Após uma longa temporada caranguejando, Alice finalmente aprendeu a ir pra frente. Como eu sei? Porque, no que eu virei pra trás por, juro!, uns 3 segundos, ela gritou harakiri, disparou se arrastando pela minha cama e caiu de cara no chão. A trilha sonora de um tombo é assim: uma pancada seca, uma bateria louca dentro do peito da mãe, aquele silêncio terrível que precede o choro (que é a criança tentando se refazer do susto), e o berreiro que acompanha a enxurrada de lágrimas. Horrível. Por sorte não foi nada grave, Alice é esperta e teve a manha de cair de bochecha no chão – um airbag não seria mais eficaz.
Fica a lição: quando sua mãe, sua tia, a avó da sua amiga, a vizinha da sua cunhada, a manicure e a pasteleira da feira dizem que não se pode dar as costas pra criança nem por um segundo, elas estão certíssimas. Muitas crianças tombaram para que essa regra tão radical, mas tão verdadeira, pudesse ser criada. Mesmo assim, muitas ainda vão continuar tombando, até o fim dos tempos - porque mãe que é mãe de-tes-ta palpiteiros dizendo como elas dever cuidar dos filhos.
Enfim, os tombos fazem parte. Nossas avós caíram, e nossas mães, e nós, e nosso filhos ainda hão de cair. E, no fim das contas, todos sobrevivem à queda - pode-se inclusive extrair disso uma lição metafórica para toda a vida.
Às mães cabe estar perto pra recolher do chão sua cria inconsolável. E cuidar sempre para que a queda, da cama ou da vida, não seja de uma altura exagerada.
ai, gente, que dó do tombinho!
ResponderExcluirAiii judiação... mas ngm morre com as quedas que a vida dá né? a gente cresce!!!!
ResponderExcluirbeijos,
Olly
e agora que estou mudando pra longe de mamãe e fiquei até emocionada com isso? sabe essa fase sensível? ui.
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