Essa semana correu a notícia de um adolescente que foi discriminado por se recusar a rezar na escola. Me fez lembrar de uma história que tô devendo há anos nesse pobre blog...
Com dois anos recém completos, Alice frequentou uma escolinha infantil perto de casa. Nunca morri de amores pela escola, que tinha um espaço bem chinfrim e um estilo meio caretão. Mas ficava a dois quarteirões da minha casa, e isso falou mais alto. Eu achava que a escola não tinha muito como errar com crianças de dois anos, desde que elas brincasses bastante (e brincavam) e fossem bem cuidadas (e eram). Enfim, achei que dava pro gasto.
Comecei a me estranhar com o lugar logo nos primeiros dias, quando circulares da coordenação ou bilhetinhos da professora vieram com erros de português. Nada muito gritante, mas que me incomodaram. Hum.
A escola também fazia aquela coisa pavorosa de empurrar fotos cafonas dos nossos filhos. Às vezes enviava material publicitário de empresas dentro da mochila. Enfim, a escola já dava dicas que não ia passar do semestre com a gente. Mas Alice cantava as musiquinhas, falava dos amiguinhos e estava feliz.
Acontece que existe no Brasil essa mania de se achar que todo mundo é religioso - cristão, para ser exata. É como se nós fossemos cristãos de fábrica. Falar amém, vai com Deus ou Deus te abençoe é normal como dar bom dia (na verdade é MAIS normal do que dar bom dia). E isso é legal se demonstra cuidado, carinho, good vibes ou o que quer que seja. Mesmo sem acreditar em Deus, eu não vou me ofender se alguém me diz vai com Deus, claro que não. Vou é agradecer pela intenção (até porque uma bençãozinha de vez em quando nunca é demais). Cada um com a sua crença, descrença ou meia-crença, certo? Mas se a professora da minha filha, dentro da escola, ensina os alunos a rezarem, isso me ofende sim. Pois a professora tem uma responsabilidade que alguém que me diz "vai com Deus" na rua não tem. E botar a criançada para rezar, seja para o deus que for, demonstra: ou uma absoluta falta de percepção de que as pessoas são diferentes, ou uma absoluta falta de respeito com as diferenças.
Enfim, como o Brasil é um país que se diz laico mas de laico não tem nada, a coordenadora ficou completamente surpresa quando eu fui até a escola questionar a reza. Ela disse que aquilo é só uma musiquinha, "sem caráter religioso". Oi? A criança disse amém com as mãozinhas postas - se isso não tem caráter religioso, eu não sei o que tem.
Se a professora ensinasse as crianças a invocarem orixás antes do lanche, será que a coordenadora continuaria achando que isso não tem caráter religioso? Se cantassem uma música hinduísta, ou judaica, para agradecer a refeição, elas seriam só musiquinhas? E se todas virassem em direção à Meca e tocassem as testas no chão? Posso imaginar o escândalo. Mas amém pode. Papai do Céu pode. Porque isso não é religião, imagina.
Bom, se a coordenadora acha que não tem nada de mais, então a escola não serve pra gente, porque o nosso conceito de qual é o papel de uma escola passa bem longe disso.
É claro que a gente tirou Alice de lá e colocou em outro lugar. Que vem se confirmando a cada dia a escola dos sonhos. Que tem uma coordenadora muito porreta que dá altos esculachos nos pais, pra gente deixar de ser besta (pais são sempre meio bestas mesmo quando pensam que não o são). Com uma proposta e uma postura que me deixam completamente tranquila e segura. E que me mostrou claramento o que eu quero e não quero (melhor: aceito e não aceito) em uma escola.
Ai, gente, então.
Melhor fariam as escolas se usassem o tempo das orações ensinando leitura e interpretação de textos, né?
Achei que estava claro, mas vamos lá:
- Este texto não é sobre religião, é sobre religião na escola. É diferente, viu?
- Sim, Alice rezou. Não, isso não é o fim do mundo. Não tirou o meu sono. Não me deixou sequer um cabelo branco. O problema não está no fato de ter feito uma oração, e sim da oração ter vindo de uma escola que não se declara religiosa (de novo: uma ESCOLA que NÃO se declara religiosa). Não foi a vizinha, a avó, o tio, a amiga, o moço da feira quem ensinou. Foi a professora dela. Não sei vocês, mas eu espero bem mais de uma escola no que se refere a ter clareza de qual é o seu papel. E no respeito a crenças - ou descrenças - individuais. E acho que uma coordenadora escolar que minimiza isso é uma coordenadora de merda e está absolutamente despreparada para trabalhar com educação. Como desconfio seriamente de escolas que empregam coordenadoras de merda, tirei a minha filha de lá. Simples assim.
- Também acho que quem diz "é só uma oração, grande coisa" não entendeu o texto e está tão apegado às suas convicções que é incapaz de enxergar um palmo à frente do nariz no que se refere ao respeito às diferenças - ponto crucial de toda a discussão.
Proponho um pequeno exercício a quem ainda passar por aqui:
Após a leitura do texto, considere as seguintes hipóteses
1 - Eu, a autora do texto, creio em Deus, sou cristã e frequento a igreja. Crio os meus filho de acordo com os preceitos da minha religião. Mas ainda acho que a escola não tem nada a ver com isso.
2 - Alice não agradeceu ao Papai do Céu e nem em disse amém antes do jantar. Na verdade ela fez uma oferenda para o seu orixá, pois foi assim que a professora da escola ensinou.
OU: nós, da família, fizemos a prece, e ela disse: mas mãe, na escola eu aprendi que Deus não existe.
Considerou? Mesmo?
Pois bem: se essas duas possibilidades não mudam em nada o seu entendimento ou opinião sobre o texto , então pode ficar à vontade para fazer seu comentário e levar a conversa adiante.
Mas se elas mudam alguma coisa é porque, colega, você não entendeu absolutamente nada.
Estamos sintonizadas. rs Publiquei agora à tarde um post cujo título é "escola não combina com religião": http://quartinhodadany.blogspot.com.br/2012/04/escola-nao-combina-com-religiao.html
ResponderExcluirAdorei, Dany! É exatamente isso: a escola precisa de declarar religiosa, não pode fazer isso como se fosse normal, óbvio, ou "uma musiquinha qualquer". As escolas devem ser transparentes quanto a isso, e cabe aos pais decidirem se querem optar por uma escola assim.
ExcluirEu tb sou da apinião que quanto menos segregação, melhor.
beijo!
Mari, comentei, comentei, mas perdi tudo... aff...
ExcluirQueria dizer que fiquei bege, passada! Achei o texto de uma clareza incrível! Como você está sendo habilidosa com as palavras, no post e em todos os comentários (li uns 80... rsrs)
Li um livro também bastante esclarecedor, chamado "Hijos sin dios - como criar chicos ateos", de Alejandro Rozitchner e Ximena Ianantuoni.
Um casal argentino, pais de dois meninos, e contam situações da vida cotidiana - como lidar com o assunto quando surge. E tem textos dos dois, traz a visão de duas pessoas, com diferentes históricos familiares a respeito do tema.
No livro, algo que me marcou muito (hoje me parece óbvio, mas só por conta do que li ali), é que a questão não é acreditar ou não acreditar em Deus, pois isso pressupõe que ele existe! Percebe como a reflexão foi bastante profunda?
Sobre a questão "das bênçãos", já leu o livro "As bênçãos do meu avô"? No começo achei que não ia gostar, mas como havia sido recomendado por pessoas que eu admiro, insisti. Sabe essa coisa de querermos desejar o bem ao outro? Vibrar positivamente e tal? Desejar Feliz ano novo a quem quer que encontremos em 01/01? Então, o livro coloca que todos nós podemos abençoar. Somo seres de energia, né? Enfim, também vale a leitura, viu!!!
Abraço, parabéns pela coragem e habilidade!
Bia.
depois perguntam porque é que rapazes entra nas escolas aos tiros?
Excluiruma das crianças videntes deste seculo perguntou isso a Jesus, a resposta nao podia ser mais clara, mas foram vocês que me retiraram das escolas, que me disseram que já nao era bem vindo e eu fiz a vossa vontade.
Mari,
ResponderExcluirLembro que estudava em uma escola "laica" e tínhamos que rezar "Pai nosso" e "Ave Maria".
Concordo plenamente com você, não ser cristã é praticamente como ser bandido! Serio, se vc fala que não tem religião, as pessoas se sentem ofendidas!
Cabe aos pais decidirem isso.
Beijos
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMari, comentávamos sobre um episódio justamente que envolve esse assunto hoje no facebook. Uma mãe indignada com uma escola dita laica que comemorava a Páscoa de uma forma diferente, sem colhidos, pq a direção declarava uma fé diferente. Hã?
ResponderExcluirSinceramente, a não ser que a escola seja sumidamente religiosa, o que presume que os pais tem consentimento de que assuntos de cunho religioso serão ensinados aos seus filhos, NADA, absolutamente nada relacionado a fé deve ser ensinado na escola!
Isso é uma total falta de respeito, ética e, porque não, educação!
Bjs,
Marina
Aplausos..ler esse post lavou a minha alma depois do ocorrido de hoje !! Obrigada por compartilhar Marina. Bjs
ResponderExcluirQue horror, Mari. Horror na pretensa laicidade, na falta de percepção de que há diferenças e que elas devem ser respeitadas. Para mim, é muito importante o ensino laico. Amo a escola das minhas filhas por muitas coisas, mas uma delas me encanta: não tem mané comemoração de dia dos pais, mães, avós, páscoa e natal. Tem festa junina, tem exposição de artes, tem uma cantoria de final de ano. E ponto. Adoro à não adesão aos feriados religiosos, bem como aos comerciais. Temos aqui em casa um dilema de talvez mudar as meninas de escola mais tarde, a alternativa é uma escola religiosa, mas que alegando que vc é de outra religião (e somos) vc pode optar por não frequentar as aulas, mas mesmo assim tem a atmosfera, sabe? E isso me incomoda bastante. A ver. Bjs e boa sorte pra nós!
ResponderExcluirJá prevejo muitas dificuldades na hora de, futuramente, martricular o meu (ou os meus) filhos na escola.
ResponderExcluirPor aqui ensinar religião é praxe, é obrigatório.
Escola laica? hehe
Como você disse, é como se todo mundo nascesse cristão de fábrica!
Mari, concordo com vc da primeira à última palavra. Hj em dia é cada vez mais comum que os pais não rezem antes das refeições, não façam a novena após o carnaval (ou páscoa), não sejam cristãos ou católicos, coisa que até 30 anos atrás seria um absurdo dizer. Eu não tenho sequer formação religiosa direito (fiz primeira comunhão pq minha mãe deu uma de banana e inscreveu a gente porque a minha tia - irmã do meu pai - vivia esculachando a minha mãe), e não pretendo doutrinar a Laura em nada especificamente, porém, não abro mão de um bom momento espiritualizado, não abro mão de boas energias, gosto de me sentir feliz, plena, aceita em qualquer lugar que estejam rezando e eu me sinta confortável (me senti super bem no batizado da Laura - que eu dei uma de banana e batizei pq o meu marido encheu os picuá), gostei das palavras do padre, me senti acolhida naquela ocasião. Já me senti bem em centro espírita... e por aí vai. Mas não vai ser a escola da Laura quem vai definir essas escolhas (certas ou erradas) relativas a religião, acreditar (ou não) em Deus. Somos nós, os pais. Mesmo que eu seja banana igual a minha mãe. =)
ResponderExcluirBeijos, querida!
Bem verdade isso, Mari. Uma escola só pode ensinar qualquer tipo de religião se for assumidamente religiosa. Se ela se diz laica, não pode nem mencionar essas coisas que você falou. Eu optei por não colocar o Raphael em uma escola de bairro justamente por isso. Não somos católicos, e tinha certeza que se o colocasse em qualquer escola laica ele viria falando de Papai Noel na época do Natal. Acabamos escolhendo uma escola que, além de outros benefícios - como proposta pedagógica séria, profissionais competentes, ótimo espaço físico - é alinhada com a nossa cultura familiar. E estamos super satisfeitos com isso.
ResponderExcluirBeijos e adorei a discussão.
Concordo. Acho o fim da picada obrigar um aluno a estudar Religião na escola... Eu fui obrigada e sou espirita. --'
ResponderExcluirE as diferenças, ficam onde? Oo
Tem uma escola aqui na minha região que leva as crianças pra rezar na capela! Todas elas, imagine o sufoco dos não católicos... Religião não é papel da escola nem do estado, mas quem não é católico sofre muito preconceito. Minha filha já chegou fazendo sinal da cruz e dizendo em nome do pai e etc. Já reclamei mas depois de uma melhora a professora praticamente me suplicou pra Alana fazer papel de ovelha no presépio de natal. E eu que deixei bem claro não participar de nenhuma comemoração religiosa, mesmo assim tenho que ficar me esquivando explicando, e passando por mãe desnaturada que nem batizou a filha... Nosso ensino é reflexo do país, muita falação, muita hipocrisia e muito preconceito. Boa discussão, bela atitude a sua, beijos.
ResponderExcluirassunto difícil e é bom ver mais gente com esta mesma cabeça... penso assim e me custa caro! felizmente na escola dos meus filhos, rezar está fora de cogitação!
ResponderExcluirvc viu que claúdia rodrigues postou sobre isso nesta semana?
veja o lonk: http://buenaleche-buenaleche.blogspot.com.br/2012/03/ateus-e-agnosticos-esses-seres.html
beijoca
Mari
Mari, eu não tinha lido isso, obrigada pelo link! Excelente o texto dela, hein?
ExcluirBeijo!
excelente mesmo! o seu também!
Excluirjá não falo disso no blog: da última vez perdi uma seguidora que ainda me disse desaforo. achei que eu era a única mãe sem religião da blogosfera e fiquei feliz em contstar que estava errada! só gente boa apoiando!
beijoca
Meninas, tem que ter muito peito pra falar nesses assuntos na blogosfera, viu? Tô aqui gora vendo o bafafá que a Mari desencadeou e olha que ela nem falou de ter ou não religião. Aqui em casa também não somos religiosos e apesar da minha familia ser MEGA católica SUPER praticante, não casei na igreja nem batizei meus filhos. E também ficaria puta se viesse uma escola declaradamente não religiosa, ensinar qualquer nhe-nhe-nhe pra eles.
ExcluirApoiada, Mari! :D
Ai que difícil... eu tinha o mesmíssimo problema com a escola anterior da minha filha. Fui à primeira festa de dias das mães e saí de lá HORRORIZADA: as crianças cantaram músicas religiosas na tal festinha. Juntei isso com outras coisas queme desagradavam e tirei-a de lá. Agora AMO a escola dela... mas há alguns dias ela me apareceu falando de papai do céu! Socorro...
ResponderExcluiràs vezes são os colegas que falam... não necessariamente a escola ou a professora.
ExcluirO mais difícil disso tudo é que as crenças pessoais e vistas sem nenhuma maldade são passadas para os nossos filhos como se fosse tudo muito natural. Apesar de Alice estudar em escola religiosa a gente combate as rezinhas aqui em casa. E quando ela questiona, a gente questiona junto e a faz pensar. Bjs
ResponderExcluirOi, Mari!
ResponderExcluirNão sou mãe ainda e, pra ser sincera com vocês, não pretendo ser tão cedo. Um dos (vários) motivos? Esse aí. Eu e meu marido somos ateus e muitas vezes ficamos pensando na dificuldade de criar um filho em um país religioso como o Brasil. O problema todo, na verdade, não é o Brasil ser religioso (leia-se: cristão), mas sim o fato de as pessoas não respeitarem as religiões umas das outras e - pior ainda - não aceitarem que existam pessoas que simplesmente não têm religião e não acreditam em Deus (que, obviamente, é o caso dessa coordenadora aí), tentando empurrar rezas, costumes e musiquinhas como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Também não me importo com os "Vai com Deus" ou "Fica com Deus" que recebo. Pelo contrário, como você, acho que o que vale mesmo é a intenção (se bem que, na maioria das vezes, tenho pra mim que as pessoas "desejam" isso com tanta intenção quanto como pedem lanches no fast food, mas enfim).
Assim como não parto em cruzadas para "desevangelizar" os outros, não gosto que façam o contrário comigo e muito menos gostaria que fizessem com meu filho (quando - e se - tiver um, rs).
A Nanci aí de cima resumiu exatamente o que eu penso: "Nosso ensino é reflexo do país, muita falação, muita hipocrisia e muito preconceito."
Não vai ser fácil... rs
Beijocas!!
Ah, e apesar de ainda não ser mãe e, como falei ali, não pretender ser tão cedo, leio sempre seu blog (adoooro)! (paradoxo, não? Seria o chamado da maternidade se avizinhando? hi hi hi)
O mais grave de tudo nesses casos, na minha opinião, é a intolerância que fica nas entrelinhas. Uma escola que não professa nenhuma religião oficialmente, quando se refere a Papai do Céu e afins está muito sutilmente ensinando que esse é o certo - portanto qualquer coisa diferente seria errada.
ResponderExcluirEducação é uma coisa e religião outra completamente diferente, seja para crianças de 2 ou 12 anos.
E se a gente como pais atentos quer criar os filhos com menos preconceitos, mais tolerância e respeito com o "diferente", esse é o tipo de coisa que não se pode aceitar.
Bjs e adorei o post!
Como sabem, moro na Italia. A Igreja Catolica impera! Existe uma igreja catolica em cada esquina e aqui TODAS as escolas ensinam religiao.
ResponderExcluirMas a coisa boa é que podemos escolher se nossos filhos farao - ou nao - aula regiliosa.
O paìs mais catolico do mundo respeitando todas as crenças foi uma coisa que realmente chamou a minha atençao aqui.
Pela primeira vez não concordo com um post. Que exagero por causa de uma oração! A maioria das religiões acredita num Deus, mudam só o nome. Alice chegar em casa e agradecer papai do céu pela comida e dizer amém não está mostrando inclinação a nenhuma religião. Tem coisa mais grave pra se preocupar do que isso.
ResponderExcluirDiscordo de você. É um ato religioso, independente de a qual religião se incline. Não são admitidos pela constituição atos pertinentes a qualquer religião, como um todo.
ExcluirAnônimo: sim, a maioria das religiões acredita num Deus e muda só o nome.
ExcluirO ponto aqui é justamente esse: houve uma reza, e reza pressupõe uma religião. E quem não tem nenhuma religião e não acredita em Deus nenhum? Essas pessoas existem (oi, prazer!) e precisam ser respeitadas, certo?
Você está confirmando exatamente o que eu falei: é como se todo mundo fosse religioso, então tudo bem orar para um Deus genérico (e olha que "amém" não me soa tão genérico, mas enfim...).
Não acho tudo bem, não mesmo. Acho grave sim a escola se meter em um assunto que é absolutamente particular. Claro que não é grave para mim, no sentido de ter consequência para a minha família, porque não tem. É grave como postura de uma escola. Pra mim, mostra um despreparo sem tamanho para lidar com o diferente. Se eles nem CONCEBEM o diferente, como lidar com ele? Então uma atitude como essa me faz correr da escola pra nunca mais voltar, simples assim.
(Ah, e SEMPRE tem coisa mais grave pra gente se preocupar, né? Se isso virar critério para as postagens, acho que não sobra um blog ativo pra contar história...;) )
Bjs!
bom, anonimo, se vc só se preocupa com as coisas realmente importantes e sérias do mundo, o que vc faz lendo blogues? vai solucionar a fome e a violencia do mundo.... ih! mas peraí, esses problemas todos não surgiram por conta dessa cultura de que ser diferente é um problema? vamos pensar mais a fundo e ver que a fonte da desigualdade surge dessas "pequenas" atitudes. E claro, salvar o mundo todo da desigualdade a gente não consegue, mas podemos guiar nossos filhos a não entrarem nessa onda, isso sim podemos... e claro tentar nos melhorar sempre. porque perfeito ninguém é.
ExcluirIsso ai!
ExcluirAinda bem que ela estava fazendo uma oração pra agradecer a comida, o dificil seria ela aprender a rezar num hospital...
ExcluirCarina
Que horror,querido anonimo, Deus pra mim é amor e essa frase foge totalmente deste conceito. Nós não podemos obrigar as pessoas a acreditarem nas nossas crenças,nem tem como, talvez um dia a Mari sinta a presença de Deus em sua vida e passe a crer, talvez isso nunca aconteça! Ninguem tem o direito de julgar, de apontar o dedo.
ExcluirAchei meio exagerado tudo isso so por causa de um papai do ceu e amem desculpe mais vcs acreditam em quem no diabo.
ExcluirSim anônimo, é um grave problema sim, ainda mais quando se trata de um país laico. E se a família for devota ao diabo? O que você tem com isso? Já ouviu o ditado: seu direito acaba onde o do outro comeca. O texto da Mari está impecável!
ExcluirEu não sei se é o assunto que está em voga - blogs e mais blogs falam disso - ou se sou eu que ando pesquisando demais sobre esses assuntos. O fato é que isso me preocupa. O Arthur ainda é pequeno, eu sou ateu mas minha família é cristã. Tivemos que batizá-lo, mesmo não querendo. E quanto a isso de escolinha, eu me lembro de ter que rezar na hora do lanche, escrever orações nos começo da aula, etc. Mas um pouco maior, depois dos dez anos, comecei a questionar a religião (católica, no caso) e pouco depois decidi que não acredito em divindades. Mas a família ainda finge que isso não aconteceu, e me falam para não deixar o Arthur "sem deus". Eu não vou empurrar nenhuma religião para ele, mas também não vou obrigá-lo a ser ateu. Ele fará suas escolhas - quando tiver idade e entendimento para tal.
ResponderExcluirNossa, Mari, é tao dificil exigir uma postura laica ou, ao menos, respeito pela postura nao religiosa.
ResponderExcluirTenho percebido que as pessoas confudem os conceitos: ser ético nao significa ser religioso e vice-versa!
Ai, quando vc fala: "nao tenho religiao!" As pessoas parecem que veem o capeta em vc. E perguntam, "mas como vc vai educar teu filho sem religiao?" e começam a dar exemplos da bondade de deus, como prova de sua existência. Haja paciência!
Mari,
ResponderExcluiracho que o problema é mesmo mais da escola do que da religião em si. Estudei a vida toda em colégio católico, com cruzes, freiras, capela e tudo o mais. E mesmo se tratando de um universo católico, crianças de diferentes religiões eram bem aceitas e muito respeitadas. Não participavam das atividades religiosas se não quisessem e nunca houve imposição com relação à religião.
Xara, compartilho muito!!! nessas horas admiro ainda mais a laicidade das escolas publicas francesas! Não pode simbolo, não pode ritual (oração também é ritual né gente, pô!), não pode referência alguma! Quer educação religiosa? Procure uma escola privada e religiosa oras! Mas esse negocio da religiosidade que o brasileiro atribui a todo mundo vai além disso, infelizmente! As pessoas enrugam a testa quando digo que não casei na igreja e nem batizei a Sofia. Parece que estamos dizendo que gostamos de comer cocô quando dizemos que somos ateus (no nascimento, na dor, na doença e na morte também, com licença!). Não, não quero batizado, não quero benção, não quero agradecer a Deus, não rezo, não temo, não acerdito, pô! E assim como eu respeito a fé alheia e não saio por ai tentando descatequizar os outros também exijo respeito a minha não-fé! Ta coberta de razão Xara! Alias a razão escorreu e formou uma poça...!
ResponderExcluirbjus!
caraca, como todos os seus textos, dignissimo!
ResponderExcluirSou catolica, frequento missas e bem praticante, mas não posso de deixar de concordar com vc. Eu escolhi isso a minha vida e jamais posso obrigar alguém a pensar como eu, até meus filhos.
Acredito que, se vc quer que seus filhos tenham aulas de religião(aqui englobam-se todas) na escola deve procurar uma com tal caracteristica, caso opte por uma escola não religiosa a escola deva respeitar isso, sem aulas de religião, sem dogmas, sem interferencia.
XComo já disse, por ser catolica e de familia catolica, estei sempre em colégios catolicos, um de freira e outro de padres.
por morar em Florianopolis, e a maioria dos colegios aqui serem religiosos, muitos alunos nao catolicos frenquentavam o colegio.
no colegio das freiras sempre rezavamos um Pai Nosso no inicio das aulas, mas as aulas de religiao tratavam da campanha da fraternidade, o senitdo da pascoa e natal, nao somente para religiao catolica, mas para todas, isso inclui hinduismo, budismo, islamismo, espiritismo. Eram aulas de religiao em que nos apresentam as religioes, seus principais lideres e coneitos, algo muito bonito e interesse, já que nos deu respeito e conhecimento sobre as diversas religioes.
já no colegio de padres, tinham uma dia entitulado "manha de formação), em que não se flava de religião, mas sociologia, antropologia, sexualidade...
então, creio que a escola, nao só ela mas sim todos os locais, lugares de acolhimento e que a criança sinta-se parte, nao por ser religiosa ou nao. Cada um sabe o que quer da sua vida e devemos respeitar.
se eu sou catolica e gosto de ser respeitada tneho que respeitar quem nao acredita, se tenho razoes para acreditar, tenho certeza q existao rozoes par anao acreditar. isso é uma escolha propria.
enfim, acho que escrevi escrevi e escrevi(e muita coisa errado, sorry)só pra dizer que é preciso RESPEITO.
mas uma vez, brilhante o texto.
nathália
(meu teclado tá louco, desculpa)
Mari,
ResponderExcluirGosto muito de seus textos, suas reflexões revelam uma mulher decidida e uma mãe que sempre busca o melhor para seus filhos. Sou casada, mãe, professora, mestranda em estudos literários e mais um monte de coisas, mas pelo menos uma vez por semana tiro um tempinho para acessar seu blog. Entretanto, esse seu último post me deixou pensativa... Compreendo a laicidade, a pós-modernidade que aglutinou a escola múltiplas funções que em virtude do fator tempo (da falta dele) muitas famílias não suprem (carinho, por exemplo). Recebemos na escola quadros de abusos, baixa estima, depressão, ódio, intolerância, neo-ultrarromantismo infantil, negligência emocional... São crianças que desejam pertencer, desejam receber amor e limites. Surpreende-me uma mulher tão inteligente como você ceder a modinha evolucionista (?) agnóstica (?) ateia (?) ou qualquer-coisa-serve-menos-Deus. Se sua menina fez um oração, isso não é o fim do mundo! Não precisa ficar horrorizada. Fique feliz. Afinal, Deus é melhor do que futilidade, é melhor que qualquer outra coisa. Não negue que nunca sentiu o Seu abraço, nunca recorreu a Ele em algum problema ou indecisão. Peço desculpas se pareci indelicada, quis apenas dar um conselho.
Deus permaneça te abençoando - porque, acredite: É Ele quem te abençoa.
Com estima,
Sarah.
Oi Sarah, tudo bem?
ExcluirDe novo: não estou discutindo aqui a validade das religiões, e sim a falta de consideração por quem pensa diferente, especialmente em um ambiente que deveria ser agregador e de livre pensamento, a escola.
Claro que não é o fim do mundo a minha filha ter feito uma oração. Ela nem sabia que era uma oração, aliás. Cantou aquilo como quem canta "Atirei o pau no gato". O ponto é que isso é desrespeitoso com que não compartilha da crença. Só isso.
Eu vejo que você tem certeza absoluta do que diz. Você tem certeza da existência de Deus, sente o abraço dele e tudo. E tem pena de quem não crê como você, me parece (tô errada?). Mas deixa eu te falar uma coisa: tem gente que tem certeza absoluta de que você está errada, e de que o abraço de Deus era uma atividade elétrica no seu cérebro que te causou bem estar, alegria e a sensação de transcendêcia. E aí? Quem está certo?
Eu não sei, e não me interessa. O ponto aqui é: respeitem-se. Me respeite, e me poupe do papo "...surpreende-me uma mulher tão inteligente como você ceder a modinha evolucionista". Porque você está se colocando acima de mim por causa da sua crença, e isso não pode trazer nada de bom nem na nossa relação "pessoal" (via blog, mas vale, né?) e nem nas relações entre as pessoas de modo geral. Pelo contrário, isso só traz problemas. Taí tudo o que a humanidade já foi capaz de fazer porque uns se achavam mais do que outros...
(Ah, e concordo com tudo o que vc disse sobre crianças, amor e limites. Mas isso não tem absolutamente nada a ver com religião, te juro. Tem a ver com valores.)
Beijo e obrigada pelo comentário, que segue levando a conversa adiante.
Mari, que pessoa incrível vc é. E como é esclarecida. Sou mãe e atéia, e ler comentários como "...ceder a modinha evolucionosta..." acabam com minha fé em pessoas religiosas, até aparecer alguém como você. A questão é exatamente a destacada por vc. Ninguém acha ofensivo um amém que foi ensinado por alguém que não tem nenhum direito sobre isso. Essa educação deve partir dos pais, respeitando as crenças de cada família. Agora, quando minha filha disse na escola: "pelo amor do capeta", uma brincadeira nossa para que ela, pequena,questione esses dogmas religiosos,foi tão chocante quanto ofensivo. Ou seja, uma hipocrisia sem tamanho. Claro que isso não parte de todos,co como você está aqui para provar,mas ainda é a grande maioria.
ExcluirSimplesmente perfeito!!!
ResponderExcluirSupreende-me uma "mestranda em estudos literários e um monte de coisas" escrever BAIXA ESTIMA!!! Isso sim, é surpreendente.
ResponderExcluirE eu tenho que concordar com a Tahtyana, pensei a mesma coisa... =)
ResponderExcluirMas isso acontece, eu sei.
Muito bom Mari. Concordo que cada coisa tem seu lugar. Recentemente estava buscando uma escola pro Bento e fui conhecer 5 das que cabiam nos meus pré-requisitos. Uma delas era a escola católica que estudei quando criança. Não foi escolhida por vários motivos, um deles o alto preço da mensalidade (o mais alto entre todas, veja só), e outro foi ver que o ensino religioso continua forte por lá, com visitas à capela e tudo. Vetei. Outra escola era finalista até eu perguntar sobre como era a rotina lá dentro, os horários das atividades. E a mocinha me responde "eles chegam, vão pra sala, bla bla... aí eles vão para a quadra, rezam e vão tomar lanche." Nem quis ouvir mais nada, agradeci e fui embora.
ResponderExcluirEu sou católica, estudei em colégio de freira, rezo de vez em quando. O pai do Bento é ateu e contra qualquer tipo de religião (e vai amar seu texto, tenho certeza). Minha sogra é evangélica. Então, para ficarmos no meio termo e respeitar a salada das diferenças, Bento não foi batizado. Minha família achou esquisito, vira e mexe minha mãe faz algum comentário, mas ninguém nunca pressionou. Conforme ele for crescendo poderá entender melhor e fazer sua opção. Ou não!
bjo grande!
Concordo tanto, Mari!
ResponderExcluirVeja só, não tenho religião, mas fui criada em ambiente católico. Nunca gostei de frequentar a igreja, nunca gostei de rezar, nunca gostei de ir ä missa e etc; mas fui obrigada por minha mãe, que é católica praticante até hoje.
Eu era pequena e era obrigada a fazer catequese pra fazer a primeira comunhão (foram 3 anos!!!) e depois mais 2 anos pra fazer a crisma (foram mais 2 anos!). Eu tinha 10 anos qdo fiz minha primeira comunhão e lembro que tudo aquilo pra mim, parecia uma violação, um "cala a boca e obedece que o que vc quer não interessa".
Sempre questionei o que a igreja católica (e todas as outras que eu conheça um pouco) prega e sempre tive brigas sobre isso com minha mãe. Lembro que uma vez falei para ela que eu jamais pisaria em uma igreja por livre e espontanea vontade depois que terminasse a tal da catequese.
E foi assim.
Eu casei na igreja católica a pedido da minha mae. Eu nao tinha a intençao de casar no religioso, porque me descobri agnóstica aos 10 anos de idade e hoje posso me considerar atéia. MAs casei por inumeros motivos que nao tiveram nada a ver com religiao.
Mas nao sou católica e sou mãe. E minha familia inteira é católica que vai na missa todos os domingos! E aí que minha filha nasceu e como assim eu não vou batizá-la? "Ela vai ser pagã? Como vou rezar por ela se ela não tem religião?" (palavras de minha mãe) E eu respondi "Mãe, o seu Deus é tão ruim que só pode rezar se for pra alguem que tbm seja da mesma religiao? Ele é preconceituoso? Só ajuda quem paga o preço?".
Minha família é inconformada que Olívia não foi batizada, não sabe rezar e não frequenta nada relacionado ä uma religião.
Cada um tem sua idéia, mas aqui em casa não acreditemos em adorar divindades e mitos. Então por que ensinar isso a minha filha, certo?
Ao contrario da maioria na minha situação, eu não cedi. Não batizei oara "não causar briga"ou para "acalmar os animos". A filha é minha e pronto. Não batizo. E eu escuto por isso viu? Até hoje escuto! Minha mãe volta e meia toca no assunto! Qdo minha filha vai ä casa dela , é um tal de mostrar figuras de Jesus e etc pra menina. Ou ensinar a "pedir benção". E tudo já foi devidamente proibido.
Não sou contra minha filha conhecer religiões. Pelo contrário, quero que ela conheça o máximo possivel de religião e decida por ela mesma no que acreditar. Qdo ela tiver idade para isso. Mas não admito ensinarem isso a ela como se fosse o certo e o natural e que se ela nao crer, será anormal.
Tbm não admito a escola assumir um papel que é meu e do pai dela.
Olívia não tem religião, mas tem toda a liberdade pra perguntar, pesquisar e escolher. Se um dia ela me disser que gosta da igreja catolica e que quer fazer parte, estarei do lado dela apoiando! Mas será uma decisão consciente dela e não porque avós ou escola ensinaram que é o certo e o normal!
Mari, que post perfeito! Eiu poderia ter escrito: passei pelo mesmo em quase todas as escolas que a Ciça estudou, exceção para a Cabo Frio, em Brasília, e para a atual, francesa. Ufa!
ResponderExcluirE sabe por que nunca me aprofundei neste tema? Preguiça. Até já falei disso num post sobre os pontos fracos da escola e recebi comentários e emails indignados.
Sou ateia, mas não sou militante do ateísmo (cada um com a sua crença ou não crença, né?), porém, como vc, não posso aceitar que rezar na escola seja normal, seja cultural (como quis me empurrar goela abaixo a diretora da escola - pública, acredite - que a Ciça frequentou no ano passado).
O que as pessoas esquecem e rejeitam, no Brasil, é que a liberdade de credos e cultos significa também a liberdade de não crer, ora!
Também nunca me ofendi com frases como "Vá com Deus" ou "Graças a Deus", que até falo, ops, por pura repetição, assim como tenho duas imagens de Iansãs em casa, tenho uma lembrança de São Francisco de Canindé, já frequentei cultos de várias religiões e não acredito em nenhuma. A típica atéia baiana, enfim: http://www.cartacapital.com.br/cultura/nao-existem-ateus-na-bahia/.
E, a propósito de links, não posso deixar de te recomendar também a leitura deste aqui, da maravilhosa Cláudia Rodrigues: http://sul21.com.br/jornal/2011/07/ateus-e-agnosticos-esses-seres-esquisitos/.
Eu fiz um comentário enorme, lá, contando a minha história, mas não tô achando!
Beijo grande
Olá Mari,
ResponderExcluirjá faz algum tempo que não comento por aqui, mas tenho te acompanhado :)
Concordo com cada linha que escreveu, e sim é um tema que causa muito muita comichão a muita gente :)
Aqui em casa somos ateus, e respeito as opções religiosas de todos tal como espero que respeito a minha. Para mim o que a professora fez foi uma falta de respeito.
Eu sou casada por civil e o meu filho não é baptizado e não foi fácil fazer as pessoas me respeitarem e este é um tema que me aborrece um pouco, não existe um mandamento que diz respeita ao outro como a ti próprio... que religiosos são esses??? :)
Enfim...
beijo grande
Perfeito. Concordo 100%. Aqui nos EUA tem um grande problema: meu filho vai pra escola publica e eles recitam o "pledge of allegiance" (jurar bandeira) e lah pelas tantas o Andre repete aqui em casa e tem uam parte que fala: "One nation, under god". Me deu um troco quando ouvi. Tirando o fato que ver meu filho jurando bandeira americana eh WEIRD, nos nao sendo religiosos, ficamos meio cabreiros tambem: o que que tem que falar de Deus na escola PUBLICA?? Alias isso eh pauta de muita legislacao em muitos estados por aqui, jah que americanao ama ser politicamente correto ateh tocar em religiao neh? Aih eh um pega pra capar...
ResponderExcluirMari, muito bom o post. Sou cristã (presbiteriana), meu marido é pastor, somos missionários no NE e temos 2 filhos, o CPF é... brincadeira.
ResponderExcluirSeguinte, concordo com a escola pública ser laica = deveria ser o governo e qualquer instituição pública. Não gostaria de ver meus filhos passando pela situação da Alice, porque ensino o que creio, desejo que creiam também - no devido tempo - mas entendo que eles não tem nenhuma obrigação de aceitar a fé dos pais. Dentre todos os netos dos meus avós (e são muitos), só eu estou na igreja onde meus avós paternos e maternos criaram seus filhos. Nem meus tios todos estão. Nossa família não "adestra" as crianças. Ensina e orienta. Se a escola quer ensinar religião, deve mesmo ser declaradamente religiosa. Mas escrevo não para chover no molhado, mas porque seu post me traz à mente um debate que precisa crescer no Brasil, sobre HOMESCHOOLING.
Seria a solução para meus filhos - ai que isso aqui tá virando um livro - que tem pais de países e línguas diferentes, que viajam muito, passam períodos fora do país, mas seria um grande passo para as diferentes crenças também. Que tal um fórum sobre educação no MMqD?
A gente nem se conhece, mas ouço Chico Buarque e lembro de vc, acredita, criatura? Bjão!
Carolina, você já viu que tramita na Câmara um projeto que acrescenta à LDB o ensino domiciliar na educação básica?
ExcluirAbraço, Bia.
Carolina, tenho ouvido cada vez mais falar em homeschooling... não tenho o menor conhecimento e nem opinião sobre isso, mas é um bom tema para fórum sim! Obrigada pela sugestão!
ExcluirMárcio/Bia, vi sim. Estou interessadíssima, ainda mais com a prole crescendo aqui em casa e as viagens aumentando.
ExcluirMari, quanto mais leio/vejo/observo a vivência de outros, mais me interesso e encanto, embora reconheça ser um passo difícil. Mas mandar o filho para a escola também é. Tenho amigos cujos filhos, educados em casa, estão agora ingressando em universidades. Nenhum deles é brasileiro, sua legislação permite. Se rolar o fórum, aparecerei por lá!
Carolina, tô querendo falar contigo mas não tenho seu contato... me manda um email, please? mzanotto @ gmail.com
ExcluirAMEI o post!!! Lembrei da minha infância, toda vez que eu via a profe de ensino religioso com seu violãozinho entrando na sala de aula eu fingia ter dor de barriga para ficar no banheiro toda a aula. Sério. Até que descoriram e contaram para a minha mãe... depois de um tempo minha mãe me trocou de escola! As musiquinhas eram tão traumatizantes que lembro até hoje! Lavagem cerebral.
ResponderExcluirBeijos, Renata
por essas e outras que eu sou contra ensino religioso na escola. como vc mesma disse, deixa isso pro o privado(privada. ahahha)
ResponderExcluirbjo
mari, posso confessar? adoro te ver brava! ahahhahahahaha
ResponderExcluirhaha, sua maluca.
ExcluirPior que eu quase nunca fico brava. E quando fico, é bravinha, e só. Sou um poço de amor, dona Lu... e nem tenho religião, olha que contradição! ;)
Beijo, figura!
Eu não acho que ensinarem a rezar por musiquinhas na escola vá influenciar completamente uma criança, se ela tiver o respaldo necessário em casa para não acreditar que isso seja a unica opção (como sei que sua filha tem). Digo isso, pq estudei minha vida toda em uma escola católica e mudei de religião quando tive discernimento e conhecimento pra tal. Infelizmente, é quase impossível encontrar uma escola q tenha zero dessa influencia cristã no Brasil, por acredito q isso faça SIM parte da nossa cultura (só reparar nossos calendário/feriados totalmente cristãos. Aliás, feliz páscoa? rs). Querendo nós ou não (mas repare que não estou dizendo que acho que a escola esteja certa. Só estou dizendo que na prática seu problema é difícil de ser solucionado). Mas sua preocupação é válida e a discussão deve mesmo ser levantada... só acho que não precisa ficar MTO brava com isso... sua filha terá toda a oportunidade de entender que essa musica aprendida na escola é um ponto de vista, que existem vários outros e toda a questão do respeito, por parte dela tb, em as vezes, aceitar um monte de conselhos religiosos que ela não concorda, só pra não confrontar uma pessoa desnecessariamente e estender uma conversa que não levará a nada, por exemplo um avô evangélico ou um testemunha de jeová que bater na porta da casa dela num domingo qq.
ResponderExcluirCAra, eu pensava nisso! Debate pertinente levantado pela "dona" do blogue. Mas acho quase impossível saírmos da influência cristã no Brasil, igualmente ser quase impossível não cedermos ao consumo num país capitalista. Eu diferente de religião o que me preocupa é meu filho ser engolido pelo consumismo, pelos brinquedos, por vendas em programas infantis.
ExcluirQuando era criança minha mãe também sempre me obrigou a rezar e ir as missas, tinha raiva da igreja católica por isso. Quando tinha 18 anos e entrei pra faculdade passei a não acreditar em Deus, depois dos livros que li, da influência da filosofia e da de um professor agnóstico, sofri que nem sovaco de aleijado, não conseguia nada, era discriminada e minha vida era péssima, sem confiança e esperança!
ExcluirMais tarde já com 24 anos conheci a igreja presbiteriana, ia para ver como era, tinha preconceito mas resolvi frequentar mesmo desconfiada, passei a gostar das reuniões mas sempre questionando... Descobri uma fé em mim, e esperanças para viver e lutar pelos meus objetivos (pra isso foi uma influência boa) anos depois deixer de frequentar a igreja mas aquela renovaçao interior continuou e despertou em mim vibraçoes super positivas... Hoje sou católica adoro, faço novenas, tenho fé em Jesus e tudo que peço consigo como que um milagre, mas entendo quem não acredita em NADA, em nenhum Deus, porque já fui assim. tudo isso para dizer que sua filha é muito pequena e nào terá muita importancia uma reza ensinada na escola ou uma musiquinha ou uma encenaçao da paixao de cristo que vai trazê-la para a religiosidade, seja católica, evangélica budista, etc... ela vai escolher mesmo quando entender por gente!
Mari, eu concordo com o post, acho absurdo escola "ensinar" essas coisas. Trabalhei em uma escola que não tinha decoração de Natal, e eu achava isso o máximo, afinal de contas, o verdadeiro sentido do Natal é cristão.
ResponderExcluirHá quem pense que não se deve fazer alarde sobre isso, mas eu também não gostaria, todos dizem que estão rezando a Deus e isso não parte de nenhuma religião, mas como vc disse: oi? E quem não acredita em Deus? Assino embaixo, se ensinassem na escola a rezar aos orixás aí teria problema.
Pra mim essa questão vai mais além, trabalhei com professores que eram de determinadas religiões e guiavam os alunos por caminhos da religião deles: rezar, orar a deus, cantar musicas da igreja, ou recriminar os alunos dizendo que determinada ação é pecado. É complicado, muito complicado.
Mari,
ResponderExcluirAcho que nunca comentei por aqui, mas parabéns pelo texto. Eu moro na Irlanda e aqui a coisa é complicada já que a coisa mais difícil do mundo é achar uma escola que não seja católica, ou seja, que não inclua religão no curriculo. Até a primeira comunhão aqui é feita em "parceria" com a escola, ou seja, as crianças vão no embalo de que todo o resto da classe está fazendo. Nem eu nem meu marido somos religiosos, apesar de termos casado na igreja e termos batizado o filho, mas fizemos isso para que ele possa escolher mais tarde. Sou tão desilgada dessas coisas que hoje, sexta-feira santa, dei carne vermelha para o menino (vou direto queimar no fogo do inferno).
Onde eu assino? Escola é lugar de brincar, aprender, sociabilizar e não rezar, na minha opinião. O Antônio está numa que respeita isso, não faz festas religiosas e nem oração ao comer. Quem ensina religião ou não, sou eu e o pai. SÓ. Uma escola que respeita as diferenças e o ritmo dos alunos pra mim é a escola ideal, e colocando religião dentro dela está padronizando crianças e famílias diferentes!Muito bom o post! Bjo grandeee
ResponderExcluirO fim! Sinceramente, pra que isso tudo? Uma criança orar, agradecer a Deus, o papai do céu, pelo alimento, que mal há? Quando ela crescer ela escolherá o caminho a seguir! Pois as minhas filhas oram antes do lanche na escola sim! Que Deus abençoe sua família!
ResponderExcluirIsso, vamos sugerir que elas orem para baphomet e vendam suas almas para Satã. Aí você não vai gostar né amiga? Tem um peso tremendo sim.
ExcluirPolêmico esse post... Acho que talvez não seja o fim do mundo ver Alice agradecendo o alimento... Meus filhos gêmeos estudam em um colégio católico, acho bom eles terem uma orientação religiosa, até porque eu não sou uma católica praticante. Eles tem amigos presbiterianos e essas mães, que foram alunas neste mesmo colégio, fizeram questão de que seus filhos estudassem lá... elas só pedem que seus filhos não participem de atividades pertinentes a religião, ou seja,seus filhos estudam lá porque elas gostam da escola. A questão é que eu escolhi esse colégio e concordo com sua linha de ensino. Talvez falte às escolas expor suas linhas de pensamento com maior clareza e respeitar a opinião dos pais, mesmo que não estejam em linha com a instituição. Bjs Marcia
ResponderExcluirMari,
ResponderExcluirExcelente post. E como a comunicação é difícil, não? Quantas pessoas que aqui comentaram NÃO ENTENDERAM a sua posição? Que mal há em agradecer a Deus? Nenhum, claro. Mas o mal está em a professora ensinar isso. Professora ensina um bocado que coisa, entre as mais importantes está a alfabetização. Se a escola é laica, tem de ser coerente e não se meter em assuntos que não lhe dizem respeito, caso de ensinar a rezar o pai nosso ou a Torá. Se o colégio é religioso, tudo bem? Agora, Nhirla, que tal respeitar a opinião da Mari, heim?
beijos
Patricia
www.comerparacrescer.com
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ExcluirSeu texto foi perfeito!
ResponderExcluirPara os ignorantes, ficou melhor ainda com a "legenda".
Concordo 100% com vc.
ResponderExcluirSou professora de educação infantil em Joinville SC e nas nossas escolas públicas é proibido qualquer referência a religião, música ou oração, etc... Não vou dizer que não encontrei uma ou outra prof na vida que achava certo e tentava impor a oração antes de comer, mas as coordenadoras dão o corte e a vida segue correta.
Isso tbem me incomoda muito porque sou atéia e não quero essas sandices na vida da minha filha.
Vc tá certa!
E não se arrependa de ter escrito o post, a gente precisa falar pra ve se muda a cabeça desse povop retrógrado do Brasil.
Caramba! Situação bem chata essa né, e acho que fez certinho em ter ido conversar e mais ainda, ter tirado a Alice de lá!
ResponderExcluirSim, porque eu concordo 100% que o papel da escola não é passar moral ou ensino religioso para nossos filhos, até porque existe catequese para isso!
É uma tremenda falta de respeito sim, porque isso tem que partir dos pais, que, inclusive, se quiserem que o filho tenha essa tipo de educação da escola, vai procurar uma escola católica, evangélica, budista, judaica, ou seja lá o que for!
Oi, Mari!
ResponderExcluirEstou lendo seu blog desde o comecinho e acabei de ler o post "desejo grávido #1". Quando eu era pequena, adorava comer pão de trigo com margarina e nescau. Meus primos ficavam hor-ro-ri-za-dos e eu até ficava meio acanhada. Eis que encontrei minha alma gêmea gastronômica! hehehe
Ah, estou grávida! De gêmeos! Eis o motivo pelo qual leio seu blog "como se não houvesse amanhã".
Beijinhos,
Kamila.
Mari,
ResponderExcluirÓtimo post, como sempre!Minimizar com "é só uma musiquinha", foi foda!
Aqui em casa somos católicos praticantes, mas tb. nos preocupamos com essa história de laico o "caraleo"!Pq. no nosso país a supremacia católica impera (hábitos, feriados, datas comemorativas e por aí vai)! E aí o nosso trabalho, para explicar as diferenças para a pequena é sempre dobrado! Graças aos Deuses (rsrsrsrs), convivemos com amigos de vários credos e não credos, e espero que isso ajude a ela a entender as diferenças e fazer suas escolhas!
Bjs.
Fiquei com preguiça de ler todos os comentários, então me desculpa se eu repetir algo que já foi dito, ok?
ResponderExcluirConcordo PLENAMENTE com você no seu discurso. Sou professora e sou protestante, mas defendo que o ensino religioso deve ser restrito ao lar. Pq, sabe, tenho alunos que frequentam a igreja católica, o candomblé, a assembleia de Deus, a casa da vovó pitomba e eu não tenho nada com isso. O que eu defendo na escola é o respeito, a moral e os bons costumes. Quando um aluno pega algo que não é dele, não uso o discurso "mas Papai do Céu tá vendo e vai te castigar", eu falo logo que quem pega o que é dos outros é ladrão e vai pra cadeia. Tudo bem, é meio terrorista com crianças de cinco anos? Pode ser. Mas não é a realidade da nossa sociedade?
Acho que essa questão ainda é muito confusa pra mta gente porque nunca fomos ensinados a respeitar o pensamento diferente. Poucas pessoas tem a sua compreensão que vc tem sobre isso. Mal comparando, é como se vc opta por ser vegetariana, mas a professora acha que comer carne é mais saudável, e vai dar carne pro seu filho no almoço. É o que se faz com a religião também.
Acontece que as pessoas acham que estão fazendo o bem, ensinando coisas boas e que não há mal nenhum.
Alguém nos coments mencionou que a escola dos filhos não comemora nenhuma data religiosa ou comercial. Cara, eu tentei tanto convencer a diretora a fazer isso, principalmente pq somos de uma escola pública, e muitas crianças não conhecem o pai, ou a mãe está presa, moram com a tia, o avô, a madrinha.. Uma loucura, sabe. Páscoa, Natal, isso e aquilo.. Sou contra essa comemoração na escola, mas muita gente alega que, pra muita criança, é a única chance de ganhar chocolate ou presente. Enfim....
E há ainda a questão do Estado Laico, que não é exatamente laico. Pois, se fosse, não teríamos tantos feriados católicos e nenhum feriado judaico, muçulmano, protestante, espírita, etc etc etc.
Ou seja, se vc deu a sorte de encontrar uma escola que entende seu ponto de vista e se comporta de acordo com o que vc acredita, NÃO ABANDONE!!!!! Certeza que vc vai ter mta dificuldade de encontrar outra parecida com esta. Infelizmente.
=(
Mariana, me descobri grávida este mês, estou com 5 semanas. Justo eu que sempre disse, desde criança, que nunca ia ser mãe. Seu blog foi a única coisa que me tirou do impressionante "apavoramento" de estar grávida para começar a relaxar e gostar da coisa. Até porque, a maioria dos blogs de mães dão vontade de cair em uma enorme depressão! rsrsrs
ResponderExcluirSeu trabalho é inigualável, parabéns.
Quanto ao assunto "religião na escola" concordo plenamente contigo. É um assunto pra ser discutido em casa e não na escola, a não ser que o contrário seja sua escolha. O mundo hoje pratica muitas barbaridades por conta da intolerância, e grande parte dela é de cunho religioso. E começa assim, dizendo às nossas crianças que uma religião é certa e outra errada.
Ensinar uma musiquinha não é só isso quando vem do lugar que irá incutir em seu filho grande parte das opiniões que ela irá formar.
Quero ser uma mãe como você, pois, lendo seus textos, vi que concordamos em muitos outros assuntos. Novamente, parabéns.
Li comentários dizendo que isso não é tão grave... Fiquei pensando... E se a professora dissesse algo do tipo: crianças, vou contar uma coisa pra vcs! Deus não existe!
ResponderExcluirBem, acho que aí sim seria grave, né?
Por que as pessoas não têm a mínima noção do que é respeitar o pensamento do outro? Poxa!
E detalhe: religião não faz parte de nenhum currículo que eu conheça em cursos de formação de professores.
Sou professora e seu texto é MUITO pertinente. Já trabalhei em diversas escolas 'laicas', onde se explorava os professores com as mãos na Bíblia, que se rezava toda sexta feira, que se estimulava o consumo e a competitividade. Na hora de escolher uma escola pro meu filho, de 1 ano e meio, fiz várias visitas , e, sem exagero, parecia que eu estava visitando concessionárias e escolhendo um carro. Somente estrutura e formas de pagamento eram colocadas em discussão. A ÚNICA escola que, ao estar falando com uma educadora, falou em EDUCAÇÂO, VALORES, FORMAÇÂO CONTINUADA DE PROFESSORES, entre outras coisas, foi uma escola católica, na qual eu matriculei meu filho. A questão é: não rezo, não penso na morte e no pós morte, não penso em religião. A minha única e exclusiva preocupação é: respeitarão a religião do meu filho, caso ele venha a ter uma? Torço e espero que sim. E, mais tarde, quando ele vier a almoçar e juntar as mãozinhas para rezar, discutirei sim o significado disso e, sem sombra de dúvidas, discutirei que boa parte da população não faz esta oraçao, mas outras. Se eu conseguir isso do meu filho - o respeito às diferenças (a aí incluo os ateus)- estarei colaborando não para uma educação cristã, mas para a construção de valores. Aliás, essa é a confusão mais rídicula que existe: religião não é sinônimo de valores!
ResponderExcluirOBS: desculpe o texto longo e talvez confuso...
OBS 1: Li seu texto antes e depois de editado... adoro!
OBS 2: sempre visito seu blog, mas é a primeira vez que posto!!!!
Sensacional, como sempre.
ResponderExcluirEstimada Mari...
ResponderExcluirDeus continue te abençoando! Você é maravilhosa, muito inteligente! Bjos em toda família!
Suzane
Assino embaixo. É um absurdo as escolas ensinarem algum ritual religioso sem a permissão dos pais. Minha filha estuda em uma escola em Brasília que não comemora nenhuma data religiosa e nem comercial e essa semana uma mãe ficou chateada pois não pode distribuir ovos de pascoa na sala. Concordo com a posição da escola.Cada um que comemore conforme sua crença dentro do seu lar.
ResponderExcluirOi Mari, amo seu blog!! meu bebê tem um mês e na gravidez li seu blog todinho!! concordo com o que vc disse sobre as escolas! Sou de uma religião que praticamente ningue gosta! rsrs mas isso não me incomoda e não me iponho pra ninguem, só peço para me respeitarem!! MAs esse é um problema que eu sinto que vou ter np futuro! justamente por não concordar que a escola se intrometa na vida religiosa do meu filho. Acho que todos devem ser respeitados mas quem cabe aos pais decidirem se vão ensinar ou não aos seus filhos conceitos religiosos. Continue escrevendo assim! Só gostaria que vc escrevesse mais vezes no blog mas sei que com dois filhos deve ser muito dificil neh?? rsrs
ResponderExcluirBjuss em toda a sua familia! Aliás, que familia linda hein??
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ResponderExcluirMeu irmão estuda em uma escola católica e chegou em casa contando que o "bom dia" do dia (é um momento de oração e de algumas palavras breves do prof de religião sobre um tema específico) tinha sido sobre como os ateus são o mal do mundo. Ele disse que o professor deu exemplos de maus atos cometidos por ateus e disse que se todos tivessem Deus no coração o mundo seria bem melhor. Falou que os jovens precisam espalhar a palavra de Deus e tentar converter aqueles que não creem pois o paz no mundo depende disso. Sei que a escola é católica, mas fiquei horrorizada. Sempre tive problemas com essa intolerância e preconceito pregados de diversas formas pelas igrejas, mas me preocupei mais ainda pois esse discurso foi dado em horário de aula dentro de uma escola. ainda que seja uma escola católica, não acho que seja justificativa para pregar a intolerância entre crianças. o que você acha, Mari? beijo, Bia
ResponderExcluirAdorei e penso exatamente como você. Lamentável que algumas pessoas não tenham entendido nada e se sentido no direito de responder tanta bobagem...
ResponderExcluirSou agnóstica. Batizei minha filha pelas famílias - achei antes de ter filho que isso me ofenderia, mas amadureci a idéia e, no fim das contas, se eu não acredito é só água na cabeça da criança.
Mas não quero ninguém doutrinando minha filha. Do meu sofro não posso fugir, quando o assunto aparecer vou dando um jeito de explicar que existem diferentes formas se ver as coisas. Mas a Escola não tem o direito de interferir. Se eu quisesse una escola religiosa, procurava uma.
Parabéns pelo texto e pelo adendo! Rs
*sogro, não sofro! Kkkk
ResponderExcluirAdorei seu texto Mari.....concordo com vc, bjus
ResponderExcluirSabe que na escola do meu filho rola a mesma coisa e fico bem incomodada com isso, não sou católica praticante, minha religião é a afro-umbandista mas não abro prá todos pois há muito preconceito, meu filho ainda não tem religião e isso quem tem que escolher é ele. A questão é que eu nunca fui informada de que meu filho seria ensinado a rezar antes das refeições e fiquei de besta na história. Acho que religião é uma questão bem particular de cada família e que se não coloquei meu filho numa escola católica é pq não tenho interesse que ele aprenda á rezar né?Pelo menos nesse contesto!
ResponderExcluirExcelente texto! Concordo plenamente. :-)
ResponderExcluirExcelente texto! vi no face que tiveram unfollows e tals. Mas pode ter certeza que vc ganhou muito mais a admiração e o respeito de quem entendeu a mensagem. Parabéns, pelo texto, pelo blog, pelo mmqd.
ResponderExcluirbjo.
Embora religiosa, como educadora entendo totalmente seu sobressalto, principalmente pela sua posição religiosa, e imagino seu sentimento de invasão... Mas tb como religiosa E educadora, não acho que a religião não deva ser temática da escola... não neste sentido de influência (im)posta e talvez nem neste momento tão precoce, mas sendo sim um espaço de discussão desta que é uma parte importante do ser humano e guia muitas de suas escolhas... Meus amigos ateus tomam muitas de suas decisões e posturas a partir de sua "não-crença", assim como eu escolho a partir da minha crença... a escola não pode ser doutrinadora, mas dizer que deve ser laica, pra mim, é desmembrar o humano, dividir seus aspectos em caixas que não existem... a gente é tudo que é ao mesmo tempo... de qqr forma, como vc disse, o Estado é laico, mas isso nunca foi praticado de verdade...
ResponderExcluirEstava só esperando pra voltar aqui (com uma pontinha de sadismo, é verdade). Já vi discussões como essa taaaantas vezes na net e os comentários são sempre iguais, só muda o público. Eu já desisti de tentar explicar meu ponto de vista (que é igual ao teu). Minha filha estuda em uma escola de freiras e hoje, com 12 anos, se declara agnóstica (não me pergunta pq) e a escola respeita a posição dela (ufa!!!). O fato é que, da mesma maneira que eu dou espaço para elas buscarem informações e escolher, ou não, suas próprias crenças, exijo que a escola, a vizinhança ou quem for, dê à elas a mesma liberdade. O melhor disso tudo é que elas aprenderam a reconhecer uma tentativa de lavagem cerebral de longe! rsrs
ResponderExcluirEntendo o texto e concordo que a escola tem que ser transparente sobre seu direcionamento em qualquer assunto, não só religioso, mas acho que temos o péssimo hábito e supervalorizar o papel da escola, ela deveria ser apenas mais um local de aprendizagem pelo qual nossos (as) filhos (as) passam e não O local.
ResponderExcluirCarolina Oliveira
Ai Mari, concordo tanto contigo! mas sei que somos apedrejadas. Todos os amiguinhos do meu mais velho foram pro colégio adventista, dizem que o ensino é bom e o preço tb, mas eu não coloquei, não porque não sou adventista, mas porque acho que lugar de religião é em casa, e na igreja, não na escola, dureza.. beijo
ResponderExcluirTudo um deleite para meus olhinhos cansados: o post, os comentários anônimos revoltados com o fato de você não entender que sim, ELE TE ABENÇOA, ó, alma perdida, e principalmente o ponto final escrito em vermelho, afinal isso aqui não é privada de mijador de água benta, obrigada! Mari, por isso que decidi: tô largando o ateísmo e vou começar a ensinar meus filhos a rezar de trás pra frente e virar o pescoço 360 graus vestindo uma camisola branca e vomitando jatos de gorfo verde. hahahahahaha. Babaquices minhas à parte, valeu por ser tão lindamente esclarecida, flor. É sempre um alívio ler gente como você - e saber que existem, sim, escolas muito boas que não metem a porra do bedelho onde não devem. Um beijo!
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ExcluirOi Mari, adoro as pessoas que não faltaram a aula de interpretação de texto ;)
ResponderExcluirMuito bom o texto, a paciencia e as explicações.
Concordo do começo ao fim.
beijo
Pati
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ResponderExcluirEntrei numa escola. Tinha uma arma pendurada na parede em frente à porta. O homem morto também estava lá. Dizem que se matou por minha causa, e por sua causa também. Por tudo o que a gente fez ou vai fazer de errado. Mas acabei de nascer, só fui com minha mãe matricular meu irmão lá...
Que "cruz"!
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Fantástico o texto e extremamente pertinente a discussão.
ResponderExcluirEu não sou católica, nem espírita, nem nada. Sou um mix de tudo e respeito qualquer religião, ainda que algumas me pareçam bem duvidosas. Justamente por isso, também acho que a decisão pertence totalmente à esfera particular. Sou à favor do Estado Laico e obviamente da escola laica. Fiacaria possessa se meu filho chegasse rezando, orando, citando cânticos ou coisa que o valha!
E as hipóteses finais do seu post eliminam ou intimidam os fanáticos de plantão! Adorei.
abs
Rê Senlle
http://umavidamaisordinaria.blogspot.com
Até a segunda série eu estudei em uma escola "laica", que resolveu no meio do caminho ter aulas de religião. Eu tinha 8 anos mas aquilo me incomodou imensamente, pois eu fui criada em uma família adventista, e sabia que a escola não devia estar me ensinando rezas católicas, Ave Maria ou o sinal da cruz. Foi o estopim pra meus pais me matricularem na escola adventista, onde fiquei até adolescente, aprendendo na escola o mesmo que aprendia em casa e na igreja. Muito confortável, não fosse o fato de que cresci numa bolha e não aprendi a conviver com pessoas de outras religiões, fato que notei lá pelos 16 anos, quando troquei de escola. Meu estranhamento durou alguns anos, e eventualmente assimilei a ideia de que podia ser amiga de agnósticos, ateus, espíritas e etc, e que o fato de acreditarem em algo totalmente diferente do que eu não era impedimento algum pra um bom relacionamento.
ResponderExcluirMas hoje estou aqui considerando ter filhos, continuo sendo adventista, e ao mesmo tempo em que não quero criá-los na bolha em que eu cresci, também não tolero a ideia de que a escola laica resolva ensinar religião sem meu consentimento.
Isso me incomoda bastante, pois creio que será minha responsabilidade de mãe ensinar os valores que eu julgo corretos até ele ter idade pra decidir por si mesmo, mas quero que essa criança aprenda desde cedo a respeitar as diferenças convivendo com quem é diferente.
Não vejo um caminho fácil pela frente, exatamente porque no Brasil o diferente é errado, e dói ver quando amigos ateus são quase pisoteados por pretensos cristãos simplesmente porque não acreditam na mesma coisa. Enfim, falei demais, mas acho que você levantou uma reflexão muito importante, suas considerações finais foram perfeitas e espero que mais gente saia com essa pulga atrás da orelha após ler esse post.
Pois é, sou mãe de 3 e sou cristã, pastora na verdade e concordo com você. Se quero que a escola ensine meus filhos algum tipo de ato religioso (seja ele qual for) eu coloco numa escola tida como religiosa ne.
ResponderExcluirPorque escola é pra ensinar coias de escola e só!
Moro no Japão e aqui escola e religião são coisas separadas. Até na hora de fazer visitinhas culturais aos templos a escola pergunta pra gente se tudo bem, e eles perguntam até se tudo bem a criança participar de algum ritual que possa estar acontecendo la na hora do passeio. Se a gente não concorda, a escola simplismente respeita e arruma outra coisa pra criança fazer...
Ai, como eu admiro a cultura oriental!! Acho digna e respeitosa. Na verdade, rola uma invejinha da minha parte...
ExcluirNão vejo nada demais, uma "musiquinha" pra agradecer o alimento, por um lado ensina a criança a dar valor e ser grata. Mas concordo que quando a criança estiver mais crescidinha os pais possam conduzí-la em que caminho ela deve seguir.
ResponderExcluirGostaria de lhe fazer uma pergunta.Com esse seu profundo senso de responsabilidades e total descrença em qualquer Deus ,você não teve curiosidade de saber se a escolinha que iria receber seu filho teria algum tipo de atividade envolvendo crenças religiosas? Falo isso porque me pondo em seu lugar,como mãe que também sou, todas as escolas que meus filhos frequentaram foram devidamente analisadas antes que eu ali os colocasse.E posso lhe garantir que foram poucas as situações desconfortáveis.Talvez se você tivesse esclarecido esse ponto antes da matrícula,sua filha nem passasse por isso ou a coordenadora fizesse de uma forma diferente,como em tantas outras escolas citadas acima.
ResponderExcluirTherezinha, eu não perguntei sobre atividade religiosa na escola pois aquela NÃO ERA UMA ESCOLA RELIGIOSA. Perguntei sobre proposta pedagógica, atividades, brincadeiras, cuidados, alimentação, descanso, formação dos professores - questões pertinentes àquele espaço. Religião não é um assunto que caiba a escola, portanto eu nem cogitei perguntar sobre isso - o que tem a ver alhos com bugalhos, afinal?
ExcluirAlém disso, me recuso a aceitar que eu, não-religiosa, é que tenha que "me enquadrar" e perguntar sobre isso, afinal "todo mundo é cristão", rezar na escola é tão normal e blablabla... não, não é. Tá errado. Ponto. E a culpa não é minha por não ter perguntado, de forma alguma.
(Bom, mas mesmo se eu tivesse perguntado a resposta seria que não, afinal a coordenadora não via nada de religioso na oração feita pelas crianças...)
Bjs!
parabéns pela coragem de tocar num assunto tão espinhoso, bz!
ResponderExcluiresse é um papo que rende aqui em casa, e sempre sobra mais pra depois.
o que mais me incomoda é como o respeito falta em discussões polêmicas. aqui mesmo neste post, encontram-se tanto comentários dos se acham superiores por ter uma religião, como os que se acham superiores por não terem. como você reparou, nem todos entenderam o post. parece que as pessoas só procuram por desculpas, argumentos, que corroborem seus pontos de vista, nem que para isso tenham que torcer o texto. essa necessidade de auto-afirmação...
bem, voltando à discussão sobre ensino de religião, seja na escola ou em casa, penso que sobra doutrinação e falta conhecimento. como podemos querer que nossos filhos aceitem as diferenças se eles crescem desconhecendo-as? de modo geral, o que as famílias conhecem e ensinam aos filhos são apenas as suas próprias crenças, seja por comodidade ou por desconhecimento das demais. me pergunto como posso deixar minha filha livre para escolher a crença que quiser se em casa ela só conhecer o cristianismo, ou o ateísmo, por exemplo. será que não existirá uma opção para aqueles que queiram que seus filhos realmente conheçam (e convivam com) a pluralidade religiosa?
parto da minha própria experiência: tive formação cristã, e só fui conhecer realmente outras religiões - e me livrar de falsos ensinamentos e pré-conceitos - já adulta, na faculdade. já não é hora de darmos um passo à frente?
bjs
Também acho, como disseram acima, que o ensino religioso (ou não) deve ocorrer através da família, mãe e pai da criança, para ser mais específica. E não através da escola.
ResponderExcluirBjo Mari e mais uma vez, parabéns pelo ótimo texto!
Depois de semanas de reclusão para dar conta da filhinha recém chegada, me deparo com esse texto. Excelente! ótima reflexão.
ResponderExcluirTambém não sou religiosa e quero ensinar a minha filha sobre a existência delas, ensiná-la a respeitar e prepará-la para que um dia ela escolha o seu próprio caminho, com ou sem religião. Se for seguir a mamãe, sem, atéia. Mas, essa é uma escolha dela, quando ela tiver condições para tal.
bjokas,
Fabi (faby.rod@bol.com.br)
Olá BZ,
ResponderExcluirNão precisa editar: estava claro que você não queria tratar da crença, e sim da intromissão da escola em um assunto que não lha compete.
A escola deve tratar do conhecimento, da formação do cidadão, da educação e da cultura. O problema é que pessoas religiosas confundem formação de caráter com religião: pressupõem que o fato de não crer ou de não seguir as condutas religiosas levará o indivíduo à falta de ética e moral. Isso não é verdade!
Outra confusão é que poucas pessoas sabem do que trata a ciência. Dizer "modinha evolucionista" é tão absurdo quanto dizer "modinha gravitacionista".
Este é o ponto que me incomoda na religião: o religioso não precisou explicar o mundo mas ALGUÉM FEZ ISSO POR ELE e ele se BENEFICIA de tal conhecimento. Por isso acho que todo discurso religioso é hipócrita. (apenas posso respeitar uma prática religiosa privada, uma oração ou meditação silenciosa, na qual o indivíduo esteja buscando uma reflexão sobre como melhorar sua vida e a dos outros). Mas quando isso vira um discurso ou conduta é extremamente falso. Quando um avião pousa e alguém diz: "graças a Deus!" ele está ignorando a engenharia, a química e a aeronáutica. Mas o projetista do avião não pôde ignorar tais coisas e o piloto do avião também não. Digo que o discurso religioso é hipócrita pois ele cabe em situações de desespero ou desamparo e perante mistérios ainda não explicados mas nem os pregadores religiosos mais fervorosos o adotam na vida prática. Imagine esta cena - Você vai entrar no avião e ouve o piloto dizer: "eu não li o manual e nem cumpri minhas 500h de treinamento de vôo, mas eu tenho Deus no coração, orei bastante e graças e Deus este avião vai pousar no destino certo." O discurso religioso é isso. Pede que você tenha fé e entre no avião assim mesmo!
"Eu sou contra a religião porque ela nos ensina a nos satisfazermos ao não entender o mundo." R. Dawkins.
A escola deveria ser o contrário disso! Deveria gerar curiosidade com os mistérios ainda não explicados! Deveria elogiar as dúvidas! Deveria estimular o senso crítico e nos ensinar a elaborar e a responder perguntas. A última coisa que cabe à escola é fornecer respostas fáceis. Ou omitir a evolução, a gravidade, a célula, o DNA, a literatura....
ADOREI! Adorei o texto e as treplicas! Eu votaria em voce na disputa de qualquer coisa, rsrsrsrs
ResponderExcluirQuerida Mari,
ResponderExcluirObrigada por nos propiciar esta delícia de leitura. Você escreve maravilhosamente bem, nos diverte, nos emociona e nos faz refletir muito. Quando eu era criança sempre estudei em escola pública e (graças a Deus hahah) nunca tive aula de religiao (apesar das professoras crentes, catolicas ou sei-cho-noi). Depois de crescida é que fui buscar uma caminho que julguei interessante para minha espiritualidade e confesso que estou bem contente...
Beijo e boa noite com GIL na cabeça:
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMari, Mari... Minha xará... Diva das letras (rs...)
ResponderExcluirAdoro seus posts, sempre muito inteligentes e bem-humorados!
'Cê' sabe (ou não!) que eu sou protestante (evangélica já está virando quase que palavrão aqui no Brasil, mas, enfim...), sou formada em Teologia e, portanto, adoro esses assuntos!
Como já disse uma amiga aí em cima... Não quero chover no molhado, apenas dizer que concordo com sua posição: A escola deve deixar bem claro seu papel, metodologia, método pedagógico, enfim... Também ficaria fula se meu filho chegasse em casa dizendo que não existe Deus!
Citando uma citação:
" Um grande poeta brasileiro já disse, dando eco às convicções dos sábios estoicos da Antiguidade, que cada um de nós deve ser como as águas de um rio tranquilo, que tanto sabem refletir as estrelas do céu, que o iluminam, como as nuvens de chumbo, que o encobrem. A aceitação das diferenças é sempre generosa."
Bjs!
Mariana
Olá!
ResponderExcluirAdoro seu blog, leio sempre.
Me identifiquei demais com essa polêmica toda...
Quando fui, há 2 anos, procurar escola pra minha filha, a coordenadora que me recebeu para mostrar a escola fez o grande favor de me mostrar que ali não era o lugar que eu gostaria de ver minha filha sendo educada.
A jovem senhora, tentando ter um papo descontraído comigo, fez 2 comentários mega preconceituosos a respeito de nordestinos. Detalhe da sem noção: meu marido nasceu na Paraíba! Será que ela sabe que lá é nordeste?!
Na escolinha atual tb não é perfeito. Amava a professora do ano passado. Já a deste ano, deixa a desejar. E acabou de ensinar pra criançada que trovão não é trocão, mas sim "os anjinhos jogando boliche". Ok, bonitinho, né?! Mas voltamos à discussão do que a escola deve ou não ensinar...
É dureza...
Beijos!
Mari, confesso que fiquei meio chocada c/ sua reação, mas parei pra pensar e vi que fiquei chocada justamente pq EU creio em Deus (apesar de não seguir nenhuma religião)se eu não acreditasse acharia sua reação totalmente certa. Nós temos a pretensão de achar que todo mundo pensa igual a gente e quando nos deparamos com atitudes contrárias às nossas já partimos para o ataque (ou temos vontade né).
ResponderExcluirConsegui entender seu ponto de vista, tbm concordo que escola não é catequese e embora eu tenha achado lindo o gesto da sua Alice compreendo que diante do que vc acredita (ou não) o ensinamento da escola foi desrespeitoso, mas estamos no Brasil né meu bem rs
Mari, Já me posicionei lá no blog sobre essa questão da religiosidade com crianças: Não concordo com a imposição, acho um desrespeito. No post falei sobre um DVD da Aline Barros que apesar de bonitinho era doutrinador ao extremo. Nunca mais coloquei. Quelo que Cecília escolha uma religião (ou não escolha nenhuma) quando tiver capacidade pra isso e isso é um direito meu, enquanto mãe. E por esse direito eu luto até o fim!
ResponderExcluirAcho engraçado quando as pessoas acham que religiosidade não é um assunto tão importante assim, esquecem-se de que baseados na religião muitos matam e morrem mundo afora.
Enfim, agradar a todos com futebol, política e religião é tão possível quando uma vaca dançar balém em cima da mesa fazendo tricô! rs!
Beijo na cria gata!
Mari,concordo plenamente. Se a escola se diz " sem religião", deve seguir essa linha. Agora, quem matricula o filho em uma escola que deixa claro o posicionamento religioso, tem que entender que isso fará parte da rotina da criança. Não acho certo matricular o filho em uma escola católica por exemplo, e depois reclamar que a criança aprendeu o Pai Nosso.
ResponderExcluirBjos e parabéns pelo blog.
Nosso mundo é dividido em antes e depois de Cristo, a pessoa crendo ou não já está inserida nesse fato, nem tem pra onde fugir. fui criada na doutrina católica, fiz catequese, crisma, casei na igreja e batizei meu filho, mas chegou um momento em minha vida que cheguei a conclusão de que a religião não importava em minha vida, embora continue acreditando em Deus, talvez não esse que nos é ensinado nas igrejas, mas como uma força maior, um amor profundo que rege nossas vidas. Tbm acho q escola não é lugar pra falar de Deus, me coloquei em seu lugar e cheguei a conclusão q mesmo que eu fosse atéia não me importaria se meu filho chegasse em casa e agradecesse pelo alimento à Deus, pois acharia algo totalmente irrelevante, até pq conheço ateus que estudaram em escolas religiosas, esse tipo de coisa não vai determinar nada, ou seja, pra mim não deveria se falar de Deus nas escolas, mas ao falar não acho que traga nenhum prejuízo ou influencia, a não ser que estejam doutrinando as crianças, que pelo que eu entendi não foi o caso. Mas vc está em seu direito, cada um tem sua opinião, não te condeno de forma alguma.
ResponderExcluirMari, eu acredito em Deus e sou cristã, mas quando o meu filho de 2 anos fez a mesma coisa que a Alice , agradeceu ao papai do céu pelo lanchinho, eu tb fiquei incomodada. Concordo com vc, acho que esse não é o papel da escola, me senti invadida e não quero que a escola interfira na educação religiosa (ou não) que darei para meu filho. Na ocasião, apesar do desconforto, não tive coragem de reclamar com medo de ser mau interpretada e/ou rotulada. A questão não é a crença, mas a atitude invasiva da escola de impor a crença.
ResponderExcluirAi! Ainda não tinha pensado nessa questão, escola e religião. Como mãe de primeiro filho, que completa 03 meses, vou procurar observar isso também quando chegar a hora, também não gostaria de passar por uma situação dessa. Religião, cabe somente a família, se quiser discutir e/ou escolher. Parabéns pelo texto!
ResponderExcluirConcordo.
ResponderExcluirTanta coisa que a escola precisa ensinar...me pergunto como lidaria a professora com um aluno que fosse de outra religião (um judeu ortodoxo, muçulmano, etc) e que tivesse idade suficiente para argumentar com ela sobre os motivos de não querer participar da oração...
Mariana, hoje estou passando por aqui para um convitinho especial: gostaria de convidá-la a participar de uma blogagem coletiva que estou propondo em meu blog em homenagem ao dia das mães. Passe por lá e confira. Adoraria ter você participando dessa blogagem!
ResponderExcluirBeijos!!!
Lívia.
Da só uma olhada http://g1.globo.com/parana/noticia/2012/04/aluno-e-retirado-da-sala-de-aula-apos-se-negar-participar-de-oracao-no-pr.html
ResponderExcluirMariana, você tem toda a razão, ainda não tenho filhos, mas acompanho seu blog, pois aborda assuntos muito interessantes sobre a maternidade, esse assunto em si me chamou muita atenção. Como um país que se diz laico, aceita que esse tipo de coisa ainda aconteça, lembro-me bem quando era pequena haviam dias da semana especiais para uma pequena missa, e a oração do pai nosso antes de cada aula, é claro que eu não entendia por que nessas horas alguns pais iam buscar seus filhos, que como sendo de outras religiões não admitiam o fato de se filho criado de acordo com a sua crença, chegasse em casa rezando a ave maria por exemplo. Educação escolar e religiosa não devem se misturar never.
ResponderExcluirCheguei atrasada na discussão! Vi originalmente alqguém postando o link no facebook, mas como não tenho vc no meu face não pude comentar lá.
ResponderExcluirEu concordo que a escola que não é religiosa não pode de maneira alguma ensinar religião. Fico pensando no nosso caso, eu sou cristã e meu marido judeu. Se a gente escolhe uma escola que seja "neutra" propositalmente, e a escola começa a ensinar X ou Y religião, um grande desrepeito!
A creche da minha filha não tem ensino religioso (claro, ainda é só creche!), mas celebra o multiculturalismo, até porque é difícil não fazer isso aqui na Inglaterra, onde tem tanta imigração e diversidade. Eu acho super bacana, eles comemoram datas importantes de todas as culturas, mas sem focar na religião. Por exemplo, eles celebraram o diwali (festival indiano;hindu), o eid (mulçumano), o ano-novo chinês, o St. Patricks irlandês, o Carnaval brasileiro, etc. Acho bacana que não tem foco religioso e ensina que o mundo está cheio de gente diferente e que tudo é igualmente facinante.
Ah, um PS. Uma coisa que eu achei meio ruim em alguns comentários aqui e no facebook foram pessoas se gabando que desafiam as religiões. Tipo "comi carne na semana santa, olha como sou radical e transgressora, vou pro inferno". Acho muito estranho uma mãe que queira ensinar respeito e tolerância pros filhos fazer isso usando... o desrespeito!
ResponderExcluirCriei um trabalho inédito no Brasil, em artesanato. São bonecos de 20 cm em tecido de algodão, replicando o desenho infantil da criança que você ama!
ResponderExcluirSão ideais para decoração de quarto e ao mesmo tempo excelentes brinquedos lúdicos. São antialérgicos e divertidos! Visite o meu blog e saiba mais!
www.ateliedaserra.blogspot.com
Atenciosamente,
Raquel Bouchardet
Me incomoda muito, qdo uma pessoa de qualquer religião bate na minha porta pedindo para ler um trecho da bíblia. Se sentir necessidade, eu mesma faço isso. Me sinto invadida. Me irrita profundamente. Por isso, não aceito de forma alguma que se fale de religião para o meu filho na escola. Sou católica e fazemos as nossas orações ao nos deitar, mas só cabe a mim e a seu pai essa decisão.
ResponderExcluirVc está certíssima! Se a escola cumprir seu papel que é o de ensinar, já está fazendo muito.
Bjos
Cheguei mais que atrasada na discussão, mas acho que ainda cabe assunto nesta discussão! rs
ResponderExcluirEu sou super católica, com marido idem. Somos bem praticantes, como dizem, e eu adoraria ver minha filha rezando antes da refeição (rs), mas concordo totalmente com sua posição. A liberdade de ser ou não religiosa ou ser de qualquer religião deve ser aceita, respeitada e até cultuada. É de uma educação respeitosa que virão adultos tolerantes à diversidade.
Quanto a educação laica, não acho que seja necessário. Acho que podem existir também escolas com posicionamentos religiosos, desde que estes sejam claros para a sociedade.
O que, na verdade, mais me incomodou disso tudo foi o posicionamento da coordenadora, querendo te empurrar respostas evasivas e superficiais, sem nem ela mesmo saber o que está acontecendo na escola.
Me incomoda também a forma agressiva e irônica com que as pessoas que "entenderam o texto" falam das que supostamente "não entenderam". Mostra que a tolerância e o respeito, mesmo em ambientes mais simples como aqui no blog, são muito mais difíceis de ser alcançados do que se possa imaginar...
Adoro seu blog!
Manu
Disse tudo Mari! adoro seus textos. Vc devia escrever um livro!! Faria muito sucesso!!!
ResponderExcluirBjs
Carol Rossi
Tem um questionamento que tenho me feito, fugindo um pouco do foco principal, que gostaria de compartilhar:
ResponderExcluirHoje, posso me considerar agnóstica. Meu pai era ateu e minha mãe, um pouco de tudo, passando pelo esoterismo, tarô, astrologia, etc... Eles optaram por não nos batizar, eu eu lembro de pedir para ser batizada, diversas vezes. Qdo tomei consciência da morte, fiquei muito angustiada e lembro do meu pai me dizendo que ninguém sabia extamente como era morrer, já que ninguém havia voltado p/ contar. Depois, para descontrair, meio rindo, me prometeu voltar p/ me contar. O fato foi que ele morreu, súbitamente, alguns meses depois, qdo eu tinha 7 anos. Algumas pessoas me garantiam que ele estaria no céu me esperando. E aquilo me dava um grande conforto. Lembro que uma tia disse que eu nunca mais voltaria a vê-lo. Foi como se ela tivesse me dado um soco no estômago...
Resumindo, a questão é que eu fico achando que pode ser menos sofrido pras crianças, serem "enganadas" quanto à existência de um Deus que tudo pode. Qdo meu filho tinha 4 anos, meu marido perdeu uma sobrinha de 2 aninhos. Nós contamos a ele que a Maria Clara havia virado um anjinho. Ele achou muito estranho aquilo, afinal, ela era só um bebê, como poderia, se só velhos morrem, ele questionava. Mas eu preferi seguir a linha fantasiosa, e achei que ele levou na boa, dentro do possível. Agora se lhe dissesse que ela simplesmente morreu e pronto, acabou a sua vida e agora só resta o seu corpo embaixo da terra, imagino que ele sofreria demais... o que vcs acha de educar a crianças a partir de dogmas e crenças religiosas, mesmo que não seja a sua crença? Meus filhos estudam em escola católica, porque é a melhor da minha cidade. Mas eu até acho bacana que eles tenham contato com a religião, e que se sintam mais amparados por ela. No futuro, eles decidirão em que acreditar. Volto a reforçar que sei estar fugindo do foco, mas achei interessante puxar a discussão pra este viés. Oque vcs acham disso?
Eu acredito que possa haver vida após a morte, crio tbm que há uma força maior que rege tudo (Deus?) e confesso que isso é reconfortante, fico me questionando se caso eu não acreditasse nisso que sentido teria a vida? a gente nasce, cresce, batalha, corre atras dos objetivos p/ um dia morrer e acabar tudo? foi tudo em vão? Fico pensando como os ateus encaram isso, para mim é triste não acreditar em nada, não se sentir amparado por algo... acho triste e corajoso! Não acredito em verdade absoluta, acho que todas as possibilidades são possíveis.
ExcluirVoltando ao seu questionamento, acho sim que usamos Deus para amenizar e justificar as mazelas da vida e claro que passamos isso aos nossos filhos.
Tem um filme que toca muito bem nesse assunto chamado "O 1º mentiroso", pra quem não assistiu vale a pena, nos faz parar, pensar e questionar.
Oi Lali!
ExcluirEu concordo que certas situações são incompreensíveis para crianças - ou melhor, que a compreensão seria dolorosa e desnecessária tão cedo. Eu pretendia ser bem clara e objetiva na hora de conversar com meus filhos sobre morte, por exemplo, mas percebi que a explicação nua e crua geraria uma angústia desnecessária - já temos toda a vida para lidar com essa angústia, pra que introduzí-la tão cedo?
Então não sou contra seguir a "linha fantasiosa", como vc disse. Mas acho que ela não precisa passar por religião, se eu não quiser. Não preciso de "Deus", por exemplo. Dá pra fantasiar de tantas outras maneiras... virou estrela, virou árvore, foi morar no céu, etc etc. Até são explicações que passam por algum tipo de crenca religiosa, mas a criança não sabe disso. O céu, para a minha filha, e só o céu, não é o Paraíso, entende? Mais pra frente ela elabora a questão como quiser, buscando ou não uma religião, mas por hora essa explicação mequetrefe basta (ufa!).
Aproveitando o gancho da Girassol: eu gostaria de crer. Mesmo. Acho que a fé é uma grande ferramente para ligar com as angústias da vida - morte, doenças. Mas a fé não é uma escolha, acho. Ou você crê ou não, não dá pra decidir. Então não vejo coragem nenhuma em não acreditar em nada, vejo apenas um fato - que talvez seja triste e difícil sim, mas por outro lado é muito libertador. Acho que justamente isso dá sentido para a vida: nascemos, nos relacionamos, fazemos e colhemos aqui mesmo os frutos bons ou ruins de nossas ações. Vivemos para aproveitar essa única vida que temos, deixamos família e frutos do nosso trabalho, e morremos. "Em vão"? Pra quem? Para os meus filhos e meus amigos, não foi em vão...
Enfim, é conversa pra horas, né?
Beijos!
É Mari, podemos falar horas e horas sobre isso e não chegaremos a conclusão nenhuma mesmo. Sou questionadora por natureza, tinha tudo pra ser uma atéia rrs Cresci na igreja católica, seguindo todos aqueles dogmas, mas graças a Deus(rs) me libertei, costumo dizer que acredito em tudo e em nada e vc tem razão, ninguém decide crer, na verdade acho que é questão de sentir, ou sente ou não sente.
ExcluirP.S quero aproveitar pra dizer que acompanho seu blog a pouco tempo, mas já o devorei e criei um carinho gratuito por ti (mesmo sem vc saber da minha existência)vc me passa uma vibração muito boa, de gente do bem mesmo.
Mari,
ResponderExcluirConcordo com vc no tocante ao conceito da escola. Independente de crença, a escola não pode ser tendenciosa. E acredito que mesmo que você seguisse uma religião em particular, não caberia à escola valorizar ou repudiar, apenas educar de forma imparcial. Não acho proveitosos educar crianças a partir de dogmas nenhum, nem que os pais seguem, nem que a escola acredita. Meus pais me deixaram livre para escolher, religião não era uma matéria na escola e onde estudei ninguém tomava partido de nada (nem de hábitos com orar antes de comer), já que se fizessem algo de uma religião, teriam que fazer de todas para não ofender ou influenciar. E no final das contas, depois que cresci e resolvi conhecer sobre as mais diversas religiões, acabei seguindo a da minha mãe (ela é kardecista), o que não significa que meu filho (hoje com 2 meses) tera que seguir também. E claro, se ele for pra escolinha e a tia resolver que as crianças vão rezar antes de comer, não será o fim do mundo, apenas o fim do nosso relacionamento com essa escolinha...
Mari, entendo tudo o que você disse e esta foi uma questão que pesou muito pra gente quando fomos procurar escola pra nossa filha. Moramos no Texas e todos sabem como aqui o povo é com estas coisas de religião. Não frequentar uma igreja é praticamente crime por aqui. :-))) Não queríamos que nossa filha fosse obrigada a acreditar em determinada coisa ou que crescesse com vários preconceitos que muitos deles pregam. Achamos que ela deve acreditar no que ela quiser quando tiver maturidade para fazê-lo. Grande quantidade das escolas aqui são de Igrejas, normalmente as de preço mais acessível e tem muitos pais que as escolhem por este motivo, mesmo sendo ateus. Mas esta idéia não nos agradava em nada... Daí encontramos uma escola que não só respeita as diferenças religiosas, mas também culturais porque trabalha com crianças de várias nacionalidades: brasileirinhos, indianos, chineses, mexicanos... Foi ótimo pra nós e, mesmo tendo que pagar muito mais caro, estamos com nossa consciência muito tranquila porque garantimos a nossa filha a liberdade de acreditar ou não no que ela quiser. Antes das refeições eles cantam uma musiquinha agradecendo pelo alimento, mas bem tranquila, sem nenhuma conotação religiosa. Eu concordo com você e acho que este é um assunto que não diz respeito à escola, e sim à família.
ResponderExcluirNossa! tava precisando ler isso, não acredito em deus, mas fico literalmente em cima do muro quando meu filho de 2 e 8 meses chega em casa cantando a melhor oração é amar e outras musiquinhas do tema, chego até ficar com medo dele ser rejeitado na escola se eu manifestar meu ateismo, uma vez que coloquei ele lá sabendo de seus princípios católicos, porém é a melhor escola do bairro, e todas as outras tbm levantam a bandeira do cristianismo, a impressão que eu tinha é q estava sozinha nessa... bom saber que não estou
ResponderExcluirFabiana
Adorei!! Félicitations!
ResponderExcluirOi Mari
ResponderExcluirConcordo plenamente com cada palavra que vc escreveu.
Lugar de falar/aprender sobre coisas espirituais, é em casa. Na escola deve existir um ambiente neutro, onde haja respeito e todos sejam tratados igualmente, independente de crença/fé.
Acho que escola é lugar de aprender.
seu blog é ótimo.
um beijo
Concordo contigo, mas não precisa chamar a coordenadora de merda... Cada um enxerga as coisas conforme suas limitações... O que realmente importa foi a intenção da pessoa... E sabemos muito bem que não estamos em um país laico(apesar do que se diz), então não deveria se surpreender tanto... O cristianismo está enraizado na maioria dos ocidentais e isso acontece o tempo todo... Repito, concordo contigo, escola não é ambiente para isso, mas acredito que cabe a você, que parece ser uma pessoa muito mais esclarecida do que a professora, entender os limites dela... Você agiu certo, não gostou, troca de escola e pronto...
ResponderExcluirForte abraço...
Oi Mari, conheci seu blog hj e apesar de evangélica, acreditar em Deus frequentar assiduamente uma igreja, concordo totalmente com seu post. Moro em uma cidade do interior, e aqui seria execrada se externasse essa opinião. Tive um professor de direito uma vez que disse em uma aula que achava que nem os pais poderiam impor uma religião aos filhos.Os filhos deveriam escolher qdo tivessem essa capacidade. Devemos questionar nossa fé a todo instante e o que esse professor disse não é nenhum absurdo. Não devemos aceitar o que nos é imposto pela escola, tv ou mesmo a religião. Infelizmente muitas pessoas no nosso país aceitam cegamente o que é dito no Jornal nacional, no colégio, na missa, no culto e por isso estamos nesse atraso. Passei por uma experiência parecida com a sua qdo criança. Estudava em uma escola pública e qdo o papa João Paulo II foi ferido com um tiro, a diretora obrigou todos os alunos ficarem depois da aula rezando o terço para ele. Vc não tem ideia da minha indignação. Me senti profundamente ofendida por ter sido obrigada a participar (em uma escola pública, portando laica) de uma coisa que contrariava a minha fé. Pois é, todas as vezes que manifestei publicamente a minha indignação, fui repreendida "que é isso, oque é que tem rezar pelo papa?' e outros absurdos. As pessoas não entendem que o que me ofendeu não foirezar pelo papa, mas odesrespeito a minha fé, que não é católica. abçs.
ResponderExcluirMari, eu (educadora e religiosa) conheci seu blog hoje e o que me trouxe até ele foi, exatamente, esse texto. Não há muito a comentar a não ser que, ensinar a rezar ou não, é um papel da família. O papel do educador é (também) ético, ensinar boas condutas (não pegar o que é seu, não xingar, etc), e isso independe de fé, religião ou qualquer outra coisa. Liberdade de pensamento e sentimento! Tenho amigas(os)ateus com atitude admiráveis! E é isso que o mundo precisa. Somente! Parabéns!
ResponderExcluirMeu filho mais velho estudou em escola de freiras. Eles tinham um ritual de sortear uma santa toda sexta feira e levar para a casa do contemplado. Nós lá de casa não tínhamos esse costume e não adoramos imagem...pois bem: meu filho se recusou a levar a santa e após esse dia, sentiu que todos na escola, exceto as crianças amigas dele,mudaram seu comportamento com ele...Detalhe: ele tinha apenas 8 anos de idade. Por isso concordo com você e parabens pelo texto!
ResponderExcluirConcordo plenamente com você.
ResponderExcluirApoiada!
ResponderExcluirBeijos,
Mariáh
http://cartasaomeubebe.com/
Talvez fique feliz quando ela chegar em casa cantando : "Nossa, nossa, assim você me mata, ai se eu te pego tra la la... Ui
ResponderExcluirMari, comentário mais do que atrasado, mas é que conheci o blog hoje. Adorei!
ResponderExcluirSou professora em escola pública, ensino história e tenho que cutucar várias dessas "feridas", e amo que meu trabalho me permita fazer isso, mas tenho pavor de doutrina, seja qual for. Eu escreveria algo mais longo que seu post se fosse contar cada barbaridade que vi por parte de colegas professores, seja evangelizando ou politizando...rs Mas essa discussão me fez lembrar de um filme adorável, "A Culpa é do Fidel", conhece? Pra quem não viu, ele se propõe a mostrar pela ótica de uma menininha o incômodo da sociedade e da escola religiosa em relação aos seus pais comunistas. É muito bonitinho e ao mesmo tempo muito relevante.
Beijos, Fafá Gallo.
Muito bom o seu relato. É de verdade preocupante o que vem sendo feito com o ensino das nossas crianças em nosso país. Não bastassem todos os problemas que já temos que enfrentar, as pessoas cada dia mais confundem respeito com moral. Outro dia tive um problema dentro de um ônibus, passei mal e o motorista não quis abrir e ainda me falou uma porção de besteiras. Na hora em que consegui falar com o responsável para notificar o fato me disse que não podia fazer nada e que eu tinha que agradecer a Deus não ter desmaiado dentro do ônibus. Ainda quiseram fazer sinal da cruz na minha testa. Alow! Onde eu to vivendo? Foi a primeira coisa que me veio à cabeça. Mas isso sou eu, uma jovem senhora de 32 anos. Agora, imagina uma criança sendo bombardeada todos os dias por uma orientação religiosa que nem sempre tem a ver com aquilo que a família dela entende como necessário (importante, wathever...)na educação dela.
ResponderExcluirPrecisamos de mais incômodos como o seu, na blogosfera e no nosso cotidiano.
olá,
ResponderExcluirachei você muito mente aberta!!isto é bom!!concordo com você, e se fosse eu ficaria furiosa,ainda mais que sou ateia.
e ja está mais doque na hora de acabarmos com essas situações nas escolas!!
país laico, não é..!!?????
bjus
Concordo contigo. O meu problema foi da mesma maneira, uma imposição de religião. Quando criança, minha mãe era evangélica ( e ainda é) e não permitia os famosos doces de Cosme e Damião entrasse em casa.
ResponderExcluirAté aí tudo bem, mas eu ganhava da professora os doces. E como eu ficava? Olhando as outras crianças comendo os doces e eu sabendo que não podia. Não morri por causa disso, mas acho um desrespeito.
Não importa se meu filho é evangélico, católico, espírita ou seja lá o que for. Eu não permitirei esse tipo de atitude com ele.
Entendo o seu ponto de vista e te falo uma coisa, escola sem religião é uma ilusão. Estou vendo o colégio Ágora para o meu filho, enquanto o Colégio Batista aqui em Niterói volta a funcionar.
É de pequeno que se torce o pepino para não ter um lar dividido, no meu caso. E educação, valores, cultura vem de casa, não da rua.
Segundo a LDB, "o ensino religioso, de matrícula facultativa(...), constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental..." (art. 33)
ResponderExcluirAté quando utilizarão dinheiro dos nossos impostos para bancar o ensino religioso nas escolas públicas? País laico? Sei!!!
Olá! Não consegui ler todos os comentários, mas vou fazer isso! Estou entrando na profissão de professor e concordo que a escola pública é laica. Preciso, então, de uma proposta alternativa para substituir a "oração a Jesus" na hora do lanche escolar. Se alguém tiver, ficarei satisfeito! As crianças também!
ResponderExcluirHi there! This is my first comment here so I just
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Bom, eu não sei se me incomodaria, pois tenho filhos gêmeos (um casal lindo) que estão entrando na escola agora em janeiro de 2014) e não perguntei se lá ensinava religião, mas não é um colégio católico) e é particular.
ResponderExcluirmas vou contar, eu sou batizado, mas ao longo da minha vida eu não sei mais se eu sou espirita, ou católico? sei que ateu eu não sou.
meus pais até iam para a igreja comigo e com meus irmãos, eu e meu irmão mais velho somos batizados, o mais novo não é, só meu irmão mais velho fez primeira comunhão, eu minha mpáe até queria que eu fizesse mas estávamos fora do país na época quando voltei já com 12 anos, não queria ficar junto com o pessoal de 9 e 10 e por isso não fiz comunhão.
mas já passei por quase todas as religiões e pela doutrina espirita, esta eu passei depois que meu melhor amigo( que eu considerava primo pois eu o conhecia desde que ele nasceu, e ele era apenas 10 meses mai novo do que eu) faleceu de forma trágica.
naquela época gosyei muito do espirtivismo, mas depois fui em outras religiões.
mas percebi uma coisa, todas elas na verdade tem coisas que a gente não acredita, parece que a católica, a doutrina espirita e as outras,eu sempre via algo errado, algo que não dava para acreditar
percebi então que a religião e a doutrina não era para eu seguir a risca, e sim para nós termos amparo, seja ela qual for , aparo psicológico, principalmente nos momentos de pressão e de problemas emocionais.
hoje não frequento nenyuma, mas todo dia a note eu rezo pai nosso, mas quando eu rezo, não penso em deus como um ser humano, e sim como uma luz, uma luz que protege.
acho que você está certa quando fala que a escola não deve se manter mariana, ainda maois com uma menina de 2 anos, tem gente que diz que não tem influencia uma professora falar isso, tem sim, pode não ter para todosm, mas para a a maioria tinha.
por exemplo quando eu estava no primeiro ano do ensino médio, a maior parte da turma estava entre 15 e 17 anos, muitos professores, principalemnet os de historia e geografia sabiam disso, e aí eles tentavam fazer lavagem cerebral na gente para votar em alguém que eles quisessem, no caso desses professoras era lavagem para votarmos no PT. a mim nção conseguiu pois eu sabia que aquilo era lavagem cerebral. só que eu naquela época ate tinha partido que não vou dizer qual é pois nção interessa a ninguém, mas depois das duas ultimas eleições, eu percebi errado ter um partido só, hoje eu não voto em partido, eu voto na pessoa que me passa mais confiança.
DESCULPA MARI pelos erros de portugu~es e digitação, mas eu precisava desabafar, pois gosteiu muito doi seu blogo, apesar de eu nção ser mãe e sim pai DE gêmeos de quase 2 anos de idade.
resumindo, apesar de eu rezar, para mimo que mais importa não é religião, e sim é alguém acreditar em si, e estpa sempre fazendo bem ao outro.
ResponderExcluirCheguei a esse post agora e tenho que concordar com você. Não é aceitável que uma escola dita laica tenha tais atitudes. Pensando agora, percebo que na minha vida toda as escolas em que estudei(sempre laicas) acabam tendo uma educação religiosa. Na quarta série, a professora rezava TODOS os dias de manhã. Dizia que "todo mundo reza o pai nosso, que serve para todas as religiões e a ave maria só quem é católico". Mas e se a pessoa não tem religião? O pai nosso não serve. Minha escola durante todo o ensino médio tinha crucifixos em todas as salas da coordenação. Todas. Até nos corredores. Embora não estivessem nas salas de aula, aquilo me incomodava. São coisas que, embora algumas pessoas nos comentários neguem, acaba entrando na cabeça. E, na minha opinião, não deveria vir da escola. Estive em Brasília recentemente e, numa visita ao senado, percebi que há crucifixos nas câmaras. Mas, meu, não é um país laico? Como vai ser se até mesmo nesses lugares tem símbolos religiosos? Não sou radical, longe disso. Às vezes minha mãe reza por mim e eu acho ótimo, coisas positivas são sempre boas. Mas é algo que não diz respeito a escola.
ResponderExcluirmelhor isso que aprender a roubar ou a matar galinha preta como querem alguns por ai. nao e motivo pra reclamar!
ResponderExcluirUma reza ou oração acabe em qualquer lugar.
ResponderExcluirUma reza ou oração cabe em qualquer lugar.
ResponderExcluirGente que absurdo, qual o problema a criança aprender a agradecer pelo alimento que tem! coitada dessa menina! o mundo do jeito que está vc deveria é agradecer essa escola que está colocando princípios em sua filha...pq se depender da mãe, coitada...
ResponderExcluirEu sou católica e estou indignadissimandando pq meus filhos estão aprendendo coisas sobre umbanda e candomble na escola que se diz "catolica"!!!! Religião e escola jamais deveriam se misturar. ...óbvio que vou adotar o homeschooling
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