sexta-feira, 28 de agosto de 2009
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
:: Há 2 anos...
Amanhã é a data prevista pro nascimento da Alice, mas eu bem que tô tentando segurar a bichinha até o fim de semana.
Pra dar tempo do meu irmão voltar de viagem (o picareta adiou a passagem de volta covardemente quando eu falei que queria uma ajudinha yogue na hora do parto...). Pra ir na festa de aniversário do meu sobrinho-dançante-rockstar. Pra manter minhas unhas coloridas mais um pouquinho. Pra curtir o restinho do barrigão, agora que ele impressiona tanto os transeuntes. Pra tentar me preparar psicologicamente. Por cagaço, of course.
Mas olha só: essa madrugada a lua fica cheia, e quando eu menciono isso as pessoas olham pra mim com um olhar todo cheio de significados e fazem "hum...".
E aí eu descubro que ainda vai ter eclipse total da lua.
E aí eu recebo um spam dizendo que ocorrerá nessa madrugada o raríssimo fenômeno das "2 luas" - na verdade, não são 2 luas mas marte, que estará muito perto parecendo uma segunda lua cheia (deve ser mentira, mas vai saber...).
Caramba!
Eu não dou muita bola pra esse papo e me recuso a permitir que a lua seja mais influente que eu na decisão do dia do parto, mas pombas!, justo agora ela tinha que estar tão saliente?
Pois eu não tô nem aí pra lua, ok? A barriga é minha e Alice fica aqui guardadinha aqui dentro até segunda ordem, não tem mané lua pra atrapalhar minha agenda!
Amanhã eu conto quem ganhou a disputa.
(Ou não - e nesse caso, provavelmente ela ganhou. Ui!)
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
:: Perolinhas da Cultura
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
:: The Bedtime Show!
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
:: Reblogando - vinhos
Ontem foi dia de despachar Alice pra casa da avó pra ir me embebedar numa degustação de vinhos.
Esse universo dos vinhos é engraçado. Ao mesmo tempo em que é pedantíssimo, é divertido e até simpático. Tem coisa mais simpática do que um monte de adultos afundando o nariz na taça e dizendo, hum, esse vinho está fechado, quase discreto, já este está se abrindo, se revelando, sinto notas de xixi de gato, tabaco e frutas vermelhas?
Pensem em 11 pessoas numa mesa de restaurante, todos profissionais, entendidos ou ao menos simpatizantes do assunto. Mais o Carlos, que engana direitinho, e eu, que gosto de Sangue de Boi, Chapinha e afins (mas tive o cuidado de não mencionar isso à mesa, claro).
Era uma degustação às cegas. Cada um recebia 3 taças numeradas e uma tabela de avaliações, mais a ficha técnica de cada amostra. Tudo em branco, pra gente completar no decorrer da degustação.
Pra começar, o senhor simpático que conduzia a ação já entrega: as 3 amostras são de Cabernet Sauvignon da Argentina. Todo mundo anota na ficha, e tenho meu primeiro momento de tensão: não tenho lá muita certeza de como se escreve isso. C-a-b-e-r-n-e-t, com T mudo no final, S-a-u-v-i-g-n-o-n, é assim?, pensei tampando meu papel por medo de olhares críticos dos meus vizinhos.
Aí a brincadeira começa pra valer.
TESTE VISUAL - Olhar para o vinho. Notar a cor. Pôr o papel branco atrás das taças pra comparar, e por fim anotar comentários e dar notas de 1 a 3.
Ok, fácil: o vinho 1 é cor de vinho. O 2 também. E o 3 também. Iguaizinhos. Mas ouço os meus colegas falando bonito, dizendo que esse é cereja escuro e aquele é vermelho profundo, levemente mais brilhante do que aquele outro, o que tem unha maior (???) e lágrima mais persistente. Hum. Então dou notas 3-2-3, pra mostrar que eu também sei notar a diferença entre cor de vinho e cor de vinho, e a cor de vinho da amostra 2 perdia ligeiramente para a cor de vinho das outras.
TESTE OLFATIVO - O famigerado momento de meter o nariz. Primeiro com a taça em repouso e depois balançando, pro vinho respirar e se abrir em todo o seu esplendor.
Minha avaliação - Taça 1: álcool. 2: também. 3: idem ibidem. Céus, cadê meu olfato apurado numa hora dessas? Cadê meu curso de degustação de café? Decepcionada comigo mesma, insisti nas narigadas até concluir o seguinte: o 1 cheirava a vinho gostoso e docinho, o 2 era meio metálico e o 3 parecia borracha queimada. Fiquei especialmente orgulhosa com o "borracha queimada", que achei de uma precisão absoluta e além de tudo é um termo que super me pareceu desse universo dos cheiradores profissionais.
TESTE GUSTATIVO - Nós viemos aqui pra quê, afinal? Então me joguei nas taças, sempre com muita elegância e atenta às sutis nuances que elas revelavam a cada gole.
Taça 1: Nhé. Um gosto inesperado, bem diferente do cheiro. Muito seco e com um aftertaste (hã, hã?) amargo e persistente. Não gostei.
Taça 2: Nhé. Gosto de lata, daquelas latas de coca-cola antigas que às vezes vinham meio enferrujadas, sabe? Não gostei.
Taça 3: Nhé. Pertuchento, como diria meu pai. Desceu amarrando a boca. Não gostei.
Não anotei nada disso na ficha, só pensei. O resto da mesa parecia satisfeito. Concluindo que mandei mal, achei por bem continuar provando, e provando, e provando, até conseguir formar alguma opinião que prestasse.
TESTE GUSTATIVO, Round 2
Taça 1: O começo é gostoso, frutadinho. O amarguinho do final é que incomoda um pouco.
Taça 2: Lata.
Taça 3: Opa, agora senti a borracha. Mas não é ruim não. Tem corpo e enche a boca.
TESTE GUSTATIVO, Round 5
Taça 1: Diliça!, mas o amarguinho final incomoda um pouco. Só um pouco.
Taça 2: Lata? Não, isso é gosto de injeção. Sei lá... é bom, até.
Taça 3: Nham-nham! Muito tanino, né? Tanino é bom? Ah, então beleza!
TESTE GUSTATIVO, Round 8
Taça 1: noussaaaaa... tem o gosto do cheiro da Alice, docinho que nem ela, que estranho!
Çata 2: moço, acabô esse aqui, completa pra mim?
Caca 3: como é que é que você anotou aí no 3, amor? "Urina", "sauna" e "aspargo"?? Hahahaha!! Põe aí também: "pneu de caminhão" e "elástico de estilingue"! HAHAHAHAHA!!! Ops! Desculpa, meu senhor... a camisa era nova? Vinho mancha, é? Moooça, enche aqui, por favor, pra mim e pra esse senhor, que a gente tá precisando!
Claro que o round 8 é fictício e mostra o que aconteceria caso houvesse nas taças vinho suficiente para 8 rodadas. Felizmente parei no round 5 com a seguinte conclusão: o 1 é bom, o 2 é ruim e o 3 é marromenos.
Somadas todas as avaliações, o vinho 1 foi o grande vencedor da noite e acompanhou o jantar delicioso que veio a seguir (ah tá, tudo isso foi só um preâmbulo, agora sim a gente vai beber!).
Então nós comemos e bebemos e voltamos pra casa felizes, cantando e trançando as pernas. E eu ainda tive que disfarçar minha embriaguez da minha mãe na hora de buscar Alice, coisa que não fazia desde os meus 23 anos e que evidentemente não funciona, haja visto que ela acaba de me telefonar pra perguntar se eu "tô melhor".
Fim.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
:: Da série "Casei-me com um piadista"
terça-feira, 18 de agosto de 2009
:: A porcina e o autoplágio

Tenho uma dificuldade tremenda com o verbo parir. Sendo ou não defectivo (cada dicionário diz uma coisa, como pode?), o fato é que ele não funciona como deveria pra grávidas em primeira pessoa.
- Não venha me estressar, olha que eu PARO, hein?
Certo ou errado, é indiscutivelmente horrível.
Deve ser pra evitar que a mulherada use o verbo em tom de ameaça. Grávidas precisam mesmo de limites.
:: Da série Sempre a última a saber
Na manicure, eu felicíssima com minha unhas impecáveis, recém pintadas de rosa-choque.
Não sou uma grande entusiasta do rosa nas unhas, mas foi pra fazer a linha mamãe-glamour, e achei combinaria com as camisolinhas azuis do hospital.
Ficou um luxo! Pronto, pode vir, Alice! Agora sim mamãe tá pronta pra te conhecer!
A manicure termina. Olha pras minhas mão, orgulhosa do trabalho bem feito, e manda essa: