terça-feira, 12 de abril de 2011

:: Sobre escola, limites e vestir a carapuça


Semana passada tivemos reunião de pais na escola da Alice.

Eu adoro reunião de pais. Gosto de estar no ambiente, ver desenhos expostos nas paredes, ouvir sobre o trabalho que tem sido feito com as crianças e quais as propostas do semestre. E adoro o vídeo dos pequenos em ação, que sacia um pouco da nossa vontade de ficar espiando nossos filhos em um ambiente que é apenas deles, sem pais por perto - ver crianças interagindo livremente é sempre loucamente divertido.

Seria mais uma reunião normal, até que a coordenadora/fundadora da escola entrou e pediu a palavra. E aí, amigas, foi um esculacho sem precedentes. Ela chegou pra botar o pau na mesa (ops, mais respeito porque ela é uma senhora muito distinta!) e falar algumas verdades para a gente.

Eu não vou conseguir reproduzir exatamente o discurso, mas a ideia geral é a seguinte: ela tem notado mudanças no comportamento dos alunos ao longo dos anos (trabalha com crianças há décadas), e diz nunca teve uma turma tão barulhenta, teimosa e sem limites como agora. Crianças cheias de vontades, acostumadas a ter tudo e que não aceitam ter seus desejos frustrados. Crianças que gritam, batem, ignoram os chamados dos adultos. Essa queixa, segundo ela, tem sido muito comum entre todos que trabalham com educação.

Ela tem a impressão que os pais perderam a mão e não sabem mais como educar os filhos. Falta pulso, autoridade. Observa pais imaturos, extremamente permissivos, com outras prioridades e que tentam compensar falhas ou ausências com coisas materiais. Resumindo, estamos criando uma geração de monstrinhos individualistas, consumistas e sem limites.

Ela se sente de mãos atadas. Disse que a escola tem um limite de atuação, e que a educação de uma criança é responsabilidade dos pais em primeiro lugar. Criticou os que delegam à escola (ou babás, avós e afins) tal função. Acredita que, mais do que um simples contrato de prestação de serviços, deve haver uma parceria entre pais e escola. Foi por isso que decidiu ter essa conversa, enquanto a maioria das escolas não aborda o assunto para não incomodar os pais (o que significa correr o risco de perder alunos).

Ela falou por uns 15 minutos. Saca climão? Foi por aí. Um silêncio sepulcral na sala. Todos os pais meio afundados nas cadeiras, cada um vestindo a carapuça que lhe coubesse. Vi alguns com um ar meio indignado, mas ninguém ousou retrucar. Acho que rolou um questionamento geral, "será que ela está falando de mim, do meu filho?". Por mais seguro que seja, ninguém consiga sair indiferente de uma situação dessas. Eu, pelo menos, saí bem mexida e questionando um monte de coisas que tenho feito (assunto pra outro post...).

Posso falar? Me senti ofendida, cutucada, provocada, exposta. E AMEI.

Apesar do desconforto que a conversa causou, a escola ganhou mais pontos comigo. Eu, que já era fã da coordenadora, fiquei mais ainda. Achei que ela foi sincera, comprometida e extremamente corajosa.

É exatamente isso que eu espero da escola dos meus filhos: que banque tratar os pais não como clientes, mas como parceiros - e protagonistas, sempre - da difícil missão de educar.

64 comentários:

  1. isso aí, gata, limites POR FAVOR, limites.
    me dá o nome da coordenadora que eu quero mandar fazer camiseta em homenagem? forever fã.
    beijos, espero que a carapuça sirva a todas nós.

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  2. Já leio seu blog há algum tempo, mas acho que nunca comentei... (sorry! :)

    Depois deste post não tem como comentar... Sou mãe e profª, trabalho com crianças/adolescentes de 11 a 18 anos... Percebo essas coisas todos os dias e nesse momento questiono muito meu papel na educação... aí quando leio um texto como o seu, relembro o pq de ser educadora!

    Lógico q como mãe, não sou perfeita... minha filha tb precisa de limites... mas é muito bom ouvir/ler td isso!!!

    Ah! Meu nome é Olívia, sou carioca, casada, tenho 29 anose sou mãe da Maria Luísa de quase 5 anos.

    Bjs e parabéns não só pelo post, mas pelo blog tb!

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  3. Nossa falou e disse as vezes tbm acho que as escolas deveriam ser mais abertas aos pais, nesse sentido dar puxão de orelha sim, adoreiiiiiiiii ainda não fui em nenhuma reuniao de pais na escola do meu filhso ams quero so ver a primeira como vai ser
    bj

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  4. Mari, leio seu blog ha um tempo mas e a primeira vez que comento. Parabens por ter escolhido uma escola tao seria para sua filha. Eu moro nos EUA e achava que a "ditadura dos filhos" era coisa de americano, mas pelo visto ai no Brasil nao e diferente. Posso te mandar um email para voce me passar os dados da escola da sua filha? Queria ter caso precise um dia. Achei a atitude dessa coordenadora admiravel. O mundo precisa de mais educadores como ela.
    PS - Pelo que leio aqui no blog, o sermao nao foi para voce, nao!

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  5. Perfeito, Mari; perfeito, coordemadora. Alguém precisava dizer isso, né?
    Esta coisa de escola querer agradr aos clientes é medonha, por isso escola pública é bom também. Lá não tem nada disso, ninguém precisa ser agradado, a escola tem um projeto pedagógico muito bem definido e as crianças se adequam a ele, assim como as regras e disciplinas. Para mim, isso é ótimo. Não são só as crianças que previsam de limites hoje em dia, está muito claro que os pais também precisam.
    Beijos

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  6. de vez em quando, algumas pessoas resolvem botar a boca no trombone... e deveria acontecer mesmo, agora tenho certeza q todos escutaram , mas sera que os pais vão tentar trabalhar mais no filhotes deles, porque muitos nessas horas tem o orgulho ferido e não dão o braço a torcer... e quanto aos mil seguidores, não poderia ser difernte, seu blog é muito bacana viu... bjks!!!

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  7. mari, eu sou professora de pré- adolescentes e o que mais vejo são pais indignados porque são chamados na escola, porque cobramos a participação deles. Já vi um pai dizer que ele tinha mais o que fazer em vez de vir na escola resolver problema de criança. O filho dele se envolve numa série de brigas e confusões e somente a escola tem que resolver. lindo isso!

    Que ótima essa coordenadora! Que bom que a fala dela te catucou.

    A escola não quer que os pais resolvem tudo sozinhos, mas que sejam parceiros, que façam a sua parte em casa.

    ADORO seu blog, hein! Nunca comentei, mas leio sempre e tenho até o link no meu.

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  8. Levei uma bronca dessas da pediatra e também ADOREI! Ajudou tanto, a gente não consegue perceber direito no meio da confusão o quanto tem que dar mais atenção, o quanto tem que dar mais limites e a quantidade de palpites que os tios, avós, amigos dão, sem nenhum embasamento, só atrapalham. Precisamos muito dessas "broncas" de vez em quando, mas de gente que sabe do que está falando.
    bjos

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  9. Nossa, adorei a postura... realmente hj a gente nao ve mais isso nas escolas...lembro na minha epoca, quantas vezes meus pais eram chamados por causa do meu irmao.. e hj o faturamento fala mais alto do que a educação e a orientação, seja em relaçao as crianças, seja em relaçao aos pais. Pontos para essa coordenadora e pontos para a escola da Alice que realmente se preocupa com os adultos que ela ajudara a criar. Bjs

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  10. Quanta coragem da escola!! Gostei!! serve pra pais antenados como vc, reavaliarem...e para muitos folgados saírem de lá mto ofendidos! mas é um começo!! se todas as escolas adotassem essa postura seria maravilhoso!!!!

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  11. Eu teria até aplaudido no fim da reunião!
    Bjos,
    Camila
    www.mamaetaocupada.blogspot.com

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  12. Mari, calma.. primeiro deixa eu comentar sobre o post anterior..
    Parabéns pelos 1000 seguidores.. e sabe, a carapuça me serviu.. não comento muito aqui, mais venho ler sempre que você posta. E adoro demais seu blog. Parabéns mesmo .. hihi .. me sinto sua best sabe.. kkk não ria de mim ok? .. #)..

    Bom, sobre o post de hoje.. achei o maximo essa coordenadora. Acho que ela está certissima em alertar os pais sobre a educação das crianças, por que, afinal, são com os pais que elas tem que aprender principios, limites e afins. As crianças crescem, então é bom você conhecer e estar proximo do seu filho, pra mais tarde acabar por serem estranhos um ao outro.

    Beijos Mari.
    ;*

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  13. Mari, calma.. primeiro deixa eu comentar sobre o post anterior..
    Parabéns pelos 1000 seguidores.. e sabe, a carapuça me serviu.. não comento muito aqui, mais venho ler sempre que você posta. E adoro demais seu blog. Parabéns mesmo .. hihi .. me sinto sua best sabe.. kkk não ria de mim ok? .. #)..

    Bom, sobre o post de hoje.. achei o maximo essa coordenadora. Acho que ela está certissima em alertar os pais sobre a educação das crianças, por que, afinal, são com os pais que elas tem que aprender principios, limites e afins. As crianças crescem, então é bom você conhecer e estar proximo do seu filho, pra mais tarde acabar por serem estranhos um ao outro.

    Beijos Mari.
    ;*

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  14. É engraçado né... meu filhote ainda nem nasceu e já me pego pensando na educação dele.
    Eu passei mesmo para parabenizar-lhe pelo blog. Excelente, linguagem fácil e contagiante. Daí você ter tantos seguidores!

    Vou ser mais um!!!
    Abraços
    http://mmppv.blogspot.com/

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  15. Mari, no final do ano passado, na apresentação de final de ano da educação infantil da escola da Nina, foi lido um texto que eu gostei bastante. Fui procurar na internet e existem mil versões. Chama "Limites - Os pais mais bobos e inseguros da história" da Monica Monasterio. Pelo menos esse é o crédito que encontrei. Alguns pais não gostaram, acharam que não cabe à escola falar assim. Fazer o quê, né?
    E semana passada veio uma circular bem dura, criticando o comportamento dos pais na hora de levar e buscar as crianças. Também adorei. Só fico chateada pq tem gente que acha que a escola não pode criticar. Sabe o 'Tô pagandooo"? Pois é, muitos pais pensam assim.
    Beijos1

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  16. Olá Mariana,
    Cheguei aqui através de outros blogs, gostei do seu último post e já estou seguindo.
    Eu tb escrevo, mas não somente sobre maternidade (estou nas últimas semanas de gravidez).
    Um beijo,
    Nivea
    www.niveasorensen.com

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  17. Tive que citar seu post no meu face!! A carapuça me serviu e pude visualizar filhos de amigos, de parentes encaixados nessa educação permissiva a qual definitivamente eu não pretendo seguir!!

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  18. Ui! Botei fé. Muito chato essas escolas que ficam babando o ovo dos pais.
    Não me lembro de na minha época existir regime integral nas escolas. Tudo bem que a gente ficava com babá na outra metade do tempo, mas isso é sintomático... Como educar seu filho se você só passa 2h por dia com ele, e num estado de total bagaceira? Acho que é, sim, uma questão de valores, e que pais super ocupados podem criar muito bem os filhos. Mas esse sistema workaholic não está ajudando...

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  19. Também virei fã da sua coordenadora!!! A prof da minha filha é linha dura, sem ultrapassar a função que lhe compete. E para balancear, sua auxiliar é super carinhosa! Milha filha ama as duas, mas outro dia saiu com a tirada "medo da Joice!" (o nome da prof). rsrsrsrs Se eu fosse neurótica e permissiva, ia encasquetar com isso, mas sinceramente, to vendo que ter uma educadora firme está sendo super importante para Laura. Ela está bem menos tímida, e comunicativa. Limites também são fundamentais para o desenvolvimento das crianças. Ainda na faixa dos terríveis dois aninhos, né? rsrsrs

    Adorei suas ponderações! Arrasou!

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  20. Mari, acredita que a professora da Luísa falou A MESMA coisa na reunião na semana passada (que as crianças estão precisando de limites)?
    Fiquei meio abalada, porque a Luísa, no ano passado, era super elogiada pela professora, super educadinha e tals. Daí a nova teacher vem com essa que a turma precisava de limites, que não estavam obedecendo ela, só faziam o que queriam e na hora que queriam, essas coisas. Fiquei mal e encucada.
    Daí no final da reunião peguei a professora de canto. Queria tentar entender melhor o comportamento da Luísa e saber como poderia agir. Mas para meu alívio a prof. falou que ela não poderia ter falado individualmente na reunião, mas que a Luísa era uma fofa, educada, e que bom seria se todos fossem como ela. Quase chorei. Mas ela disse que, evidentemente, quando a turma toda faz alguma coisa, ela também vai atrás.
    Mas sabe a sensação que eu tive? Que eu fui a que ficou mais incomodada com o que a professora falou. Acho que talvez ela precisasse ter ido mais fundo no assunto, como foi a sua coordenadora. Fiquei em dúvida se as outras mães e pais presentes levaram essa lição pra casa ou se o assunto se dissipou.
    Assim como aconteceu pra você, também gostei desse chacoalhão pra ficar ainda mais esperta. Educar dá um baita trabalho, né não?

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  21. Mais uma vez, amei seu texto!
    Bom, além de ter ficado fã dessa coordenadora!
    Educação e limites já!!!!
    As crianças estão se transformando em monstrinhos e não têm culpa disso. Acho que tem ficado cada vez mais comum, pois os pais ficam o dia todo trabalhando, contratam babás ou deixam com as avós e daí ao voltarem pra casa fazem TODAS as vontades para compensar a ausência.
    Esses, provavelmente, passariam longe dessa escola que vc escolheu...
    bjs
    Aline

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  22. Adorei o texto e a atitude da coordenadora.

    Abraços

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  23. Amei também!!! Nós, pais e escola, temos que andar de mãos dadas nesse caminhar da educação. Ela mostrou que mais do que estar preocupada com a rentabilidade da escola, está preocupada com a tarefa de ajudar a criar cidadãos que respeitem a si próprio, ao outro e ao coletivo. A escola da minha filha, aqui no RJ, promove palestras semanais com temas interessantes, como aprender a lidar com a frustrações dos pequenos, a necessidade de impor limites etc. Com isso, motra que está do nosso lado, mostrando que caminhos tomar.
    Daniela Zabludowski

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  24. mari,
    seria tão bom se pelo menos 50% tivesse vestido a carapuça e partisse para a ação. seria bom também que cada pai se reunisse com professora e coordenadora para ter um diagnóstico individual e sugestões de como conduzir uma reorientação.
    fizemos isso no ano passado e foi muito rico e produtivo. foi uma mudança de atitude "receitada" para a família toda, incluindo avós!
    beijoca

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  25. Conheci o seu blog há pouco tempo e tb amei esse post!!!
    Pq não tem jeito, cada mãe sabe aonde o calo aperta, né? Que isso seja um "chacoalhão" para as que ainda não perceberam,né?
    beijos
    Bianca

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  26. Difícil de encontrar escola que apoie a atitude dessa coordenadora...Curiosidade mata e estou no limite pra perguntar qual é a escola.
    Bj e boas reflexões.

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  27. É corajosa mesmo! E engajada. Infelizmente as escolas tapam os furos da educação inexistente que muitos pais dão pros filhos.
    E se levarmos isso pra alunos maiores a coisa fica mais feia ainda.

    Meu marido era prof. universitário em uma faculdade que queria a satisfação do cliente. Vivia stressado porque ele acredita no papel social do professor, queria ensinar e os alunos só estavam interessados em nota e provas faceis.

    Certa vez ele me pediu ajuda com a correção de trabalhos: o que não era tão mal escrito que parecia feito por uma criança do ensino fundamental, podia contar que era da internet.

    As crianças sem limites de ontem, estão na faculdade hoje e serão os profissionais de amanhã.

    Triste, triste, triste.

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  28. Chorei!
    Ó, aí no Brasil eu era advogada. Cheguei aqui no Canadá e virei professora de primário por opçao e nasci de novo. AAAAAAAAAAAAamo o que faço hoje!
    E essa coordenadora exprimiu o sentimento de uma geraçao! E nao é só ai no Brasil nao! E eu acho que aqui a coisa é ainda pior (longa história).
    Mari, sério, a Alice tá numa escola excelente! Essa mulher tinha que virar nossa ministra da educaçao!
    Virei fã!

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  29. Pois é.. Concordo com o que a coordenadora falou. Nossa geração sinceramente falando é mto permissiva na educação dos filhos e acha que tudo é normal e pronto, não é. Crianças não tem vontades formadas pq para se ter vontade formada é necessário ter personalidade formada, o que elas ainda não tem. Quando os pais decidirem perceberem isso, aí sim tudo poderá dá certo, enquanto isso: Estou vendo os monstrinhos criados pelos pais crescerem e agirem ao seu bel prazer e isso é triste demais - Vejo cada barbaridade na rua que é melhor nem comentar e pior é ver os pais rindo e achando TUDO Lindo.

    Vocês que já são mães tem a chance ainda, eles estão em fase de aprendizado, e eu que ainda não sou terei a chance de criar começar do zero.

    Bjo e amo o seu blog!

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  30. Arrasou no texto, como sempre, Mari!

    Ana Clara está quase aí e eu espero conseguir dar limites à pequena!

    Pois concordo com a coordenadora. Vejo várias crianças fofas, mais totalmente sem limites, por aí.

    Bjs.

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  31. Mariana, muito legal a postura da escola. Resta agora ver se os pais vestiram a carapuça e estão dispostos a mudar a educação dessas crianças. Tomara!
    Tem um texto que gosto muito, recebi por e-mail, desses power points sabe? Não me lembro o nome e nem acho ele em meus arquivos (organizada eu né), assim que descobrir passo por aqui para te contar!
    O texto fala sobre a relação pais/filhos/limites. Muito bom!

    Beijoca

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  32. Cara, eu vesti a carapuça. E achei horrível. Acho que ainda dá tempo de tentar reverter a situação... Tomara!
    Ai esse negócio de educar crianças é muito difícil, viu!

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  33. Amo a escola da minha filha por ser exatamente assim. Inclusive a coordenadora faz reunião individual 2x ao ano p/ avaliar a situação e problemas de cada aluno. Ela elogia o que precisa ser elogiado, mas tb puxa a orelha quando necessário. Fico muito feliz e segura de deixar minha filha numa escola assim.
    Inclusive ela gosta tanto de lá que pede p/ ficar o dia todo na escola.

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  34. Fui lendo o seu post e morrendo de medo de você meter a boca na coordenadora no final. Pensei, se ela fizer isso nem comento. Voc~e foi falando e eu fui concordando, sim! a carapuça serve mesmo emtodas nós, especialmente dentro do quadro da responsabilidade dos pais de educar, e não da escola.
    A questão é que, apesar de todas sentirmos a necessidade de rever nosso comportamento, em prol da boa educação de nossos filhos, será que a gente consegue mesmo fazê-lo sem orientação direta? Quero dizer, a gente enxerga mesmo onde está cagando? Sozinhas?
    a refletir...

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  35. Olá!
    'Na hora o confronta dói, mas cura!"
    E isso vale muito a pena.
    Bjs
    Nathi (mãe de uma mocinha de 3 anos e de uma bebe de 5 meses)

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  36. Não é àtoa que recebeu tantos comentários.Impossível não concordar contigo e dizer que os pais também precisam de limiter... concordo com a Paloma... aluno não é cliente! Pai não precisa ser agradado...

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  37. Parabéns! Você tem o dom de transformar em palavras os pensamentos compartilhados por muitos. Cheguei até aqui através de outros blogs e adorei o que você escreve. Tenho uma filha de 7 meses e o que mais desejo para ela é uma educação das antigas. Criança tem que ter limites, eles não sabem até onde podem chegar. Esta é tarefa dos pais,professor nenhum tem a obrigação de educar aluno. Nota 10 para a escola e coordenadora. vou passar sempre por aqui. Bjs

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  38. Não é raro hoje em dia observar alguns pais suprindo sua ausência com bens materiais... E não falo de ausência profissional; ausência afetiva mesmo! Lamentável... Sei como é difícil ter pulso firme com os filhos mas tento ser firme com minha filha desde agora para manter a educação dela na mesma linha que foi a minha. Nunca apanhei e nunca gritaram comigo, mas quando eu tinha que ficar quieta meus pais não precisavam nem falar; só me olhavam nos olhos e eu já entendia o recado... Infelizmente não são os pais de hoje que são imaturos, é o conceito de 'família' que se perdeu no tempo; sou um exemplo disso, crio minha filha sozinha, e confesso que sei a falta que um papai faz na vida dela. Tento suprir da melhor forma, coloco-a em contato com o avô, tio e primos; sinto-me frágil, espero até que um dia alguém compartilhe do crescimento dela ao meu lado; e quem sabe ainda possa ter uma família de 'comercial de margarina'; enquanto isso, tento impor meus limites sozinha... Beijos.

    http://www.closetdahelo.blogspot.com

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  39. Como todos já sabem, maio é o mês das mães.


    E para homenageá-las o blogtudonolugar.blogspot.com abrirá um espaço, no próximo mês, para as mamães blogueiras.


    A idéia é que elas possam contar como ser organizam para enfrentar as tarefas de MÃE. Como, por exemplo, a organização da mala da maternidade, da bolsa de passeio, da mochila da escola, do quarto ou mesmo do cotidiano de seus “pequerruchos”.


    Para essa homenagem gostaria de contar com colaboração das mamães blogueiras de plantão, peço que escrevam um Post sobre o assunto e encaminhem para o meu e-mail fernanda.organizzata@gmail.com. Ficarei muito feliz em publicá-lo, e prometo citar a autora e seu respectivo blog.


    E ai mãos a obra?

    Beijinhos

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  40. amo reunioes de pais e adorei a coordenadora desta escola. LEgal que ela tenha falado sobre isto. Tambem me sentiria segura com este discurso. NA escola do Pedro nunca levei um puxao de orelha deste tipo, mas recebo alguns outros "puxoes"que fazem sentir que está tudo indo bem na escola. Por exemplo, o lem maximo: leia SEMPRE, todos os dias, emsmo que esteja cansada, nunca tenha desculpas apra o momento de leitura com seu filhos.

    Adoro isto!

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  41. Achei seu blog há pouco tempo e gostei muito do seu jeito engraçado de escrever. Essa coordenadora tinha que ser ovacionada e aplaudida de pé! Abs, Ma (seguindoahistoria.blogspot.com)

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  42. Oi, também ja fuço seu blog há um tempo mas acho que nunca comentei...

    Certíssima essa coordenadora. Estamos criando uma geração de pais que trabalham fora e acreditam que o modo de compensar isso é deixar a criança fazer o que quer na sua presença já que passamos pouco tempo com os filhos.

    Acho que estamos errando na dose quando dizemos que tudo causa um trauma, tudo é falta de respeito com a criança.
    Da geração de nossos avós à nossa fomos de um extremo ao outro.

    E as vezes dentro desse balaio de gato não conseguimos observar os efeitos da nossa educação. E aí precisamos de alguém pra dar um chacoalhão.

    Beijos
    Anna, mãe da Lorena 3a

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  43. Já leio seu blog há algum tempo, mas acho que nunca comentei... (sorry! :) [2]

    Sou professora e vejo exatamente isso na sala de aula todos os dias nos meus adolescentes. Mas resolvi comentar, pq um dia serei mãe e preciso perguntar: onde é essa escola?? Diz que é em Niterói (RJ), por favooooor!!!! hehehe O discurso dessa coordenadora seria um bom motivo pra colocar meus filhos nessa escola, hehehe. Beijos!

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  44. Oi..
    conheci seu blog há alguns dias, li todinho e adorei.
    Vc escreve muito bem, é uma delicia ler seus posts.
    Sobre a escola da Alice, concordo 100% com o q a coordenadora disse!

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  45. Nossa ela foi fundo heim? tocou na ferida! sabe, na ultima reunião de pais que fui na escola do meu filho de 5 anos, há um mês atrás, aconteceu uma cena que me veio na cabeça logo que li seu post de hj. Uma das mães, que inclusive está grávida de outro bebê, reclamou e pediu que não mandassem mais dentro das agendas da escola, propagandas de peças de teatro infantis que estiverem na cidade, ps o filho dela fica querendo ir e ela não consegue tirar isso da cabeça dele, e os ingressos tem valor alto e ela não pode pagar pra ele ir em todas. A professora se desculpou, e explicou que a escola (do SESI) patrocina muitas dessas peças teatrais infantis e que por isso tem a necessidade de mandar a propaganda nas agendas, ps tb é do interesse dela que a peça seja divulgada. Eu fiquei quieta, sentada o meu canto me perguntando: como assim não consegue tirar isso da cabeça dele? quem é a mãe nessa história? quem é que convence ou não de algo? quem é que tem argumentos e autoridade pra dizer o que é ou não é? Não precisa proibir, mas sim conversar, negociar é a palavra...vai uma vez, não vai na próxima, e assim vai...td é negociável...assim penso eu! e se não for, não vai e pronto! nada que cause algum trauma eterno na criança. O meu filho tb recebe a tal propaganda, me pede pra ir eu explico os motivos de não podermos ir sempre e ponto final. Sei lá...nessas horas penso exatamente como a coordenadora da escola da sua filha. Os pais de hj em dia me parecem ter medo dos filhos. Não tem pulso firme diante da educação deles. Não se sabe mais quem é que manda. Desculpe se pareço retrógrada demais...beijos

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  46. ah...só complementando, tb lembrei do caso de uma conhecida minha que foi na escola reclamar, pq soube que o filho dela perdeu o direito de ir ao parque brincar pq bagunçou na sala e não obedeceu a professora. Ela achou o cúmulo e exigiu que isso não mais acontecesse. Fiquei até sem palavras diante do relato dela. Me dá pena de mães assim...acham que estão ajudando seus filhos...Agora fui mesmo! hehe
    beijoos!

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  47. Adorei!
    Tenho me questionado muito e tem tudo a ver com o ataque da coordenadora.
    Realmente é muito dificil impor limites. Brigar, colocar de castigo, falar firme é muito mais dificil do que contornar, propor uma brincadeira ou uma comidinha gostosa. Mas, a gente vê (ou não) quando a criança exige o limite.
    A coordenadora pôs os pais na casinha para pensar ;)
    Beijos,
    julia

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  48. Menina, que loucura, eu não sei se ficaria tão feliz com uma bronca, mas é bom saber que alguem se importa com o futuro dos nossos filhos, né? Limites já, pra filhos e pais! Mudando de Jesus pra Genesio amei sua (tão esperada) visita lá no blog. Por favor não se estresse comigo, eu juro que entendo a falta de tempo, mas sempre que for lá ficarei feliz. Sobre o que os filhos pensam de nós, teve uma época que eu entrei em parafuso, achando que minha filha ia descobrir que tinha uma mãe chata, que só arruma a casa e dá bronca. Que ela nunca iria saber como sou legal e modesta. Enfim, mil nóias. bjs

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  49. Adorei o post, Mari. Não dá mesmo para criar filhos sendo conivente com hipocrisia. Afinal, antes de mais nada, pais dão exemplo (ou deveriam, né?. Beijos.

    www.baudaalice.com.br

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  50. Adoreiii...
    Nossa... se toda escola tivesse uma coordenadora corajosa assim, talvez, bem provavelmente as coisas seriam bemmm diferentes!!!!

    :D

    bjs

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  51. Virei fã da coordenadora....

    Concordo com ela em Gênero, número e grau.

    Estamos preparando direito nossos filhas?

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  52. Olá Mari, tb tive algumas experiências nesse sentido. Sempre gostei de visitar a escola do meu filho em horários diversos. Entro, futuco, converso. Claro sem exagerar, não vou me meter e estragar atividades, nem atrapalhar o funcionamento. Não é essa a intenção. E sinceramente pra mim não existe escola perfeita, e por melhor que ela seja, vc encontra "coisas"estranhas. Mas o que é estranho pra mim, não é para outros, então me mantive na minha e mudei meu filho de escola.
    A escola antiga era muito delicia, super ludica, considerada uma das melhores na mnha cidade. Mas ao entrar lá me deparei com algo simplesmente chocante. Exemplos:o menino chutando a menina na região genital, e a professora simplesmente dizendo ai, ai, ai. Duvido que chmaram os pais pra conversar. Depois descobri que a politica é essa. Problema dentro da escola fica na escola. só se leva pros pais coisas sérias. Mas meu Deus, quem diz o que é sério e o que não é? Como aqulea menina que levou aquele chute chegou em casa? O que ela sentiu? Contou pra mãe?
    Não, ninguém sabe,ninguém viu.
    E por aí vai.
    A sinceridade as vezes dói, só que ela é a única forma de educar.
    Bjos, Ana

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  53. Mari, se possível me passa por email qual é a escola? Fiquei interessada, se não for muito longe de casa.
    ester@estertambasco.com.br

    Obrigada!!! Beijo!!!

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  54. Quem dera todas as mães e pais tivessem gostado da atitute da fundadora.Mas sinto que foi só você.Eu não trabalho com educação nem nada mas muito vejo isso que a senhora falou.As crianças estão IN-SU-POR-TÁ-VEIS.E eu sinto que não é nem tanto medo dos pais porem limites,eles não quererm por e pronto,por que se você tenta educar o filho de alguém nega desce do salto.Então eu nem me meto,mas que dá vontade de dar umas sacudidas nos pais ah isso dá.E o pior de tudo é que as crianças que são educadas,que tem limites sofrem,por que os coleguinhas pintam e bordam e não acontece nada com eles,e essas que se comportam bem não tem o bom comportamento premiado ou reconhecido.E nisso os pais e as escolas são culpados.

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  55. Hmm... depois vc conta pra gente o que andou pensando a respeito pq realmente é um assunto interessante!

    Realmente os anos passaram e tudo está bem diferente. E aí?

    rs...

    beijo e boa semana!

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  56. Adorei o post. E concordo, os filhos precisam de limites, e os pais precisam se conscientizar disso, ser bonzinho não é ser permissivo. E educar, impor limites, não é ser durão, inflexível, mas é amar verdadeiramente. Precisamos entender isso. Urgente!!!

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  57. Mari, nem vim aqui comentar esse post, porque já faz tempo né (mas só pra falar, curti sua coordenadora), mas pra avisar que linkei um post antiiiigo seu, aquele das partes. Não adianta, estava escrevendo sobre pipi e lembrei do seu e fiquei rindo sozinha. Tive que linkar.
    Beijos,
    Ilana

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  58. Adorei! A escola precisa mesmo dar um puxão de orelhas na gente de vez enquando...muitos pontos para essa profissional!
    Adorei o blog!
    Bjs,
    Li.

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  59. em tepo ainda de comentar?
    perfeito!
    concordo que na onda de tanta informação acabamos nos perdendo ... não pode dar palmada, não pode isso, não pode aquilo e no corre-corre do dia-a-dia acabamos fazendo oq é mais fácil: ceder para não ter que aguentar birras nas poucas horas que temos juntos.
    adorei seu blog!
    bjo
    Li
    londrescomfilhos.blgospot.com

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  60. Adorei, já dei aulas em escola particular e rola essa de não falar nada para os pais com o receio de não perder alunos, nós, pais e mães de hoje em dia estamos precisando de uns puxões de orelha sim,
    bjs

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  61. Oi Mari!

    Conheci seu blog hoje e achei muito lindo! A minha filha têm 9 meses (fará agora dia 15/06) se Deus quiser. Apesar de ser muita responsabilidade e ocupar bastante o nosso tempo, ser mamãe é algo inexplicável e que não têm comparação a nada neste mundo.

    Educar em casa é fundamental e papel decisivo na formação do caráter na criança. Ela será o futuro cidadão que virá fazer diferença - positiva ou não - na sociedade do futuro que será presente muito em breve.

    Bjs
    Ana Paula

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  62. Se tivesse uma Alice na escola da Laura, seria a mesma escola. Passamos o mesmo carão que vc e quer saber, continuo recomendando a escola para todos os meus amigos

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  63. A verdade, é que se não cuidarmos seremos a última geração que apanhou dos pais e a primeira a apanhar dos filhos!!
    Cheguei hj no seu blog e estou amando!!

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