sexta-feira, 31 de outubro de 2008

:: Medinho universal (e não-confesso) do parto


Mulher nenhuma fala disso abertamente, mas se você juntar duas grávidas num cantinho discreto a questão surge, certeza. 


Eu, grávida, tive que perguntar.

 

Respirei fundo e mandei, na lata:

 

- Mas doutor... a mulher tá lá, fazendo força... ("A Mulher". Assim, bem genérico. Não tive o despudor de me colocar na cena. Você também não teria, aposto.) ...a mulher tá lá, fazendo força, pernão aberto... me diz: ela não faz cocô, não?

 

- Faz (CÉUS! HORROR, HORROR!). E xixi também.

 

 

Por que ninguém nunca mostrou isso nos filmes, por quê???

 

 

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

:: Extreme Makeover


Que percepção louca é essa que faz a gente achar nossa cria LINDA DE MORRER assim que ela nasce? Porque hoje eu olho fotos da Alice petitica e só consigo ver a filha do Costinha com a Catifunda. E, juro por deus, eu achava que ela era o bebê mais lindo do século, sério mesmo! O que é o amor de mãe, não é mesmo, minha gente?


eu era assim...


...fiquei assim!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

:: Funchicomo? III - a missão


Mais lenha na fogueira da Funchicórea! 

Recebi um email da , me encaminhando algo que ela leu em uma lista de discussão. Copio na íntegra (como foi escrito por uma outra mãe, não tenho como creditar o trecho):

"Maleficios da funchicoria:
O pózinho parece ser tão mágico, mas olha só: o açúcar exacerbado de sua fórmula 'queima' as papilas gustativas sensíveis dos bebês e pode prejudicar a amamentação, pois o leite materno não é tão doce assim. 
A funchicórea contém a sacarina (ainda mais deletéria do que a sacarose, visto que é um produto 100% ARTIFICIAL, sintético) extraído do petróleo e que deixa resíduo amargo ao paladar, chega a ser 550 vezes mais doce que o açúcar!
Imagino isso na boca do bebê e depois como ele pode estranhar ao mamar porque o LM não é tão doce assim.
Além disso, é oferecido na chupeta, é isso que entendi? Isso pode prejudicar o sucesso da amamentação se for oferecido muito no início (sim, existem controvérsias e muitas de vocês vão até discordar)
Outro fator angustiante é que ele NÃO É eliminado do organismo em associação ao ciclamato e existem evidências científicas de serem cancerígenos em ratos.
A sacarina está proibida em mais de 70 países, inclusive os EUA. Por quê será?
Até as empresas de refrigerantes estão trocando a sacarina pela sucralose, mesmo sendo mais cara." 



Bom, temos a polêmica da chupeta e a polêmica do "docinho", que são pessoais e intransferíveis, e a tal sacarina, que de novo acho que é o grande problema aqui. Quanto às duas primeiras, MINHA humilde opinião: eu sou da turma da chupeta, não nego. Mas ela não é fundamental - quem quiser pode dar a funchicórea no peito, no dedo, em forma de chazinho, etc (QUEM QUISER, atenção!). Quanto ao docinho, realmente faz sentido esse receio do bebê estranhar o leite depois de provar algo mais doce. Felizmente, no nosso caso não aconteceu, a Alice continuou mamando numa boa. Alguém teve esse problema?

Enfim, a sacarina. Por ser um texto sem fonte, fui conferir as informações mais objetivas. Não consegui checar todas, mas achei o seguinte:
 
- Na funchicórea, não há associação de ciclamato com sacarina. Pelo que entendi, a informação sobre eliminação refere-se apenas às duas substâncias juntas, e portanto não se aplica. 
-  A sacarina não é proibida nos EUA. Não achei nada sobre "os mais de 70 países", e sim que é proibida no Canadá. Quanto a ser cancerígena, parece que está sendo absolvida pela comunidade científica nos últimos anos (ah, a medicina, sempre tão volúvel...) - links aqui e aqui. Mas vai saber, né?


É aquela coisa: ninguém nunca provou que é cancerígeno, nem que não é. Eu sou bem desconfiada com essas coisas e tendo a achar que na dúvida, é melhor evitar. Por outro lado, é uma concentração tão pequena e dada em doses tão minúsculas que, sei lá, me parece muuuuito improvável que possa causar algum mal. Os tais testes que causaram câncer em ratos, por exemplo, entupiam os bichos de sacarina. 


Eu ainda não consegui formar uma opinião sobre o assunto. Não condeno a funchi, mas também estou mais reticente em sair fazendo propaganda, como eu costumava fazer, porque tenho medo de adoçantes em geral e saber que há sacarina na composição me deixou cabrera. Prefiro evitar, mas não posso jurar que não recorreria a ela em um dia de fúria do meu próximo filho. Na dúvida, opto pela moderação, pra ambos os lados: nem vou correr da funchicórea como o diabo da cruz e nem vou usar como se fosse pó de pirlimpimpim. Caminho do meio, sempre. 


Anyway, fica aí mais um ponto de vista, pra ajudar as mãe a se decidirem (ou não, como é o meu caso) sobre esse assunto tão polêmico!


(Valeu pelo email, Fê!)
 

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

:: O dia do teste


Me lembro perfeitamente. Foi dia 6 de janeiro de 2007, às 6 da manhã - um desses plot-points que viram a vida do avesso. Acordei pra um xixi básico, peguei o teste de farmácia e rumei pro banheiro. Sonada e sem óculos, míope de tudo.

 

O teste era um capricho, quase uma brincadeira, que o Carlos sugeriu um dia antes: “faz o teste que no dia seguinte você fica menstruada, aposto.” Isso porque minha TPM vinha se arrastando há mais de uma semana, com peitos inchados e coliquinhas e tudo mais. A menstruação estava atrasada, como sempre – intervalos de 3 ou 4 meses sempre foram normais pra mim por conta de ovários policísticos. Nada de mais. Eu achei a idéia de fazer um teste de gravidez divertida, nunca tinha feito um na vida. Mas eu não estava grávida, tinha certeza. “Eu saberia”, eu disse pro Carlos. “Mulher sente essas coisas, eu vou saber no instante que engravidar, quer apostar?” - ainda bem que não apostamos, eu ia perder dinheiro.

 

Então eu estava lá, tranqüilona, xixizinho rolando. Molhei o palitinho do teste e olhei. A bula dizia pra esperar 3 minutos, mas no que eu olhei o palito já estava coloridão. Rosa-choque. CHOQUE! Fiquei ali olhando abobalhada, tentando entender o que aqueles dois risquinhos significavam. Tá, eu sabia perfeitamente o que significavam, mas na hora é tão surreal que a gente não acredita, e então eu li a bula, e li de novo, e me amaldiçoei por estar sem óculos numa hora dessas, tendo que quase colar o nariz no teste todo xixizado pra enxergar direitinho e ver bem os dois risquinhos e finalmente entender que sim, eu estava grávida, cacilda!

 

Passei uns 2 minutos (que pareceram 20) ensaiando uma cara pra sair do banheiro e comunicar o Carlos que ele ia ser papai. Mas não consegui. Apenas saí do banheiro com uma cara besta e disse, melhor comprar outro teste, acho que fiz xixi no lugar errado, deu xabu, enquanto mostrava pra ele os dois riscos e ele me olhava aparvalhado. Silêncio sepulcral. E aí ele disse, BZ, você tá grávida. E só nessa hora eu acreditei, porque até então ainda achava que tinha alguma coisa errada com o teste. E a gente ficou ali, na cama, os olhos arregalados de susto, sem saber se era pra rir ou pra chorar. 

 

Aí foi aquela novela de ligar pra médico, fazer exame de sangue e esperar horas pela confirmação. Eu lembro de cada detalhe desse dia com precisão absoluta. O resultado do exame de sangue sairia às 16h, e o Carlos iria ver na internet e me ligar – na época eu era barista numa cafeteria, trabalhava nos fins de semana. Às 16h, toca o celular. Era o meu amigo Daniel, e a conversa seguiu assim:

 

- Béza, tô aqui comendo uma feijoada com o Tom, o Luís e Bel e a gente tá falando de você.

- Ah é? Falando o quê? (vontade de gritar: meeeeu, tô grávida!)

- A gente fez uma aposta.

- Sério? (tô grávida, Santi, acredita?? – não falei, mas pensei.)

- Sério. Mas não posso contar o que é...

 

Como se precisasse, Santi bobinho. Eu já sabia. Tinha certeza absoluta. A aposta era: quando a BZ vai aparecer grávida? Porque eu tinha anunciado que ia parar com a pílula e rolou um frisson coletivo, ninguém nunca achou que eu fazia o gênero moça casadoira e família. O Daniel ainda fez um suspensezinho, eu fingi que fiquei curiosa e segurei a vontande louca de sair contando. Até porque faltava a ligação definitiva – o Carlos com o resultado do exame de sangue. Desliguei o telefone achando tudo muito surreal, como assim o povo estava falando de mim, e de gravidez, e eu estava ali completamente grávida sem ninguém saber??? Coisa doida.

 

Pois bem: Carlos ligou depois de 10 minutos e confirmou o que nós já sabíamos, eu estava grávida de 6 semanas, oh god!

 

Foi assim. Um susto colossal. Porque era parte dos planos, mas não achei que aconteceria tão rápido – engravidei exatamente 1 mês depois de parar a pílula. Então os primeiros dias foram assim meio esquisitos, bateu aquela coisa de “estou velha e nada será como antes”, saca? Deu medo, deu tristeza, foi um pouco a marca definitiva de que a minha adolescência-tardia se fora de vez.  Um certo luto pela passagem (tão rápida!) do tempo, um questionamento existencial, por quê?, pra quê? pra onde? e etc. Enfim, essa frescura durou uns 3 dias e então eu virei uma grávida serelepe feliz da vida com a idéia de carregar um feijãozinho na barriga. E dali pra frente, só alegria. E enjôos - porque óbvio que eu precisei saber que estava grávida pra começar a sentir os sintomas todos ("eu saberia", eu disse pro Carlos naquela manhã... HAHAHAHA!)



*Alice doesn't live here anymore*

(agosto/07 - uns 20 dias antes da Alice nascer)



quarta-feira, 22 de outubro de 2008

:: A filha da Alice


O nome dela é Nenê, e a coisa mais fofa é ver Alice reproduzindo com ela as minhas ações. 



(Fora que eu não dou pra ela comida catada do chão, lógico. Essa ela se encarrega de pegar sozinha...)

:: Ah, o auto-amor!


Essa daí nunca vai ter problema de auto-estima...


:: Virginiana


Alice anda com mania de arrumação. Então ela pega tudo daqui e coloca ali. Quando acaba, pega tudo dali e coloca aqui. E tira tudo da caixa. E guarda tudo na caixa. E abre carteira, tira tudo, põe de volta, fecha carteira. Abre caixa, tira óculos, guarda óculos, fecha caixa. Assim ela vai, o dia inteiro. E super concentrada, com um bico de quem está se levando muito a sério. 

Daí que eu não encontrava o meu celular. Liguei para tentar ouvir o toque: tão longe, tão perto. Aquela coisa abafada, mas que parecia estar ali do lado. E de fato estava, ali pertinho, num canto da sala. Devidamente guardado no fundo do meu tênis. 

 

:: Bebêsta 3


Novidades da garota:

 
- Cruzar o dedo indicador sobre o médio e aperta com força até as pontas ficarem brancas.

- Enfiar os dedos na goela até dar ânsia de vomito e os olhos lacrimejarem. Aí ela tira o dedo, toma fôlego e começa de novo. Infinitamente.

- Deprimir. Assim: alguém faz algo que ela não gosta, e ela chora. Aí, com a boca inteirinha virada pra baixo, num biquinho magoado, ela se dobra pra frente, encosta a testa no chão e fica ali, em silêncio, curtindo uma fossa. Só levanta quando a gente vai lá resgatar.

- Jogar brinquedos pra trás, tipo: ai, enjoei - e vupt! por cima da cabeça. Só que volta e meia os menores acabam caindo no capuz do casaco, ou entrando pela gola do body. E ela, bobinha,  passa o resto do dia carregando o tal brinquedo rejeitado nas costas. 

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

:: Fada da sorte!


Eu ia vir aqui pra reforçar: olha como a Ri é talentosa! A Van, uma amiga querida, leu o post da 
Santa Glória, gostou e encomendou uma fada de porta pra uma amiga que está pra ter nenê esses dias. A Ri fez uma lindíssima - e com direto a "Boas Vindas" do Caetano, na primeira página! Olha que coisa incrível:



Pois bem. Acontece que enquanto tudo isso acontecia e eu me preparava pra postar essa segunda parte do assunto, recebo dela um email assim: "tem lugar pra mais uma na Confraria das Mammas?" A RI TÁ GRÁVIDA!!! AHHHHHH!!! 

Eu recebi a notícia com pulinhos e lágrimas de alegria. Como eu fui a primeirona da turma a embarrigar, passei os últimos dois anos botando pilha na mulherada. A Ri é a minha primeira amiga grávida! Quer dizer, amiga das antigas, de escola, dessas de ver sempre (ou quase), sabe? Algumas outras mães viraram amigas queridas, mas a Ri foi dessas que eu conheci menininha sardenta e vi virar mulher, e isso pega na alma da gente. Fiquei muito muito muito feliz, só lamentando não poder estar fisicamente perto nessa fase tão legal. Mas vou estar aqui, amassando em pensamento o barrigão dela! Vai ser uma grávida espetacular, aposto!


Viva a Ri!!!! E viva esse nenê que vai nascer lindo, sardento e de nariz arrebitado que nem ela!!! 


Ritinha e Alice - março/2008

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

:: A minha Garota-Problema 2


Sabe aquela velha estratégia do "Vou puxar no três, tá? Um... VUPT!". Pois foi isso que aconteceu na escolinha hoje. Armaram todo o circo pra nossa reunião de amanhã, e o chute na bundinha da Alice foi hoje mesmo, ó céus.

Cheguei para buscá-la depois de mais um dia de choro e fui recebida pela comitiva toda: a educadora, a diretora e a intérprete portuguesa. Só pude concluir que elas devem achar a Alice tão insuportável que não aguentariam nem mais um dia.

Eu concordo com você, Renatinha. Acho que talvez seja o caso de chorar mesmo, porque claro que as crianças são espertas e claro que Alice sacou que quanto mais chorava mais rápido eu aparecia para resgatá-la. Eu até já tinha esse discurso na ponta da língua (e em francês, merci!), mas não adiantou. Na verdade, acabei entendendo e concordando com tudo o que elas disseram. 

Negócio é o seguinte: Alice de repente se viu em um país estranho, numa casa nova, ouvindo uma língua diferente e rodeada de pessoas que não conhece. Então ela grudou na única coisa que lhe sobrou de familiar e querida - a mamãe aqui (e o papai também, claro, mas ele passa grande parte do dia fora). Parece que isso é normal, a adaptação de crianças estrangeiras costuma ser mais longa e difícil. Mas no caso da Alice, não rolou. Pelo jeito, ela precisa de mais um tempo aqui pra ficar mais segura e afrouxar o grude comigo. 

Perguntei se não era o caso de deixar chorar pra ver o que acontecia, e elas me explicaram que deixaram no começo - e por isso os primeiros dias foram mais "longos" - mas não adiantou. Não era o tal choro picareta e sem lágrimas (conheço bem esse...), era um choro sentido, triste mesmo. O fato é que ela estava sofrendo o tempo todo em que era obrigada a estar ali (minha filhinha! SOFRENDO! Óbvio que nesse ponto quem estava sofrendo e quase chorando era eu). Então ela passava o tempo inteiro no colo das professoras pra ficar um pouco mais calma, e mesmo assim continuava chorosa e carente. E mais: mudava imediatamente quando eu chegava, ficando simpática e distribuindo beijos e tchauzinhos - mas só depois de devidamente pendurada no meu pescoço. E, na boa, essa é a Alice de sempre. Ela é sorridente e tranqüila, nunca deu esse tipo de trabalho, quem conhece sabe. Desde que chegamos em Paris ela está mais difícil e mau-humorada, isso já estava bem claro pra mim até antes desse episódio todo da escola. 

Entendi que ela não está mesmo preparada pra enfrentar a escolinha agora, com tantas outras mudanças acontecendo na sua pequena vidinha. Conclusão: vamos esperar um pouco, e tentaremos de novo em dezembro. A vaga dela está garantida, não preciso me preocupar quanto a isso. 

Então é isso. Até dezembro, é nóis, eu e ela, ela e eu. Pra mim não é o ideal, porque eu acabo perdendo um pouco a autonomia pra fazer as minhas coisas e as da casa, e pra sair por aí conhecendo Paris (coisa que inacreditavelmente não consegui ainda, com quase 2 meses aqui). E eu acho que tô naquele momento de precisar de um pouco de espaço e de uma folga da rotina de bebê (ai, a culpa cristã... eu quase deleto isso aqui, pra não admitir que queria uma folguinha da função. Mãe é tudo louca mesmo!). Mas entendo que pra ela a coisa tá bem mais dificil do que pra mim, e vai ser com muita alegria que eu vou passar mais esse tempinho colada nela e rolando pelo nosso tapetão felpudo até ela enjoar de mim e implorar pra voltar pra escola, onde as tias não agarram nem apertam tanto.


(E o momento Pollyanna Moça do dia é: não tem mais escolinha? Que ótimo, agora a Alice pode cintilar à vontade com seus lindos brincos que ninguém vai encher o saco!)

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

:: A minha Garota-Problema

 

Acredite se quiser: Alice, essa criaturinha doce e rosada, está a um passo de ser gentilmente convidada a se retirar da escolinha! Oh God! E ela nem soltou uma bomba caseira no fraldário ou grudou chiclete na cadeira da professora, pobrezinha. O problema é que ela me ama demais, sabe? 

Depois de uma semana e meia de uma relativamente bem sucedida adaptação, seguiu-se uma semana e meia de desadaptação catastrófica. Lembra que eu contei que ela aumentaria a permanência lá 15 minutos por dia até ficar numa boa por umas 4 horas? Pois então. De 15 em 15 minutos ela chegou a ficar 1h e meia. E desde então, de 15 em 15, ela voltou pros 30 minutos, e temo que amanhã ela atinja a constrangedora (e derradeira) marca dos 15-minutos-beijo-tchau. 

Ontem a educadora me disse que está muito difícil pra Alice, que talvez ela ainda não esteja pronta pra mais essa mudança junto com tantas outras (país, idioma, etc), e que se for o caso a gente interrompe o processo e volta a tentar em uns meses. Combinamos de conversar direito na sexta-feira, numa reunião que incluirá também a diretora e uma intérprete que eles arranjaram pra mim - uma portuguesa que é professora da creche que fica no andar de cima da garderie (olhaí, eu falando mal dos franceses e com medo da diretora e ela sendo super atenciosa e me dando até uma interprete de presente!). 

Então é isso. Sexta-feira o destino de mini-estudante parisiense da Alice será selado. Volto aqui pra contar se ela tomou um pé na bunda ou amoleceu a francesada com os beijinhos estalados que a gente está ensaiando desde ontem. Torçam, torçam!


olhem pra mim! eu sou fofa! eu sou engraçada! eu tenho uma flor na cabeça! vocês me amam, tias da escolinha, não amam?


terça-feira, 14 de outubro de 2008

:: 6 fatos sobre moda que eu aprendi sendo mãe

 

1. A lista da maternidade é exagerada pacas

A lista pede 2 pares de sapato para um recém-nascido, e isso já diz tudo. 6 pares de meia?? "Mijão"??? Cruzes, eu até hoje não sei o que diabos é mijão, e não me fez falta nenhuma. Ignorei a lista veementemente, e não me arrependi. Bodies, macacões, casaquinhos e mantinhas, e pronto. E digo mais: “body” é a palavra chave do guarda-roupa de um bebê, pode comprar de baciada (só cuidado com os tamanhos, piscou eles já não servem mais...)

Para a mãe, eles pedem 2 camisolas. Comprei umas lindas (e caras) para receber as visitas. Acontece que ninguém me avisou que depois de um parto normal você sangra LITROS e passa dias a fio usando fraldão. Aí vai da classe e elegância de cada um. Como no pós-parto me faltaram os dois atributos, minha dica é: a camisolinha do hospital pode ser feia, mas se sujar de sangue eles lavam e te dão outra limpinha, e outra, e mais outra. E depois, as visitas não são exatamente pra você, amiga mamãe... tá todo mundo interessado no seu bebê recém saído do forno, de modo que você pode receber a todos descabelada, com uma camisola horrorosa e peitos de fora que ninguém nota.


2. Não confiar na numeração das roupinhas.

Porque aparentemente não há nenhum padrão que estabeleça os tamanhos. Minha impressão é que cada marca bota o número que bem entender. Alice, com 1 ano, usa de PP a G. Tem um bodyzinho milagroso para recém-nascidos que ela usou até os 11 meses, o tecido parece que cresceu junto com ela. Então ignore as etiquetas e confie nos seus olhos. Ou não.


3. Não confiar nos próprios olhos.

Você ganha aquela roupa incrível e gigante, e pensa: pfff, só daqui a uns 6 meses

6 meses depois você olha e pensa: nhé, faltam ainda uns 3 meses. 

3 meses depois você olha e pensa: acho que já dá, vai... vai ficar um bocadinho grande, mas eu dobro as mangas. 

Aí você tenta colocar e a roupa não entra, e você se xinga até a oitava geração. E depois repete a mesma novela com outras roupas lindas, é inacreditável! Gente, é sério: seu bebê nunca é tão pequeno quanto você imagina. Experimente as roupas antes de concluir qualquer coisa, ok?


4. Não economizar as roupas mais bonitas.

Não tem por quê. As roupas de bebês pequenos se perdem pelo tamanho, e não por ficarem puídas. Tem é que fazer justamente o contrário: pegar aquele vestido mais tchuco-tchuco e usar até pro bebê brincar de pintura de dedo. E fotografar horrores, porque quando não servir mais você vai pensar: Mas como, COMO eu não tenho uma foto da fofa com aquele vestido diviiiiino?


5. O barato às vezes sai caro

Pacotão com 3 bodies e 2 calçolas no supermercado: Dérreal. Negócio da China – mas provavelmente serão usados uma vez e vão dali pro lixo, completamente escangalhados. Ou não têm abertura na gola e o cabeção do nenê não passa. Ou o tecido é pouco flexível e é impossível vestir sem quebrar os dois braços do seu filho. Enfim, desconfie de qualquer coisa estupidamente barata. Abra os pacotes, sinta o tecido, cheque a qualidade, aquela coisa toda...


6. Bebês pequenos não usam sapato

Pelo menos Alice não usou. Never-ever. Ela tinha um bocado de sapatinhos lindos, era tipo a Imelda Marcos dos bebês. Mastigou alguns, e olhe lá. Perdeu todos, intactos e virginais. Uma pena.

(Isso não significa que eu não tenha amado cada um dos sapatinho que Alice não usou, atenção! Eu tinha um prazer enorme em abrir o armário e olhar pra todas aquelas coisinhas lindas. Portanto, se você já deu um sapatinho pra algum bebezico  - incluindo a própria Alice -  não fique triste! O bebê pode não ter ligado muito, mas aposto que a mãe teve seu fetiche por sapatos atiçado e a-do-rou!)


segunda-feira, 13 de outubro de 2008

:: Like a Rolling Stone...



...e com a língua cheia de iogurte. Um pitéu.


sexta-feira, 10 de outubro de 2008

:: Momento Jabaculê




Com licença, vou fazer um jabá. Mas não é porque a Riti é minha amiga, é porque ela é talentosíssima e merece a divulgação.

Aconteceu assim: a Riti, precisando botar pra fora toda uma veia artística reprimida, inventou de fazer umas bonecas. Fez, e fez bem. Agora ela tem uma grife (ui, que chics!), a Santa Glória, e tá espalhando suas lindas criações por aí.








O que esse blog tem a ver com isso? É que quando eu tava barrigudona e pensando nos detalhes da chegada da Alice, me ocorreu que eu não tinha enfeite pra porta da maternidade. Nem fazia muita questão de ter, porque a maioria dos enfeites não faz muito a minha cabeça, essa estética produto-rosa-e-fofo-de-bebê não me agrada. Mas fui visitar a maternidade e achei que seria triste uma porta pelada no meio de tantas outras enfeitadas. Então pedi socorro pra Ri. Perguntei se ela tinha uma idéia pra resolver a questão, e ela disse pra deixar com ela.


Pois bem. No dia que a Alice nasceu, recebo dela uma fada linda de morrer pra pendurar na porta, enfeitada com botões e broches que foram da avó dela (dá pra ser mais querida que isso?). A fada ainda tinha um caderninho acoplado pras pessoas deixarem recados, um sucesso. Da porta da maternidade, foi direto pra porta do quarto da Alice, e lá continua até hoje, recebendo bilhetes dos visitantes. Infelizmente não tenho foto dela pra colocar (ela acabou ficando em São Paulo), mas coloquei fotos de outras criações da Ri pra vocês sentirem o drama. Essa fada aí em baixo, por exemplo, é um móbile que ficaria lindo num quarto de bebê...



Pra quem se interessar, as bonecas são vendidas na loja Dona Pink dos Jardins.


Também dá pra falar direto com a Ri pelo site www.santagloria.com.br se a idéia for uma coisa mais personalizada. Além de tudo ela é uma fofa e vai atender todo mundo super bem. Recomendo muito!


quarta-feira, 8 de outubro de 2008

:: Mães unidas pelo fim da catinga!


Valeu pelas dicas, meninas! Vou no toque da
Flávia e da Lu, procurar a bendita lixeira anti-budum. Pelo que elas explicaram, é uma lixeira que embrulha cada fralda, veda, sela, lacra, desinfeta e exorciza. Amém! Depois conto se deu certo.

Gargalhadas da Alice de presente pra vocês - se a tal lixeira funcionar, no próximo video vou ser eu gargalhando assim...

(Eu cortei a franja dela mal e porcamente, não reparem...)






(Camila Novais, seus blogs estão vazios, é isso mesmo??)




terça-feira, 7 de outubro de 2008

:: Dos choros, dos cheiros 2


Sobre ontem à noite: a babá era uma fofa, Alice comportou-se como um anjinho barroco e eu tive sim uma noite gloriosa. Mas não foi por isso que eu quis retomar o post de ontem. Foi pra fazer um mea-culpa com a história do pum, dos cheiros, dos franceses e etc. Quero me retratar, porque ficar fazendo piada sobre hábitos de higiene deles é muito mal educado e bobo da minha parte. Pum é pum em qualquer lugar, e o dos franceses não é pior nem mais freqüente que o dos brasileiros. É verdade que aqui rola um cecê brabo, bem mais que no Brasil – e isso não é tentativa de piada nem nada, é fato indiscutível – mas é tudo uma questão de hábito, cultura e clima. Se o Brasil fosse frio, e se tivéssemos passado por guerras, sofrido racionamento e tal, seríamos mais econômicos nos banhos, aposto.

E depois, os 29 anos caíram sobre meus ombros feito aquelas bigornas da ACME, e resolvi que viverei o último dos meus vinte anos com mais dignidade e sem ficar falando de pum e outras escatologias feito um moleque de 5 anos, que ofende o coleguinha dizendo seu  cocozildo, cara de pum!, e depois morre de rir.

Pronto, era isso.


Opa, mas esse é um blog de mãe, preciso fazer esse post ficar pelo menos um pouco maternal!

Pois bem. Quem é a santa que vai me dar a dica pra resolver o cheiro do lixo de fraldas da Alice? Porque o lixo está uma coisa pavorosa, o cheiro gruda e não adianta lavar nem trocar os sacos várias vezes que ele não desgruda. O banheiro inteiro começou a feder por causa do maldito lixo, alguém conhece uma solução pra isso?


segunda-feira, 6 de outubro de 2008

:: Dos choros, dos cheiros


Hoje Alice ficaria na halte-garderie por 2 horas e meia, mas quando liguei na metade do tempo (durante a adaptação eles pedem pra gente ligar pra ver se tá tudo bem) a mulher me pediu pra ir buscá-la imediatamente porque ela estava chorando muito. Então fui, correndo. Quando entrei pra fazer o resgate, notei que a salinha estava com o maior cheiro de pum. Fiquei lá uns bons 10 minutos - troquei fralda da Alice, catei as coisas dela espalhadas pelo chão, conversei com a professorinha - e o budum não passou. Impregnado. Sacanagem com as crianças, pô! Se me prendessem por horas numa sala com cheiro de pum eu também estaria chorando pencas, certeza.

***

Talvez por causa do cheiro de pum, e outros cheiros, os franceses usem muito perfume. Então Alice sempre volta pra casa com cheiro de perfume pregado no cangote. Um perfume forte e doce de mulher. É ridículo, eu sei - mas me dá uma ciumeira louca. Eu sou mulher, gente! Nós fomos treinadas desde cedo pra identificar perfume de mulher alheia nos cangotes que nos pertencem. Nós temos a obrigação moral do piti ciumento sempre que um um cheiro desses entrar na nossa casa! Meu instinto de fêmea não está sabendo processar essa situação inusitada do perfume da professora no cangote da minha filha.

***

Daí que hoje é meu aniversário, e combinamos, maridão e eu, um jantar romântico e chiquetoso. Sem Alice, pela primeira vez desde que chegamos. Hoje vamos estrear a babá e estamos torcendo horrores pra Alice cooperar e não repetir a performance lamentável de hoje à tarde. Sendo a babá brasileira, acredito que nem o cheiro de pum e nem o episódio do perfume vão se repetir, então tudo deve correr bem e eu devo ter uma noite de aniversário gloriosa, oxalá meu pai!
 

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

:: Eu sou uma índia, sou filha da lua, sou filha do sol


(Lá vai um texto reciclado, de novo. Antes desse blog existir eu escrevia muito sobre gravidez e primeiros meses da Alice no No Scrubs - e quem lia já sabe que de vez em quando eu recupero umas coisas dali e boto aqui...

Esse é de outubro de 2007 - Alice tinha quase 2 meses.)  

 


Todo mundo sabe que peito de mãe não tem dono.

A gente passa a vida guardando os peitos dos olhares alheios (a.k.a. regulando mixaria) pra descobrir que, uma vez mãe, o peito cai na roda e se mostra para quem estiver por perto, sem respeitar raça, cor ou credo. Acontece que o peito fica à total disposição nossos filhos, na hora e local em que eles bem entenderem. Azar de quem não gostar - no caso, a proprietária do par em questão.

Comigo começou no pré-parto. A camisolinha semi-transparente do hospital não cobria nada, e dá-lhe visitas de boa sorte. Em vias de parir, a última coisa na minha cabeça era o fato de estar expondo os peitos pras visitas, até porque eu estava prestes a expor coisas bem mais íntimas para pessoas bem menos íntimas.

Quando Alice, com minutos de nascida, veio para o meu colo, veio junto a mão da enfermeira, sem a menor cerimônia (e se tem uma coisa que enfermeiras de hospital não podem ter é cerimônia), pra pegar meu mamilo enfiar na boca da pobre criança. Pronto, perdi os peitos, pensei.

De fato, eles viraram domínio público dali em diante. Precisando, saco a peitarola e faço o serviço onde for preciso. Alice nem sempre coopera e, bobinha, dá de não encontrar o mamilo nas horas mais embaraçosas, adiando por longos minutos a conveniente cobertura mamária proporcionada pelo cabeção.

Some-se isso ao fato de mamilos rachados precisarem de ar pra cicatrizar e inviabilizarem qualquer tentativa de se colocar uma blusa, e voilá: eu agora ando semi-desnuda pela casa, tal qual uma índia tupinambá. Na frente das visitas, inclusive. De vizinhos a amigos de infância, não escapou ninguém. Paguei peitinho na frente de amiga. Namorado de amiga. Pai de amiga. Amigo de irmão. E por aí vai.

É tipo calcinha da Britney Spears: só não viu quem não quis.


quarta-feira, 1 de outubro de 2008

:: Alice viu a uva



Outro vídeo, atendendo a pedidos. Muitos. Milhares de pedidos. Todos da minha mãe.

Então tó, Vó, a pequena comendo uva. Na verdade eu queria ter gravado a reação dela à primeira uva que ganhou, olhando hipnotizada e repetindo bó, bó, bó feito um zumbi surtado. Mas quando cheguei com a câmera ela já tinha diminuido os bós e assumido esse ar de deboche. Gravei mesmo assim. Taí, pra você matar a saudade. Não se preocupe com a minha tosse tuberculosa que aparece junto com a risada, já tô bem melhor. 
Beijos pra todo mundo aí, estamos com saudade.
Filha



(ah, pra quem não sabe, bó é bola.)

(não resisto: historinha envolvendo Alice no
No Scrubs
Related Posts with Thumbnails