sexta-feira, 28 de agosto de 2009

:: Alice, quanto anos você faz hoje?



- Doce!


Parabéns, meu amor!!!


(E muito muito muito obrigada pelas mensagens fofas, meninas! Amamos!)

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

:: Há 2 anos...


Há exatos 2 anos, lá pelas 9h da noite de 27 de agosto de 2007, eu escrevia isso aqui, ó:
::Barriga X Lua

Amanhã é a data prevista pro nascimento da Alice, mas eu bem que tô tentando segurar a bichinha até o fim de semana.

Pra dar tempo do meu irmão voltar de viagem (o picareta adiou a passagem de volta covardemente quando eu falei que queria uma ajudinha yogue na hora do parto...). Pra ir na festa de aniversário do meu sobrinho-dançante-rockstar. Pra manter minhas unhas coloridas mais um pouquinho. Pra curtir o restinho do barrigão, agora que ele impressiona tanto os transeuntes. Pra tentar me preparar psicologicamente. Por cagaço, of course.

Mas olha só: essa madrugada a lua fica cheia, e quando eu menciono isso as pessoas olham pra mim com um olhar todo cheio de significados e fazem "hum...".

E aí eu descubro que ainda vai ter eclipse total da lua.

E aí eu recebo um spam dizendo que ocorrerá nessa madrugada o raríssimo fenômeno das "2 luas" - na verdade, não são 2 luas mas marte, que estará muito perto parecendo uma segunda lua cheia (deve ser mentira, mas vai saber...).

Caramba!

Eu não dou muita bola pra esse papo e me recuso a permitir que a lua seja mais influente que eu na decisão do dia do parto, mas pombas!, justo agora ela tinha que estar tão saliente?

Pois eu não tô nem aí pra lua, ok? A barriga é minha e Alice fica aqui guardadinha aqui dentro até segunda ordem, não tem mané lua pra atrapalhar minha agenda!

Amanhã eu conto quem ganhou a disputa.
(Ou não - e nesse caso, provavelmente ela ganhou. Ui!)

Pois não voltei no dia seguinte pra contar quem ganhou, e nem no outro, e nem no outro... 

Eu e minha grande boca, né? À meia-noite e meia começaram as contrações.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

:: Perolinhas da Cultura


Dei uma espiada no Cocoricó hoje - Alice ganhou um DVD e fui finalmente saber do que se tratava. Aí os bichinhos da roça cantavam sobre as coisas que eles lembravam quando pensavam em milho, e a galinha de óculos diz algo assim: Milho me lembra Bolívia, lago Titicaca, lago Titicaca! 

HAHAHAHAHA! Tem como não amar a TV Cultura???

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

:: The Bedtime Show!


Alice às vezes faz a louca. Principalmente quando está naquele estado de sono bêbado e vem chegando a hora de dormir, que ela detesta mais do que tudo na vida (coerência não é seu forte). Ela entra num processo de negação completamente alucinado, e o desespero dela em enganar o sono acaba virando show. A gente senta e assiste e espera, porque é engraçado demais e inevitavelmente tem uma criança molinha e dormindinho no final.

Hoje, agorinha ainda, foi assim:

Cantou Cai cai balão;

Emendou uma dança doida com as mãos nos rins, Aíxe dançando, ó, ó!, cheia de malemolência brejeira;

Rodou-rodou-rodou até ficar tonta;

Se jogou no chão rindo - Aíxe caiu!;

Deitada, deu tchau pro teto;

Levantou de joelhos, Aíxe engatinhando, ó! e engatinhou por baixo da perna do pai, Aíxe passou no túnel, agola mamãe!, e me obrigou a engatinhar e passar no túnel também;

Declarou que estava maluca: Aíxe maluca, brrrrr! (sacudindo os cabelos e fazendo sua famosa cara de maluca);

Finalizou protestando, aos brados de dumi non, dumi non! quando a peguei no colo pra levar pro berço.

Tudo isso naquele ritmo frenético de gincana da Xuxa, de modo que a performance toda deve ter durado uns 40 segundos no máximo. Encerrado o show ela deitou no berço, virou de lado, segurou minha mão e apagou instantaneamente.

Dormiu tão rápido que não tivemos nem tempo de aplaudir.


sexta-feira, 21 de agosto de 2009

:: Reblogando - vinhos


Atendendo aos clamores gerais do público (público este que se chama Lia e mais um anônimo que pode ser minha mãe, meu marido ou até eu mesma, vai saber?), vou reblogar um texto meu que não agrega absolutamente nada de útil às mães, mas que revela um pouco do meu jeito bobo de ser, caso alguém se interesse. Reblogar também é muito conveniente nestes dias em que Alice, minha filha carente, se pendurou no meu pescoço e nunca mais largou, o que torna a digitação bastante complicada.

O texto é de fevereiro de 2008 - mas ainda atualíssimo, visto que ontem mesmo eu vi na televisão uma profissional do ramo descrevendo um vinho como viril, musculoso e cheio de testosterona, o que me fez gostar ainda mais desse universo, haha!

Ei-lo:


:: Se cuida, Renato Machado!


Ontem foi dia de despachar Alice pra casa da avó pra ir me embebedar numa degustação de vinhos.

Esse universo dos vinhos é engraçado. Ao mesmo tempo em que é pedantíssimo, é divertido e até simpático. Tem coisa mais simpática do que um monte de adultos afundando o nariz na taça e dizendo, hum, esse vinho está fechado, quase discreto, já este está se abrindo, se revelando, sinto notas de xixi de gato, tabaco e frutas vermelhas?

Pensem em 11 pessoas numa mesa de restaurante, todos profissionais, entendidos ou ao menos simpatizantes do assunto. Mais o Carlos, que engana direitinho, e eu, que gosto de Sangue de Boi, Chapinha e afins (mas tive o cuidado de não mencionar isso à mesa, claro).

Era uma degustação às cegas. Cada um recebia 3 taças numeradas e uma tabela de avaliações, mais a ficha técnica de cada amostra. Tudo em branco, pra gente completar no decorrer da degustação.

Pra começar, o senhor simpático que conduzia a ação já entrega: as 3 amostras são de Cabernet Sauvignon da Argentina. Todo mundo anota na ficha, e tenho meu primeiro momento de tensão: não tenho lá muita certeza de como se escreve isso. C-a-b-e-r-n-e-t, com T mudo no final, S-a-u-v-i-g-n-o-n, é assim?, pensei tampando meu papel por medo de olhares críticos dos meus vizinhos.

Aí a brincadeira começa pra valer.


TESTE VISUAL - Olhar para o vinho. Notar a cor. Pôr o papel branco atrás das taças pra comparar, e por fim anotar comentários e dar notas de 1 a 3.

Ok, fácil: o vinho 1 é cor de vinho. O 2 também. E o 3 também. Iguaizinhos. Mas ouço os meus colegas falando bonito, dizendo que esse é cereja escuro e aquele é vermelho profundo, levemente mais brilhante do que aquele outro, o que tem unha maior (???) e lágrima mais persistente. Hum. Então dou notas 3-2-3, pra mostrar que eu também sei notar a diferença entre cor de vinho e cor de vinho, e a cor de vinho da amostra 2 perdia ligeiramente para a cor de vinho das outras.


TESTE OLFATIVO - O famigerado momento de meter o nariz. Primeiro com a taça em repouso e depois balançando, pro vinho respirar e se abrir em todo o seu esplendor.

Minha avaliação - Taça 1: álcool. 2: também. 3: idem ibidem. Céus, cadê meu olfato apurado numa hora dessas? Cadê meu curso de degustação de café? Decepcionada comigo mesma, insisti nas narigadas até concluir o seguinte: o 1 cheirava a vinho gostoso e docinho, o 2 era meio metálico e o 3 parecia borracha queimada. Fiquei especialmente orgulhosa com o "borracha queimada", que achei de uma precisão absoluta e além de tudo é um termo que super me pareceu desse universo dos cheiradores profissionais.


TESTE GUSTATIVO - Nós viemos aqui pra quê, afinal? Então me joguei nas taças, sempre com muita elegância e atenta às sutis nuances que elas revelavam a cada gole.

Taça 1: Nhé. Um gosto inesperado, bem diferente do cheiro. Muito seco e com um
aftertaste (hã, hã?) amargo e persistente. Não gostei.

Taça 2: Nhé. Gosto de lata, daquelas latas de coca-cola antigas que às vezes vinham meio enferrujadas, sabe? Não gostei.

Taça 3: Nhé. Pertuchento, como diria meu pai. Desceu amarrando a boca. Não gostei.

Não anotei nada disso na ficha, só pensei. O resto da mesa parecia satisfeito. Concluindo que mandei mal, achei por bem continuar provando, e provando, e provando, até conseguir formar alguma opinião que prestasse.

TESTE GUSTATIVO, Round 2

Taça 1: O começo é gostoso, frutadinho. O amarguinho do final é que incomoda um pouco.
Taça 2: Lata.
Taça 3: Opa, agora senti a borracha. Mas não é ruim não. Tem corpo e enche a boca.

TESTE GUSTATIVO, Round 5

Taça 1: Diliça!, mas o amarguinho final incomoda um pouco. Só um pouco.
Taça 2: Lata? Não, isso é gosto de injeção. Sei lá... é bom, até.
Taça 3: Nham-nham! Muito tanino, né? Tanino é bom? Ah, então beleza!

TESTE GUSTATIVO, Round 8

Taça 1: noussaaaaa... tem o gosto do cheiro da Alice, docinho que nem ela, que estranho!
Çata 2: moço, acabô esse aqui, completa pra mim?
Caca 3: como é que é que você anotou aí no 3, amor? "Urina", "sauna" e "aspargo"?? Hahahaha!! Põe aí também: "pneu de caminhão" e "elástico de estilingue"! HAHAHAHAHA!!! Ops! Desculpa, meu senhor... a camisa era nova? Vinho mancha, é? Moooça, enche aqui, por favor, pra mim e pra esse senhor, que a gente tá precisando!

Claro que o round 8 é fictício e mostra o que aconteceria caso houvesse nas taças vinho suficiente para 8 rodadas. Felizmente parei no round 5 com a seguinte conclusão: o 1 é bom, o 2 é ruim e o 3 é marromenos.

Somadas todas as avaliações, o vinho 1 foi o grande vencedor da noite e acompanhou o jantar delicioso que veio a seguir (ah tá, tudo isso foi só um preâmbulo, agora sim a gente vai beber!).

Então nós comemos e bebemos e voltamos pra casa felizes, cantando e trançando as pernas. E eu ainda tive que disfarçar minha embriaguez da minha mãe na hora de buscar Alice, coisa que não fazia desde os meus 23 anos e que evidentemente não funciona, haja visto que ela acaba de me telefonar pra perguntar se eu "tô melhor".

Fim.


quinta-feira, 20 de agosto de 2009

:: Da série "Casei-me com um piadista"


Passávamos de carro por um bairro longínquo - porque em São Paulo até o bairro vizinho é longínquo na hora do rush (que ultimamente é toda e qualquer hora do dia, que desgraça!) - quando avistei uma escolinha infantil que se declarava "online", o que quer que isso signifique (podemos ver nossos filhos via webcam o dia todo? As crianças fazem a lição via site? As aulas são em forma de vídeoconferência e o aluno nem precisa deixar o seio do lar?). Achei bizarro, até porque uma das razões de se mandar um filho pra escola é tirar ele de casa e do alcance dos olhos por algumas horas, né?, mas enfim, tem gente neurótica pra tudo, respeitemos.

Aí eu pro Carlos:

- Olha, uma escolinha online!

E ele:
 
- Oi?
 
- Escola online!!! Que moderno, que sofisticado, Alice vai estudar aqui, hein, hein, que tal? 

- Tá, mas só se a gente puder mandá-la pra escola por email!


Haha! Entenderam por que eu amo esse homem?


terça-feira, 18 de agosto de 2009

:: A porcina e o autoplágio


(ATUALIZADO)

Porcina? Não pego nem a pau!

Com essa gripe porcina de butuca por aí, criança não pode espirrar que fica todo mundo doido. E óbvio que, como sempre acontece depois de viagens longas e estressantes, o povo aqui de casa caiu doente, com tosses, gargantas doloridas e afins. Alice até arriscou uma febrinha, pra matar mamãe do coração. Não, não foi a famigerada gripe, mas deu pra dar um susto. O resultado é que ela só começa a escolinha semana que vem, e o resultado indireto é que com Alice em casa eu continuo sem tempo de blogar.

Já que não consigo escrever, vou recuperar uns textos antigos que estavam esquecidos no outro blog. Na verdade eu tinha um arquivo - o chamado "arquivo salva-vidas para blogueiros picaretas" - que era de textos já publicados que eu ia republicando quando ficasse sem tempo, ou assunto, ou saco. Esse arquivo já se esgotou há tempos, mas acabei de achar umas coisas esquecidas sobre a gravidez,  o que me garante mais alguns dadivosos momentos de ctrl C + ctrl V, que delícia!


Esses são de 23 de agosto de 2007 - 5 dias antes do nascimento da Alice.


:: Parir, verbo defectivo

Tenho uma dificuldade tremenda com o verbo parir. Sendo ou não defectivo (cada dicionário diz uma coisa, como pode?), o fato é que ele não funciona como deveria pra grávidas em primeira pessoa.

- Não venha me estressar, olha que eu PARO, hein?

Certo ou errado, é indiscutivelmente horrível.

Deve ser pra evitar que a mulherada use o verbo em tom de ameaça. Grávidas precisam mesmo de limites.

:: Da série Sempre a última a saber

Na manicure, eu felicíssima com minha unhas impecáveis, recém pintadas de rosa-choque.

Não sou uma grande entusiasta do rosa nas unhas, mas foi pra fazer a linha mamãe-glamour, e achei combinaria com as camisolinhas azuis do hospital.

Ficou um luxo! Pronto, pode vir, Alice! Agora sim mamãe tá pronta pra te conhecer!

A manicure termina. Olha pras minhas mão, orgulhosa do trabalho bem feito, e manda essa:

- Prontinho! Só não pode dar à luz agora, hein?, que eles te tiram todo o esmalte no hospital! 


Em tempo: a Dany, mãe das bochechudas, explicou que esmaltes coloridos são retirados para que se possa checar, pela cor das unhas, se a oxigenação da parideira está ok. Unhas roxas são sinal de má circulação. Valeu, Dany! Agora, acho que isso só deve acontecer num caso de maior risco, porque no fim das contas meu esmalte não foi retirando e eu pari linda, loura e de unhas pink!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

:: De volta


Há um bocado de dias a gente fez as 14 mil malas, esvaziou o apê, deu tchau pros amigos, chorou rios de lágrimas, entrou numa avião e veio dar em São Paulo, pra ficar.


(Considerações sobre a partida:

1- é vergonhosa a quantidade de coisas que se pode acumular em um ano.
2- despedidas acabam comigo, destroçam até o fundo da alma. Não aprendi a dizer adeus, como diria o grande poeta Leonardo, ou Leandro, ou Xororó, sei lá.
3- carregar um bebê desajeitadamente e com ar desesperado aumenta dramaticamente a chance dos funcionários do check in fazerem vista grossa para o seu excesso indecente de bagagem, fica a dica.)


Aí a gente chegou, deu aquela espiadinha na marginal Tietê e chorou mais um pouquinho encontrou a família reunida e pão de queijo quentinho na mesa, e tudo ficou bem. Era hora então de botar ordem na casa e tocar a vida.

Isso foi dia 31 de julho - e eu estou tentando botar ordem na casa até agora. Tinha prometido a mim mesma: nada de blogagem, emails longos ou passeios internéticos até eu arrumar bonitinho o quarto da Alice, meu guarda roupa e o banheiro, no mínimo. Depois resolvi deixar pra lá, haja visto que nem desfazer todas as malas eu consegui em 2 semanas. Fosse levar a promessa a sério, esse blog ficaria congelado até 2012. 

Então acho que eu voltei. Ainda um pouco atrapalhada e com uma preguiça horrorosa, mas voltei. E voltei de corpo presente, hein, mamães de Sampa? Louca pra redescobrir essa cidade e apresentá-la pra Alice, agora que ela já é uma pessoinha socialmente interativa. Quem se habilita?

(Ah, também aceito ajuda na arrumação do armário, se alguém se interessar...)

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