quinta-feira, 24 de junho de 2010

:: Sobre mistérios metabólicos e o velho golpe do "vou ali e já volto"...


Ainda sobre essa segunda gravidez, tem uma coisa ótima que não mudou: eu posso comer feito uma maluca que não engordo. Impressionante! Tô fazendo aquela linha grávida-gostosinha, sabe?, toda fininha e com um barrigão bacana - e digo "fininha" porque tem uma ilusão de ótica incrível que faz a gente parecer mais magra na gravidez: na comparação com pança-peitos-bunda, que crescem, parece que todo o resto murcha. Então minhas coxas e culotes, que sempre foram mais gordinhos, agora são magrinhos. Ainda não inchei nadica. E olha, eu tô comendo a ponto de escandalizar os colegas de mesa, sério mesmo. Se houvesse justiça divina, estaria com uns bons 10 quilos a mais do que estou. Mistérios metabólicos que me fazem feliz...

***

Escrevi essa parte de cima há alguns dias. Aí fui no médico essa semana. Na balança, o saldo do mês: +3,850kg. CÉUS!

Quer dizer, "como e não engordo" o cacete, né? Como e engordo pencas, isso sim. A questão é: PRA ONDE foram esses quilos??? Juro por deus que não sei, não vi e nego até a morte. Eu podia alegremente dizer que foram pro bebê, mas agora entra a parte chata: quem não engorda, mesmo, é ele. Já era pequetito, mas nesse último mês caiu do percentil 13 para o 6 e saiu totalmente da faixa de normalidade, o que indica que tem alguma coisa desandando na nutrição dele. O tal mistério metabólico que tanto me fazia feliz pelo jeito é anemia da mamma aqui (ainda faltam alguns resultados de exames, mas já conseguimos identificar uma carência de ferro). Pode ainda ser uma tal trombofilia*, que não sei direito o que é mas explicaria o baixo peso. A saber nos próximos dias...

(*todo mundo já sabe mas não custa repetir: FUJAM DO GOOGLE NUMA HORA DESSAS! Grata.)

A indicação imediata é: complemento de ferro, muito repouso e uma dieta bem generosa. Equilibrada, saudável e beeem calórica. Posso confessar? Eu fico dividida entre ficar tensa ou dar pulinhos (ops, olha o repouso, Mariana!) de quase-alegria, porque veja bem, não é sempre que um médico te dá carta branca pra ser 100% sedentária e comer muito, né não? Então meu lado Pollyanna Moça consegue não se deprimir com a situação e reconhecer que, bom, se é pro bem do bebê, vamos lá sentar essa bundinha no sofá com um monte de dvds e potes de sucrilhos com banana e iogurte (a-m-o!) e só levantar em agosto. Né?

Hora de aproveitar pra dar uma descansadinha do blog também. A mente burraldinha de grávida já não está me ajudando muito a escrever e as insônias blogueiras têm me deixado mais cansada, de modo que vou tentar incluir nesse repouso uma desligada geral de assuntos internéticos - que amo mas que sei que consomem um bocado de tempo e energia. Então, se eu conseguir resistir, não devo estar muito participativa nos próximos dias. Vou fazer a Carol (a Carol na teoria, porque na prática ela não se aguenta que eu sei!): sigo lendo, mas sem escrever nem comentar porque digitar dá um trabalho...

Então é isso. Vou ali e já volto!

See you, girls!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

:: Minha segunda vez


Não sei se amnésia gestacional bateu forte ou se está tudo diferente mesmo. O fato é que essa segunda gravidez tem sido bem pouco familiar, pra minha surpresa. Engravidei dessa vez achando que quem pariu um pariu todos, mas não: cada pança é uma pança, eis uma nova lição que a vida me ensinou.

Enjoei bem mais dessa vez. Era uma náusea eterna, gorda, pegajosa e que não dava trégua. Se na primeira gravidez o enjôo vinha em ondas, na segunda foi um tsunami constante que durou exatos 3 meses e foi-se como se nunca houvesse existido. Junto com a náusea veio um faro de cão de caça, e cheiros que antes eu gostava ficaram intoleráveis. Enjoava com perfumes, pasta de dente, comida no fogão. Farejava coisas que estavam em outro cômodo da casa. E, sobretudo, queria morrer com o cheiro dos cremes para gestantes - que idéia infeliz foi essa de botar perfume em cremes pra grávida, meu jesus??? Eu não conseguia nem abrir a tampa. Foi uma fase horrível, ainda bem que não durou muito - sei de moças que ficaram a gravidez inteira nessa gastura, imagina só que terror.

A pancinha apareceu antes. As contrações de Braxton-Hicks também, e bem mais fortes. E o embutido se mexe de um jeito totalmente diferente: tremiliques que fazem a barriga chacoalhar feito uma montanha de gelatina. Alice dava chutinhos e passava o pé, mas não se sacudia tanto. Veio calminha, calminha. Já essa gravidez tá uma loucura, parece que engoli uma ninhada inteira de doninhas hiperativas. O garotão promete...

Sabe aquele clichezão de propaganda de carro, "compacto por fora, gigante por dentro"? Aposto que foi criado por uma mulher, e grávida, e de 7 meses. A barriga me parece bem maior do que é de fato. Por fora ninguém diz, não é uma barriga grande pra 33 semanas. Mas "por dentro" - se é que vocês me entendem - ela parece descomunal. Sinto esticada, pesada, tombando, quase no limite (e ainda falta crescer tanto, god!). Parece que, se eu respirar fundo, a pança vai rasgar. Não lembro desse incômodo, tenho a impressão que a primeira vez foi mais confortável, abdominalmente falando.

E por fim, dessa vez eu fiquei cegueta. Sou míope e nunca enxerguei bem de longe, mas agora não consigo focar direito de perto. Achei que estava chegando a temida hora da "vista cansada" e dos fatídicos óculozinhos de farmácia, mas não, parece que esse pode ser um efeito da gravidez (Paloma que me jogou essa luz, ufa!).

Enfim, caiu aquela certeza de que a segunda gestação seria mais tranquila. Estou achando bem mais chatinha, na verdade. Mas pra provar que grávida não bate bem da cabeça, eu ainda toparia passar metade da minha vida embuchada. Mesmo ruim, é bom. E já estou com saudade de estar grávida (mesmo ainda estando), porque essa deve ser a última vez. Então bateu aquela nostalgia: tenho mais 1 mês e meio de gravidez, e fim. Nunca mais hei de ficar grávida. Isso é triste à beça, pô! Dois filhos me parece bom, mas duas gestações é muitíssimo pouco, sou um bocado apegada à esse estado tão interessante...

(Dúvida repentina: Barriga de aluguel é carreira? Respeitável? Com carteira assinada, FGTS e o escambau? Se sim, amigas, acabei de descobrir minha vocação nessa vida!)


- Filha, vem aqui tirar uma foto com a barriga!
- Com a barriga? TÓ!!!



segunda-feira, 21 de junho de 2010

:: Disse o pai: "Hora de subir os muros de casa..."


Saída da escola 1:

Enquanto Alice senta na cadeira e vovó dá a volta para entrar no carro, três meninos mais velhos (3 anos? 4?) vêm na janela fazer graça pra ela e jogar beijinhos exagerados, tchau Alice! E ela: Tchau, João! Tchau, Gabriel! Tchau... eu não sei o seu nome!


Saída da escola 2:

Alice vem subindo a rampa de mãos dadas com a Camila. O irmão gêmeo da Camila vê e quer dar a mão tambem. Alice dá. Ele quer abraçar. Ela não quer - e ainda faz charminho e diz que tem megonha, a falsa. Ele ameaça um biquinho magoado. Ela maltrata: abraça a irmã dele, me diz "eu di um abraço na Camila!" e depois vira as costas e sai rebolando, nem tchuns pra ele. Ele treme o biquinho, todo tristonho. Ela nem vê, já está lá na frente e nem uma olhadinha de misericórdia concede pro pobrezinho...


Ô Neural, cabem mais quatro no bonde da Legião Estrangeira?

sexta-feira, 18 de junho de 2010

:: Pausa para os parabéns


Lulu é minha amiga. Amigona. Desde sempre.

Lulu trabalha num jornal fazendo a coisa mais legal do mundo, que é falar de comida (entre outras coisas, porque ela é dessas pessoas insuportavelmente multitalentosas).

Lulu me botou no trampo mais legal da minha vida, que era comer-comer-comer, escrever um pouco e e ganhar dinheiro no fim do mês.

Lulu faz aniversário hoje.

José Saramago morreu hoje. Lamento muito, mesmo. Adoro o Saramago.

Mas vejam: se morre alguém do quilate do Saramago, o povo do jornal PÁRA TUDO e corre pra redação pra fazer plantão. E assim lá vai Lulu, no seu próprio aniversário, desmarcar compromissos-delicinha pra se enfurnar na redação antes da hora devida.

E ultimamente tem muita gente de alto quilate morrendo, e sempre em datas especiais para a vida íntima dessa menina. De modo que Lulu está sempre em plantão quando deveria estar fazendo outra coisa mais importante - importante não para o grande público, mas para a sua própria pessoinha.

Então repito a pergunta de ontem: existe justiça nesse mundo, gente?

(Tenho feito muito essa pergunta ultimamente, acho que vou mandar fazer um cartaz pra levantar toda hora que a questão se colocar...)

Enfim, não sei se vou ter a chance de encontrar Lulu hoje. Então quero registrar minha homenagem, meus parabéns e dizer que mesmo tendo morrido o Saramago e tals, hoje ainda é o dia dela.

Feliz aniversário, amore!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

:: A insônia é uma merda.


Insônia por nerdice blogueira, então, é de uma bestice sem tamanho.

Tenho passado horas a fio em claro, blogando mentalmente. Elaboro pensamentos longuíssimos, complexos e profundos. Uma noite boa (boa pra quem mesmo???) rende uns 3 posts - e notem que em condições normais eu levo uns 10 dias pra escrever 3 posts. Pois sou ultraprodutiva na insônia. Fico péssima, deprimida, mal humorada e numa tristeza sem fim a cada hora perdida, mas pelo menos me sinto loucamente inspirada. Nem sei se a sensação procede, mas me sinto uma gênia com meus pensamentos profundos, filosofando às 4 da manhã, naquele luscofusco de sono que faz tudo parecer mais inteligente do que é de fato. Perco o sono, mas hei de ganhar um Nobel, eu penso, no auge da empolgação intelectual semisonâmbula.

Mas aí dou aquela dormidinha relâmpago. Aos 45 do segundo tempo, sabe?, só pra estragar a literalidade e carga dramática da frase "não dormi nada essa noite". E quando acordo não consigo lembrar de UMA-MÍSERA-FRASE das minhas blogadas de gênia.

E eu pergunto: há justiça nesse mundo?

***

Essa madrugada foi mais triste ainda: eu passei metade da noite insône, e a outra metade sonhando que estava insône. Tipo viver o inferno e depois dar um replay pra lembrar como foi.

***

Constatação aterradora: o embutido é insône também! Passou a noite me cutucando, cheio de solidariedade, pra me lembrar que eu não estava só na minha longa jornada noite adentro. Seria bonitinho se fosse só hoje, mas a verdade é que já faz alguns meses que ele se sacode loucamente em TODAS as minhas acordadas para fazer xixi ou virar o barrigão pro outro lado (todo um processo, né barrigudas?). Sua vidinha é uma eterna rave, com a diferença que ele não vai dormir quando o dia já está claro. Nem escuro. Nem nunca. Ele não dorme, que coisa assustadora! Olha, se tem uma coisa que eu não tenho a menor condição de encarar nessa vida é um filho que não dorme. Me-nor-con-di-ção. Sinto o medo me dominando, e agora?

***

Pensando bem, não é medo, é sono mesmo. Hoje tá difícil, viu? Pergunta se eu vou desligar o computador e ir dormir um pouquinho antes da Alice voltar da escola. Vou? Nããão! Eu vou lá depilar partes do corpo que não vejo há um bocado de tempo, mas que ainda devem estar por ali, onde foram deixadas. Lembro-me vagamento do local, espero que a depiladora também lembre e encontre sem grandes dificuldades. Vou pedir pra ela fazer um mapa, pra gente não ter problemas na próxima vez...

Tchau e beijo, gents!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

:: Corrigir, quem há de?


terça-feira, 8 de junho de 2010

:: Moda grávida - dicas de economia


Mãe de uma criança e meia, acho que posso dizer que aprendi algumas coisinhas da vida de gestante. Em especial no que diz respeito a poupar dinheiro, já que este vai fazer falta lá na frente, quando seu filho usar 8 fraldas por dia, ou perder roupinhas semanalmente, ou trouxer pra casa a lista do material escolar.

Então a gente engravida. E chega o dia em que a nossa silhueta outrora curvilínea e acinturada ganha novas curvas, mas no sentido oposto: onde havia uma ampulheta agora existe um barril bem redondinho. As roupas não entram e a gente se pergunta como diabos vai sobreviver aos próximos meses com dignidade e sem precisar se enrolar em lençóis de casal.

Na gravidez número 1, aquela cheia de deslumbres e consumismo desmedido, você pode ficar tentada a deixar um salário inteiro e mais um rim numa loja de moda gestante (ou ter a sorte que eu tive: a de arranjar alguém - vulgo a própria mãe - que, entorpecida pela alegria de virar avó, decide te dar um guarda roupa gravídico de presente). Não precisa ser muita coisa, já que a redondeza corporal aguda não dura mais que uns 3 ou 4 meses, mas dá pra gastar uma grana, viu? Roupa de grávida pode sim ser bonita e classuda, mas cobra um preço proporcional ao tamanho do seu bucho: estratosférico. E é uma roupa que se escangalha rápido, porque é usada sem descanso por meses a fio. Na gravidez passada eu comprei 1 vestido, 2 calças e 2 blusas (que intercalava com camisetões ou vestidos largos de minha própria lavra), e ninguém sobreviveu muito bem pra contar como foi. Está tudo gasto, desbotado e mal ajambrado, então uso como roupa de ficar em casa, e olhe lá.


Então vejo-me grávida de novo, e com o seguinte dilema:

Gasto os tubos pra fazer um novo guarda roupa gestante-chic?

ou

Esta noite se improvisa?


Ah, que pergunta. Improvisemos, lógico! Nem é tão difícil assim, olha só...


A lição número 1 de economia modal envolve: uma grávida que não tenha engordado muito, e alfinetões*. Daqueles graúdos e grossos, não entortam por qualquer coisa (afinal, um barrigão de 7 meses está longe de ser "qualquer coisa"). Pois bem: se a sua calça entra mas não fecha, essa dica é pra você! Dá pra ganhar vários centímetros na cintura daquele seu jeans favorito usando um bom e velho alfinetão no lugar do botão. Continue usando toda pimpona aquela saia sexy, ou o shortinho-com-meia-calça que andou tão na moda, ou a bermuda de alfaiataria que dá todo aquele ar de dignidade na pessoa. Basta combinar a parte de baixo, devidamente alfinetada, com um top compridinho e largo, e pronto!, você não precisa comprar calças novas com aqueles elásticos horrorosos e que custam pra mais de 200 contos. Basicamente você mantém na ativa tudo o que envolve zíper e botão, o que dá uma bela ajuda no orçamento e na vida - porque a falta de variedade na parte de baixo é uma grande dificuldade nessa fase. CUIDADO: resista ao impulso de levantar a camiseta pra mostrar o barrigão para os transeuntes, porque você vai acabar mostrando mais do que gostaria - lembre-se que o zíper não estará completamente fechado e sua calçola bege estará à mostra, logo ali abaixo do fatídico alfinetão.

*Ok, eu fui ridiculamente amadora com essa história de alfinete. Esqueçam o alfinete e usem um elástico de cabelos para fechar as calças - muito mais confortável, hein? É só dar uma laçada com o elástico na casa do botão e fazer uma "casa falsa"- e flexível! - com o lado que sobrar. Aí abotoa-se normalmente. Muito obrigada às meninas que deram a dica!


Lição 2: use a moda a seu favor. A tal moda "boyfriend", de se usar roupas larguinhas como se você tivesse assaltado o guarda roupa do namorado, por exemplo. Tem coisa mais oportuna? Se a dica do alfinete não funcionar e você tiver que comprar uma calça um número maior, pelo menos pode usá-la depois da gravidez e ainda pagar de moderninha! (E neste momento alguém mais atualizado que eu vem aqui dizer que moda boyfriend é sooo last week e o negócio agora é usar calças justíssimas marcando o pandeirão, ou coisa que o valha. Mas olha: quem liga pra moda, afinal? Enquanto houver grávidas haverá adeptas da moda boyfriend, gente! Tem coisa mais conveniente pra uma ex-grávida que usar uma calça um número maior e ainda assim estar bem vestida?? Vida longa aos boyfriend jeans!)

Lição 3: salve os sapatões! Não sei quanto a vocês, mas eu ganho pés maiores quando estou grávida. Tive que comprar sapatos novos pra acomodar meus pés de bisnaguinha com mais conforto. Mas aí vai-se a gravidez, vão-se as bisnaguinhas e sobram você e seus sapatos grandes. Solução profissional: palmilhas. Solução pobrinha e honesta: modess ou carefree dentro dos sapatos. É prático, baratinho e ainda dá pra trocar antes de ficarem encardidos e acumularem chulé, olha que sucesso! (E carefree também é ótimo pra usar naqueles sapatos que ficam sambando nos pezinhos dos seus filhos, fica a dica!)

Liç ão 4: busque a flexibilidade. Grávidas não precisam necessariamente de "roupas de grávida". Eu prefiro comprar roupas multiuso, que possam ser usadas na gravidez e depois dela - batas com um bom corte, por exemplo. Gosto também daquelas barrigas bem marcadinha e seguras de si, então acho que nem só de peças largas se faz um guarda roupa grávido. Uso as camisetas de sempre, mesmo que fiquem bem justinhas na barriga (só evito as mais curtas, que deixam uma faixa de pele pra fora, e as mais queridas ou delicadas, porque elas podem esgarçar). Vestidos marcados abaixo do peito são lindos e vestem bem grávidas e não-grávidas. Saias de elástico, é só puxar bem pra baixo da cintura. Mesmo as calças de grávida podem ter um elástico secreto, ajustável na cintura, então dá pra usar tranquilamente passada a gravidez. E por aí vai. No fundo a gente tem que experimentar e ver o que funciona e o que não - algumas peças ficam deformadas se a gente tentar adaptar, aí não compensa. Mas em muitos casos dá sim pra passar a gravidez improvisando com o que se tem, e fazendo compras de modo inteligente.

Lição 5: desapego. Roupas de grávidas, assim como as de bebê, estão aí pra serem emprestadas pras amigas, gente! Não faz sentido investir tanto em roupas que serão usada por tão pouco tempo. Então, se a roupa é indiscutivelmente gestacional e eu não vou usar mais, passo adiante sem dó (situação hipotética, já que as minhas amigas ainda não se animaram muito pra engravidar e eu acabei usando todas as minhas roupas de grávida pela vida afora...). Lei do eterno retorno: quando você embarrigar de novo vai ter um monte de roupas diferentes à sua disposição, pode apostar!


No fim de tudo, você pode pegar essa porção de reais que economizou na gravidez e se dar uma roupa bem bonita de presente! Ou um corte de cabelo, uma massagem, um trato tipo barba-cabelo-e-bigode. Porque se na gravidez o cenário já parecia preocupante, é nos pós-parto que a baranguice bate de verdade, e agora sim um mimo se faz necessário. A lista de material escolar pode esperar...



(Mais economiquês, dessa vez sobre o enxoval do bebê, aqui.)


quarta-feira, 2 de junho de 2010

:: O nome da filha (que não mais terei)


Já estou com 30 semanas e a dificuldade em nomear o embutido continua. Porque eu, pessoa outrora tão caretinha e pouco ousada, ando tendo delírios de exotismo nominal. Quanto pior, melhor. Não sei onde isso vai parar, mas corro o sério risco de parir um filho que me odeie desde o primeiro minuto de vida por causa de um nome embaraçoso que nesse momento grávida-e-louca me pareça lindjo. Sorte que o pai, esse ser sensato, participa da decisão.

Mulheres, sigam o conselho da Ju e escolham os nomes dos seus futuros rebentos ANTES de engravidar. Porque mulher grávida, sério, n-ã-o d-á. Mulher grávida passa 40 semanas sob efeito de drogas hormonísticas enlouquecedoras. Escolher um nome estando grávida é o equivalente maternal do casar bêbado em Las Vegas: na hora parece uma ótima idéia, mas todo mundo sabe que vai dar merda cedo ou tarde.

Então agora eu cogito nomes que nunca na vida tinha sequer considerado. Meu grande erro foi ter certeza absoluta (sabe-se lá por que) que eu só teria mulheres. Então tenho, desde sempre, uma cacetada de nomes lindos de meninas, e ZERO de meninos. E como pretendo fechar a fabriquinha com dois filhos, hei de jogar ao vento todos os nomes de menina que cultivei com tanto carinho.

Pra não perdê-los de vez no limbo dos nomes vou dividir minha listinha com vocês - até porque o post com nomes de meninos foi recorde absoluto de comentários deste blog, o que prova que se tem uma coisa que a gente ama é pensar em nome de filho, nosso ou alheio!

Com vocês, minhas ex-futuras-filhas:


LARA e CECÍLIA eram os tops da lista. Se o embutido fosse embutida muito provavelmente carregaria um desses dois. Lara é lindo e ponto, sem grandes explicações. Cecília é lindo, tem as mesmas letras de Alice e vem com uma música lindíssima do Chico Buarque de brinde - música esta que exalta o nome e diz que Cecília não é um nome pra ser dito, e sim sussurado. E ainda termina assim: "te olho, te guardo, te sigo, te vejo dormir" - tem coisa mais linda pra se cantar pra um filho? Então eu estava entre esse dois, mas pendendo um pouco pra Cecília, até porque Lara andava disputado na família. (E ela, a Lara, vem vindo! Teremos uma priminha Lara no fim do ano! Parabéns Tatá, minha pançudinha querida, que além de tudo tem muito bom gosto pra nomes, haha!)

Ainda da séries "nomes inspirados por músicas", amo BEATRIZ e LUIZA. Luiza caiu por já existir na família, mas Beatriz ainda era forte concorrente. Ponto a se pensar: Beatriz me lembra uma princesa na torre, toda perfeitinha, pura e cândida, e não consigo imaginar filha minha sendo assim. Filha minha debocha, fala besteira e futuca o nariz (taí Alice que não me deixa mentir...). Não sei se Beatriz combinaria. Mas que é um nome lindo, é. Estaria na lista com certeza.

Na primeira gravidez eu tinha encasquetado com ELENA - assim mesmo, sem H. Esse era um ponto de discórdia com o pai, que é grande apreciador de nomes gregos. Pra que pegar um nome lindo, grego e clássico, e fazer essa releitura, me explica? - e eu nunca soube explicar. Mas TINHA QUE ser sem H - pirações de grávida, tão vendo?

Eu também tinha uma lista de nomes mais exóticos, mas nunca soube se teria coragem de usá-los. Um deles é VERENA. Acho lindo, classudo e original. Eu realmente teria uma filha com esse nome, mas para a minha surpresa as pessoas torciam o nariz - dos mistérios que nunca entenderei.

O outro é CLIO, que gosto desde jovenzinha, quando aprendi que Clio era a musa grega da história e criatividade, e segundo a wikipédia, é a inventora da guitarra (quão cool é isso, hein?). Conheci certa vez uma menininha chamada Clio que, do alto dos seus 5 anos, era uma musa absoluta, e me apaixonei mais ainda pelo nome. Mas aí Clio virou nome de carro, e fim da história. Melhor assim, era polêmico demais, e provavelmente ela me odiaria por um bocado de anos até entender a lindeza do nome.

Ainda entre os polêmicos, recentemente descobri um nome que amei e ganhou potencial pra brigar pau a pau com Cecília: CALU. Tem uma Calu na escola da Alice, não sei se é nome ou apelido, mas gamei. Daria esse nome fácil. E, vejam vocês, também é uma música, Kalu, do Humberto Teixeira, que eu conheço justamente na voz do Chico: "Kalu, Kalu, tira o verde desses óio de riba d'eu...". Fofo, né? Enfim, não sei se é efeito da gravidez, mas ando louca por esse nome. A filha não vai rolar, mas vou arranjar uma Calu, nem que seja uma peixa, uma iguana ou uma jabuti. Pre-ci-so de uma Calu pra chamar de minha.

Outros nomes que eu adoro: Letícia, Catarina, Dora, Isabel, Irene (outro musical! Não sei se eu banco, mas acho fofo toda vida), Laura. E devo ter esquecido outros tantos que já apareceram na minha lista.

Enfim, se eu fosse uma Nadya Suleman da vida e tivesse óctuplas, provavelmente elas se chamariam: Cecília, Beatriz, Elena, Verena, Calu, Letícia, Dora e Catarina. E ainda sobraram nomes, viram?


Agora, UM mísero nome de menino, nada. Acho vários nomes lindos, mas de alguma maneira não me vejo mãe de nenhum deles. Estranho, não?

Será que estou em algum tipo de negação? Será que ainda não assimilei que terei um menino? Será que intuição de mãe tem poder e no fundo ELE é ELA, contrariando todos os ultras que fiz até agora? Dúvidas, dúvidas.

Por hora, continuo esperando uma revelação divina.

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