quinta-feira, 25 de abril de 2013

::Estar pronto é tudo


"Readiness is all", dizia o pancadinha do Hamlet (aquele que, como todos sabem, não tinha filhos¬¬)

Então, para encarar a maternidade, eu tento estar sempre pronta. Tento mesmo. Mas te digo, colega, que não há livro, blog, mãe, amiga, médico, lista nem revista que te prepare para isso:




"eu sou uma unha de filha que aponta para o alto e avante, lide com isso"


A sorte é que sempre tem alguém pronto, ufa! No meu caso, duas moças porretas que a blogosfera me apresentou e que são escaldadas no assunto - gente dessa turma que faz balé até a unha cair, sabe o tipinho? 

Thais e Fabíola, suas lindas, muitíssimo obrigada pelas dicas! Depois conto se sobrevivemos todos (mãe, filha, unha e blog) ao ocorrido e a essa foto absolutamente indecente que eu tive coragem de publicar... ;)


Update:

Com Alice acidentada e Lucas com febre (combo completo, why not?), desencanei da escola e promovi uma sessão de filme & pipoca no sofá, aproveitando para fazer um escalda-pés na mocinha - dica das bailarinas kamikazes citadas acima.

Agora, depois de uns 40 minutos imerso em água morna, sal e vinagre, o pézinho da Alice tem o seguinte aspecto:

mimoso, enrugadinho e com a unha cabisbaixa, bom sinal!


Fiquei toda prosa com a unha cabisbaixa, me achando uma mãe muito sucesso,  até perceber que o Lucas estava degustando as suas pipocas molhadinhas em água, sal e vinagre. Adivinhem?

Pois é. Esta é a minha vida, este é o meu clube. Depois eu digo que NUNCA vou estar totalmente pronta para os filhos e as pessoas acham que eu tô exagerando.




segunda-feira, 22 de abril de 2013

:: A Noviça Rebelde


(...Ainda falando de música, para meu deleite!)





A última virose que visitou a nossa casa foi gentil e trouxe um DVD da Noviça Rebelde de presente.

Gen-te!

NOVIÇA REBELDE

Não sei se essas palavras causam em vocês o mesmo que causam em mim. Palpitações, gagueira, borboletas no estômago. O nome disso é paixão, certo? Eu era absolutamente enlouquecida pela Noviça Rebelde quando era pequena. Decorei as músicas em idos de 1988 e nunca mais esqueci.

Visto 25 anos depois, o filme é bem canastrão. Adorável, fofo, esmagável, mas canastrão. Mas foi interessante revê-lo adulta e na perspectiva de mãe. Se antes eu pirava na criançada cantando, dessa vez a cena que me rendeu lagriminhas foi a do pai finalmente se aproximando dos filhos. Ele passa mais de uma hora sendo um grandessíssimo babaca, aí todos cantam que the hills are alive with the sound of music e ele vira um paizão firmeza, abençoado seja o poder da arte. Tá, né?

Também percebi pela primeira vez o fundo político da história (anexação da Áustria pela Alemanha nazistas - fujam para as montanhas, Von Trapps!). Quando criança, eu sempre parava na primeira metade do filme. Acompanhava até a cantoria faceira da crianças na festa (o teatrinho de fantoches, coisa linda!), dava rewind no VHS e começava de novo. A segunda parte, mais sombria, eu ignorava.

(E também percebi pela primeira vez que o capitão Von Trapp é o Christopher Plummer! Mas gente?)




A Lila não parou na cantoria, ela quis ir adiante. Eu mal me lembrava, mas a noviça ("NOVISTA", segundo Alice, hoho!) se casa com o capitão, sim senhores! Um casamento com muita pompa, ao que Alice teve a reação mais inacreditável que eu já vi: olhos arregalados, peito estufado, boca aberta num riso doido e...

- EU-NÃO-TÔ-CON-SE-GUIN-DO-RES-PI-RAR!!! - e abanava as mãozinhas no ar de emoção!

Pois é. A minha filha hiperventilou, chilicou, teve um faniquito de amor porque a mocinha se casou com aquele cara canastrão. Que é isso, gente? Quem ensina essas coisas? De onde isso veio, para onde vai? Mistérios da humanidade.


Mas enfim, o ponto alto do filme são mesmo as músicas. Alice e Lucas piraram do mesmo jeito que eu pirava: cantando, imitando as coreôs, caprichando no embromation e, claro, SENTINDO A MÚSICA!



Som na caixa!


 Von Trappinhos da mamãe!



terça-feira, 2 de abril de 2013

:: Notinhas musicais


Depois de um show da Bethânia a pessoa fica empolgada, gente. É inevitável.

Então a mãe tá lá, toda salamaleque, toda pombagira, toda trabalhada na melemolência de Santo Amaro da Purificação, rodando & batendo palmas & remexendo o pandeirão & cantando do fundo da alma: "QUEM NÃO REZOU A NOVENA DE DONA CANÔ?"

E o filho, todo nem-aí, folheando um livrinho:

- Eu não.

***

Horas depois, as duas crianças se encontram em um dos melhores lugares para se estar (principalmente quando se é criança): um estúdio de som cheio de instrumentos. E o melhor: com passe livre para brincar com eles!

Que se registre, com muito orgulho!, que meus filhos são enlouquecidos por música. Têm ritmo, têm ginga e têm bom gosto (disse a mãe, hehe). Então o Lucas despeja toda a sua energia na bateria enquanto Alice se atraca no microfone (ela tem um treco com microfone, câmera e que tais, diz que ser ser "cantora e atora" quando crescer). Depois trocam. Destrocam. Exploram. É botar as duas criaturinhas dentro de um estúdio que elas ficam feito pinto no lixo! Quem precisa de Disney quando se tem um estúdio de som?

Fica uma palhinha da Alice, toda drama-queen, interpretando uma música linda (e muitíssimo complexa, reparem) do seu vasto repertório.


Lila, cantando e encantando ;)
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