terça-feira, 8 de julho de 2008

:: How to have a babe and be a babe


(Dos diários da gravidez - junho de 2007)


Se me contassem, eu achava que era balela. Mas é sério, seríssimo! Mulherada, trate de encomendar um herdeiro agora, já! - é o meu conselho.



A gente tá acostumada a pensar na gravidez como um grande sacrifício. Uma fase inchada e desconfortável que a mulher enfrenta pra ter como recompensa um bebê novinho em folha depois de 9 loooongos meses. Basicamente trata-se de deixar de ser mulher pra virar uma Mamãe, serena e assexuada. Na melhor das hipóteses você vira uma grávida-sem-sal com cara de beata, vestida de branco e acariciando a barriga em propaganda de hidratante. Na pior, você embucha. Pouquíssimo animador. Mas isso não é nada perto da magnitude de gerar um filho, e blá, blá, blá.

Eu ia então me preparando pro começo do fim. Comprei meus hidratantes e ensaiei meu melhor sorriso de Virgem Maria. Conformada e agradecida, como tinha que ser. 

Mas aí, em vez de Virgem Maria, me baixou uma diva louca.

Eu acho que funciona assim: talvez você embuche. Acontece. Os hormônios ficam malucos e os resultados são imprevisíveis. Mas se você der a sorte de não embuchar, minha filha, então prepare-se pra uma das melhores fases da sua vida! A grávida que não embarangou adquire uma aura divina que vem com um monte de acessórios incríveis, tais como:

-Peitos exuberantes;

-Cabelos brilhantes e longuíssimos de Rapunzel (inclusive você vai ser acusada de ter colocado megahair);

-Pele de pêssego, bochechas rosadas, pernas macias e à prova de pêlos encravados;

-Unhas fortes crescendo numa velocidade assustadora;

-Uma lordose que, embora incômoda, valoriza a bunda que é uma beleza;

-E, claro, a barriga. Esse é um ponto polêmico: há quem ache barriga de grávida uma deformidade e há quem ame profundamente. Eu amo profundamente. Primeiro porque ela faz com que pessoas sorriam pra você na rua, cedam suas cadeiras, façam um carinho ou até mesmo beijem seu umbigo sem nenhuma cerimônia. Depois, porque ela pode ser exibida sem pudor. Mais do que pode, ela tem que ser exibida, já que blusa nenhuma consegue mantê-la coberta. Se antes a barriguinha era um problema a ser disfarçado, agora o barrigão é um trunfo a ser ostentado com orgulho!

Junte tudo e faça as contas: peitão-bundão-cabelão-barrigão(durinho, há!), e de repente você descobre que virou uma baita duma gostosa. Incrível! Aquela expressão serena das grávidas é só um truque pra disfarçar a Poderosa Afrodite, a Sex Goddess, a Rainha da Luxúria que baixou ali!


E se isso ainda parece pouco, olha o saldo da minha consulta médica de ontem:

Dr. (que eu amo e me faz feliz!) Roberto:

"Ok, tá tudo ótimo. E você engordou pouco. Então pode comer mais, tá? Coma muito, muitas vezes por dia. Coma o tempo todo. E de tudo. Você precisa de calorias, muitas, milhares de calorias. Malhar? Não, agora não é hora. Você precisa de reservas pra você e o bebê. Faz assim: come muito e não faz nada, tá? Ponha as pernas pra cima e descanse. Qualquer coisa me ligue. Até o mês que vem, tchau."

E assim eu descubro minha vocação de parideira e fico imaginando num breve futuro o Carlos, eu e nossos 14 filhinhos, uma linda familia feliz!


9 comentários:

  1. Adoro!!!! Quero ser uma grávida gostosa djá!!!!!

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  2. haha! adorei! eu, felizmente, também não embuchei. e sinto uma saudade de estar grávida! foi tão booom. beijos

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  3. Hilário, mari! Tb quero!!!! bj, van

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  4. ahahahha!
    e a mari não só no auge da beleza mas no seu próprio auge comico!

    amei e ainda indiquei pro marido!!!!

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  5. hahahaha
    ADOREI!
    Menina, eu me senti exatamente assim como vc descreveu!Sem tirar nem pôr!rsrsrs
    :)
    Beijos

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  8. Querida Mariana,
    Que fofinha!!! Adorei seus textos! Suas palavras são just perfect, amiga!
    Estou na primeira gravidez, na 17ª semana... feliz da vida e virando um mulherão! 
    Foi um prazer encontrar seu blog aqui, me identifiquei muito com seu humor e seu jeito paulistano de ser...
    Desejo muita luz e alegria na sua vida e de seus filhinhos...
    Estarei sempre por aqui, MARI!
    Beijo grande!
    Já me sinto sua amiga! Heheh
    Abração!
    Ori

    (desculpe, não sei porquê encafifei que seu nome era Carol, mas não esquecerei mais! bacci!)

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