecarotta, que me conhece desde micra, fez uma coisa meio parecida com isso. Desconsiderando um suposto chulé que ela insiste em atribuir a mim - me confundiu, só pode! - o resto é bem verdade. Não que alguém aqui esteja muito interessado na minha pessoa, né?, mas quem quiser pode ler aqui. E vale ler todo o resto, porque o blog da Lu é chiquésimo e bem escrito, super recomendo!)


segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

:: Vai pro trono ou não vai?


Com criancinha é assim: palavras vêm e vão, são aves de verão.


Eu ainda estava processando internamente todo o orgulho de ter uma filha que falava danoninho, e o danoninho se foi. De tanto eu exibir sua nova aquisição linguística pros passantes, (“fala danoninho, filha”!), ela se revoltou e deletou a palavra da cachola. Em contrapartida, adquiriu uma nova, pronunciada com a mesma perfeição: cocô. Essa ela mesma se encarrega de exibir por aí, sempre que obedece ao chamado mais primal da natureza. Basta sentar num restaurante, comer meia dúzia de tecos de queijo, e pronto: ela faz uma cara infeliz, franze uma ruga entre as sobrancelhas e anuncia, em alto e bom som: cocô!, fazendo um biquinho e apontando as fraldas pra enfatizar. Um daqueles momentos em que eu agradeço ao Senhor por estar morando num país em que ninguém entende picas de português.


O que a bobinha não sabe é que cocô é única coisa da vidinha dela que se auto-anuncia. Ela não precisa dizer nada, nem fazer careta, nem apontar os fundilhos: a coisa simplesmente vem, silenciosa e mortal, e pra quem tá em volta não resta sombra de dúvida: sabe-se a quilômetros de distância o que acaba de se passar naquela fralda.


Enfim, apesar de ser constrangedor, achei um avanço e tanto, e hei de providenciar um peniquinho pra já. Porque, veja bem: uma pequena e adorável tirana que já sabe - com certa pompa até - anunciar o próprio cocô, só falta mesmo sentar no troninho e reinar absoluta para todo o sempre.


quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

:: Alice e o eufemismo


Passeio no zoológico de Londres.


Mãe, em tom grandioso e com os olhos arregalados: 

- Filha, olha o tigre!!!




Filha, toda simpática, para o próprio: 

- Miau, miau!



segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

:: Paris em branco





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