quinta-feira, 1 de outubro de 2009

:: "Entre os muros da outra escola"

Li esse texto por indicação da Ro e da Lu, e fiquei de cabelo em pé. Achei que valia a reprodução.
(o texto foi tirado do site da revista Época. O link é esse)

Entre os muros da outra escola
Está na hora de enfrentar a violência também no ensino privado
ELIANE BRUM
 Reprodução
ELIANE BRUM
ebrum@edglobo.com.br 
Repórter especial de ÉPOCA, integra a equipe da revista desde 2000. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de Jornalismo. É autora de A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo)

Eu a conheci anos atrás. Conquistou-me de imediato. É cada vez mais raro encontrar uma criança bem educada, que diz por favor, obrigada e com licença. Que pede desculpas se esbarra em você sem querer. Que dá oi e dá tchau. Que pergunta se você está bem. Ela é assim. É agora, aos 11, quase 12 anos. Era aos 5, quando nos encontramos. Gostava de barbie e de desenhos animados, mas vez ou outra assistia a algum filme do expressionismo alemão com interesse. Ouvia Palavra Cantada e Chico Buarque com igual deleite. Éramos ambas – e somos até hoje – fãs quase fanáticas dos livros do Harry Potter. Filha de mãe escritora, pai economista, ela tinha, ao mesmo tempo, estímulo para voos intelectuais mais largos e respeito por seus gostos infantis, o que sempre me pareceu um jeito sábio de educar. Para mim, ela sempre foi impossível de não se gostar. 

É triste não poder aqui colocar o nome desta menina tão especial. Mas seu nome não será revelado para protegê-la de seus colegas, precaução por si só chocante. Na semana passada eu soube por sua mãe que ela deixaria a escola que cursa há anos. Foi sendo expulsa pelos colegas, sem que os professores nada fizessem. Estuda numa das escolas de elite de São Paulo. Bom projeto pedagógico, turmas pequenas, inclusão de crianças com necessidades especiais. Tudo de bom e de moderno, aparentemente. O que, então, aconteceu, para que uma boa aluna, uma garota afetuosa e bem educada, tenha de partir porque a escola se tornou um filme de horror? 

Muito se escreve e se fala sobre a violência nas escolas públicas. E o tema é sério e relevante. Mas está na hora de prestarmos mais atenção no que ocorre na outra ponta da desigualdade social refletida no sistema de ensino brasileiro: as escolas privadas de elite. Diante da piora progressiva da qualidade da escola pública, a classe média vem esfolando o orçamento para matricular seus filhos em escolas privadas, com a convicção de que assim têm mais chance em um mundo competitivo. 

Por que a classe média não brigou – e não briga – pela qualidade do ensino público em vez de se bandear para a educação privada? Eu mesma cursei o ensino médio em escola pública (uma péssima escola pública, diga-se), mas tomei o mesmo caminho de boa parte dos pais de classe média ao matricular minha filha: esfalfei-me durante 11 anos para pagar um dos colégios privados mais caros de Porto Alegre. Por que não fui brigar por qualidade de ensino dentro da escola pública? Por amor pela minha filha, sem dúvida, mas também por empatia de menos pelo destino dos filhos dos mais pobres, provavelmente. Na hora de escolher, optei por resolver o problema “dos meus”. 

Muitas vezes, eu deixava de pagar todas as contas para pagar a escola. Nunca atrasei o colégio para que ela não sofresse constrangimento, nem a luz para não ficarmos no escuro. O restante das despesas atrasei todas durante boa parte desse período, o que me rendia noites recorrentes de insônia e humilhações sem fim diante de gerentes de banco. Mesmo assim, nunca me passou pela cabeça matriculá-la numa escola pública, tão certa eu estava de que fazia o melhor – para a minha filha. 

O péssimo desempenho do Estado na educação e a falta de cidadania de gente como eu permitiu que essa situação se perpetuasse até níveis inacreditáveis. O resultado estamos amargando faz tempo, mas não tenho dúvida de que será muito pior em sentidos que ainda não alcançamos por inteiro. As escolas talvez sejam as maiores reprodutoras de desigualdade. Não apenas na questão da qualidade, que determina destinos. Mas no convívio cotidiano, no (não) exercício da solidariedade e do respeito às diferenças. Seja nas públicas ou nas privadas, o que encontramos é uma convivência entre iguais. Nossos filhos não conhecem a diferença, não são beneficiados pela riqueza da diversidade. Não conjugam a tolerância. Quando confrontados com a diferença – e não apenas a socioeconômica –, expulsam-na. 

Foi o que aconteceu com a menina desta história. Tempos atrás, ela ligou para a mãe no recreio, implorando para que fosse buscá-la. “Eu não suporto mais ficar aqui”, disse. Suava muito, desesperava-se. Sua mãe respondeu que ela precisava permanecer. E ela está resistindo como pode até o final do ano, para então trocar de escola. 

Liguei para minha pequena amiga para saber o que estava acontecendo e propus uma entrevista. Em off, para que ela não fosse mais trucidada na escola do que já é. Ela topou. E aqui está a transcrição literal da nossa conversa, para que seu testemunho possa nos ajudar a pensarmos juntos num problema que é de todos. 

Eu: O que aconteceu? 
Ela: Eu não sou aceita. Meus colegas me acham meio estranha. Acho que me acham idiota. 

Eu: Mas por quê? 
Ela: Eu não gosto das conversas deles, me sinto mal. Acho que tenho um jeito diferente de pensar que eles acham bobo.

Eu: Mas que jeito é este? 
Ela: Eles gostam de ficar ridicularizando os outros. Eu não quero fazer isso. 

Eu: Mas quem eles ridicularizam? 
Ela: Nossos colegas que têm dificuldade (portadores de necessidades especiais). Eles às vezes precisam fazer provas mais fáceis. Aí chamam eles de burros, de idiotas. Eu acho isso muito injusto. Queria poder fazer alguma coisa, mas eu não sei o que fazer. E os professores não fazem nada. 

Eu: Quem mais eles ridicularizam? 
Ela: Gente que não usa roupa de marca, que não gosta do que eles gostam. 

Eu: E do que eles gostam? 
Ela: De funk, por exemplo. Adoram funk. Eu não gosto de funk, daquelas letras. É muito sem conteúdo. Mas gosto da Hannah Montana e da Rihanna. Eles também gostam daqueles programas de TV que ridicularizam as pessoas. Acham que isso é engraçado. E ficam falando das marcas das roupas que usam. Ah, essa calça é da marca tal. Esses dias uma menina disse para a outra: “Ah, o seu pai é milionário”. Aí essa menina respondeu: “Mi não. Bi-lionário”. Pensei: “E você é bi-polar”. Pensei, mas não disse. 

Eu: E o que começaram a fazer contigo? 
Ela: Eles não falam comigo. Eu pergunto, não respondem. Sabe, teve uma festa, uma balada, mesmo, que convidaram todo mundo. Eu fui uma das poucas que não fui convidada. Aí só ficavam falando nesta festa. E eu não sei por que eu não fui convidada. Eu nunca fiz nada de ruim para nenhum deles. Não entendo por que não gostam de mim. Minha melhor amiga também começou a me ignorar. Eu chego, ela sai de perto. Ela começou a ficar popular na escola. 

Eu: E o que é ser popular na escola? 
Ela: É usar roupa de marca e sair pisando em todo mundo. 

Eu: O que mais te faz sofrer? 
Ela: Ficar sozinha no recreio. Eu queria brincar, conversar, mas não tenho com quem. Só eu e o menino com problema mental ficamos sozinhos no recreio. É muito ruim ficar sozinha no recreio. Eu fico muito triste. 

Eu: E por que você não fica com o menino com problema mental? 
Ela: Porque ele é menino. Eu não tenho muito o que conversar com menino. Mas eu queria poder fazer alguma coisa. Porque ele fica lá sozinho, desenhando. E eu sei como é ruim ficar sozinha no recreio. 

Eu: Por que você acha que seus colegas são assim? 
Ela: Eles são que nem os pais deles. Nessa coisa das marcas, do dinheiro. Mas quem cria meus colegas, mesmo, não são os pais. Eles nunca ficam com eles. Eles estão trabalhando ou em jantares. Meus colegas são criados pelas babás. Elas são as mães de verdade deles. 

Eu: E como eles tratam os professores? 
Ela: Essa minha ex-amiga chama a coordenadora de “idiota” e de “imbecil” na frente dela. Não é pelas costas, é na frente. Ela acha que o pai vai pagar para ela passar de ano. Numa excursão, teve um colega que disse para o monitor: “Essa sua profissão é uma m...”. Eles são assim. Acham que vão herdar o dinheiro dos pais. Mas eu tenho impressão que vão gastar todo o dinheiro bem rápido. E aí não sei como vão fazer para trabalhar. 

Eu: Você chora muito? 
Ela: Antes eu chorava. Teve um dia que pedi para minha mãe me tirar de lá. Liguei para minha mãe no recreio. Não sei por que eu fiquei assim tão mal. Eu suava. Sabe, fiquei desesperada. Mas agora aprendi a lidar com isso. Estou administrando melhor a situação. Levo um livro para o recreio. Agora estou lendo “Coraline e o mundo secreto”. Você viu o filme? Foi baseado no livro. 

Eu: E quando você decidiu mudar de escola? 
Ela: Quando fui sentar ao lado de um menino e ele disse: “Desinfeta daí”. Eu fiquei sentada onde eu estava. Mas sei que ele não diria isso para outra menina. Acho que falou para mim porque eu não fui convidada para aquela festa. Eu estava aguentando, mas aí foi a gota d’água. 

Eu: Você acha que no novo colégio vai ser diferente? 
Ela: É uma escola maior. Tem mais gente. Então, deve ter alguém mais parecido comigo, né? 

Espero que sim. Desliguei o telefone com medo dos pequenos monstros que conseguem expulsar de seu mundinho alguém tão doce quanto a minha amiga. O que eles vão fazer com o mundo maior quando crescerem? Que tipo de elite nossas escolas estão formando, para além de se dar bem no vestibular e no mercado de trabalho? O cotidiano nas escolas privadas do país pode ajudar a explicar o que acontece hoje nas esferas de poder da vida brasileira. 

A crueldade infantil não é novidade. O massacre daqueles que usam óculos, são gordos ou diferentes de alguma maneira é um clássico. Bullying é a palavra inglesa para o abuso físico e psicológico cometido contra indivíduos e grupos mais fracos. Nos últimos anos, tem crescido o número de reportagens na imprensa sobre o bullying na escola. Parece-me que há algo novo neste cenário. E bem mais perverso do que as formas habituais de maldade infantil. 

Minha amiga foi sendo expulsa porque está sozinha. Sua esperança na nova escola é conseguir formar um grupo com valores mais semelhantes aos dela para resistir. Para, de alguma maneira, sentir-se parte, para então ter alguma possibilidade de interlocução com outros modos de existir. O modelo brasileiro de ensino – resultado de uma das maiores desigualdades do planeta e do declínio da escola pública – caracteriza-se por um mundo escolar cada vez mais igual dentro dos muros. Nos respectivos guetos, o espaço para toda a diferença parece ter sido suprimido. 

Estou generalizando? Pode ser. Mas apenas converse com um professor de escola privada de elite para que ele conte suas peripécias cotidianas com estes mais iguais que os outros. Já tenho sido vítima destas crianças sem limites, sem cultura e sem educação que me atropelam nos corredores dos shoppings e restaurantes, que gritam suas exigências e fazem cenas públicas, sem que seus pais tomem qualquer atitude além de prometer algo em troca de sua colaboração. 

Acho que está passando da hora de entender que há um tipo de violência sendo exercido e perpetuado nas escolas privadas de elite. E que essa violência é refletida também lá, nas escolas de periferia, onde a agressão é armada. As violências destes mundos escolares só aparentemente antagônicos se retroalimentam. Uma existe também por causa da outra. Há uma infância supostamente protegida e com todos os acessos abertos ao conhecimento e ao melhor que o dinheiro pode comprar – e outra desprotegida de tudo, que só recebe o pior. Separadas por grades, muros e cercas eletrificadas, uma desconhece a outra. Muitas vezes vão se cruzar mais tarde, pela violência, em alguma esquina da cidade. E são os pais e as mães destes meninos desprotegidos que alguns dos protegidos desrespeitam nos corredores de suas escolas iluminadas, ao encontrarem-nos limpando o chão ou exercendo serviços que consideram, como disse o menino na excursão, “uma m.”. 

A escola deveria promover a intersecção dos mundos. É nos bancos escolares que as diferentes realidades – não só a socioeconômica, mas também ela – deveriam se cruzar e dialogar. É na desigualdade de ideias, de culturas e de visões de mundo que se aprende e se avança. Esta desigualdade do bem, porém, foi banida do modelo de ensino. Em vez disso, a escola transformou-se em reprodutora da desigualdade perversa: a socioeconômica, com todos os seus (des)valores correlatos. A escola é resultado da desigualdade socioeconômica e de uma sucessão de políticas desastrosas de ensino. Mas, se é criatura deste mundo, é também criadora, ao reproduzi-lo. Ao transformar-se numa linha de produção da desigualdade que beneficia os mais iguais de sempre, deixa de educar. Este, me parece, é o dilema atual. Ou, pelo menos, um dos grandes. 

A ilusão dos pais de filhos em escolas privadas é de que, ao colocá-los lá, garantem a sua proteção. Seus filhos não perdem nada. Quem perde são os filhos dos outros, que não conseguem pagar a mensalidade. Engano. Perdemos todos. A eliminação da diversidade trará consequências mais perversas do que me parece que pais e autoridades têm percebido. Sem diferença não há diálogo. É possível educar sem diversidade? Há aprendizado de fato sem dissonância? Duvido. 

Nas escolas de elite, os estudantes ameaçam professores e funcionários não com pistolas, mas com outro tipo de arma: “Sou eu que pago seu salário!” ou “Meu pai vai mandar te demitir!”. Quantos professores já não ouviram frases como essa ao tentar impor limites na sala de aula para esses projetos de déspotas? Já testemunhei professores esvaindo-se em lágrimas e jurando mudar de profissão. E não davam aulas em escolas com esgoto a céu aberto. 

“Estas crianças são criadas pelas babás”, disse a mãe da minha amiga. “Ou seja: elas já mandam desde pequenas naquelas que deveriam ser uma autoridade. Se elas podem demitir a pessoa que está no lugar de autoridade, o que se pode esperar?” Ela tem razão. E é bom começarmos a refletir com mais seriedade sobre esse fenômeno contemporâneo. 

Minha filha sofreu muito na escola privada. Ela não tinha tênis nem roupas de grife, entre outros defeitos inaceitáveis. Eu disse a ela que o mundo era duro e que ela precisava enfrentar esse tipo de gente desde sempre. Ela enfrentou. Na vigésima vez que o filhinho de papai ridicularizou a sua roupa, ela bateu no menino. Foi uma boa saída? Claro que não. Mas foi o que ela conseguiu fazer diante da minha surdez. 

O mais curioso, mas nem tanto, é que em vez de minha filha ser punida por ter agredido o colega, foi parabenizada pelos professores. Um a um eles vinham cumprimentá-la e dar parabéns. De algum modo, ela vingava a humilhação cotidiana de todos eles. Mas seria esta uma boa pedagogia? Estaria esta resposta à altura de alguém que estava ali para ensinar? O episódio não teria sido uma boa oportunidade para discutir, refletir e aprender? Parece-me que também os professores, por diversas razões – e também pela humilhação cotidiana –, não conseguiam estar no lugar que deveriam, não era possível ali a dialética entre mestre e discípulo. 

“Talvez tudo o que esses garotos sabem dos pais é que são ricos. Criados por babás, tentam manter esse traço, esse significante do rico/pobre para manter em si os pais que de certo modo não existem”, comentou minha filha, hoje adulta, depois de ler este texto. “Não estou justificando”, disse. “Só pensando.” Seu comentário me fez perceber que estas crianças e adolescentes que fazem sofrer também devem sofrer muito. Afinal, eles não são monstrinhos, como tendemos a pensar. Se fossem, seria mais fácil. São gente. E gente sofre. 

Desejo sorte à minha pequena amiga na nova escola. A melhor resistência é continuar sendo ela mesma. Mas temo pela sorte de todos nós no futuro próximo se não enfrentarmos a violência não apenas nas escolas da periferia, mas nos prédios imponentes e caros do lado privilegiado do mundo. Uma violência que começa não fora, mas dentro de casa, tendo os pais como cúmplices – quando não como exemplos. 

32 comentários:

  1. Caraca, Mari. Tô projetando meu baby e já pensando em tanta coisa que me arrepia ler uma matéria como esta. Precisamos fazer alguma coisa, né? Dá um aperto no coração...

    Obrigada pelo carinho no meu canto.

    beijo!

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  2. Excelente texto. Me reconheci muito na menina. Eu era totalmente patinho feio na minha escola de elite. Mas o que se faz hoje extrapola - e muito - os constragimentos que me fizeram passar na minha época por não ter (e nem querer ter) mochila e tênis de tal marca, por viajar pela América Latina em vez de ir pra Disney e por curtir Chico, Tom Zé e Jorge Mautner em vez da axé music (eu morava na Bahia, veja bem). Eu era (sou) pela reforma agrária e estudava com os filhos dos fazendeiros (coronéis). Era comunista, feminista e outros istas que não combinavam em nada com o perfil da escola. Foi difícil, mas sobrevivi.
    Hoje, como mãe, quero evitar a qualquer custo colocar minha filha nestes colégios de elite, que só padroniza as pessoas - e massacra quualquer tentativa de diversidade.
    Aliás, meu sonho é matriculá-la em escola pública. E não falo da boca pra fora. Quem me conhece sabe bem o quanto luto por isso.
    "Entre os muros da escola" versão elite, mas sem nenhum glamour. Boa.

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  3. Sempre penso nessas coisas! Vi isso acontecer mts vezes, mas de forma mais amena!
    Vou linkar esse post lá no meu blog! Espero mesmo que muita gente leia isso!
    bjs,

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  4. olha, esse texto vem mto de encontro com o que venho pensando: educacao e valores. Tenho tentado questionar isso em mim, pra comecar a definir um pouco que tipo de coisa acho válido passar pro meu futuro baby ou nao.

    mas é mto dificil pensar que estou batalhando agora pra ter um mínimo de condicao pra por meu filho em um colégio bacana e ele vai chegar lá e sofrer pra manter seus valores (que eu tanto planejei e sonhei e discuti). Fico me questionando se vale a pena (nao o meu esforco de educacao, mas sim o de coloca-lo num colégio desses).

    estudei a vida toda em colégio público e acho que foi uma das melhores coisas que meus pais fizeram por mim.

    bjs
    Carol
    http://carolesuasbabybobeiras.blogspot.com/

    (e obrigada pelo teu comentário lá no blog, fiquei feliz pelo apoio!)

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  5. Nossa, pesado né? Mas, infelizmente, é a pura verdade.

    Bjos!

    Thais
    (tata_dri)

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  6. Fico até com vergonha de ser professora nesta hora... é obrigação da escola atentar pra este tipo de atitude e fazer algo (mesmo tendo que ir contra os pais) para mudar esta situaão. E ela é real. Trabalhei em uma escola particular na qual praticamente quem mandava eram os alunos, via pais. Seus filhos, criados por babás e telvisão, nunca estavam errados. Errada era as escola, a professora, a amiguinha.... cada vez mais acho que tinha que existir licença pra ser pai/mãe, porque criar pessoas é bem mais sério que dirigir...
    Agora estou em uma escola que presta bastante atenção à criançada e procura alertar os pais sobre os desafios de se criar os filhos, e tenho aprendido muito lá. Portanto, não desistam, ainda existem bons proofissionais que amam o que fazem, e sobretudo, seus alunos. Querem o melhor pra eles, emsmo que seja dizendo não (e como é importente dizer não na hora certa!...)
    De uma futura mamãe, assustada com esse "mundo ruim..."

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  7. Que texto lindo. Tô logo aqui, pedindo permissão pra linkar esse post no meu blog, para que outras pessoas leiam e para que eu não esqueça disso num futuro próximo.
    Obrigada.
    Valquíria

    http://asperipeciasdorei.blogspot.com

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  8. Passei por isso em uma escola estadual. Sim, na época em minha cidade essa escola era uma das melhores, e o pessoal com poder aquisitivo se matriculava. Sofri bastante quando mudei de horário (manhã)a turma era insuportável, não tinha limites... o filho de uma das professoras era o pior... e do lado dele havia uma garota que adorava me estapear a cabeça e me chamar de bruxinha. Até o dia que brigamos em uma aula de handebol, depois dela apanhar todos os outros me deixaram em paz. Não sou a favor da violência, entretanto, quando uma criança vê a outra mais frágil, ela abusa. O interessante dessa estória, é que a infeliz que me agredia hoje, vejam e pasmem! é dona de uma escolinha. infantil....

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  9. Triste demais essa realidade. Acho difícil demais a escolha da escola, não só pelos princípios pedagógicos, mas principalmente pelo perfil dos pais e alunos. Até que ponto a gente consegue saber se os valores são parecidos com os nossos? Pq eu não acho que é só uma questão de dinheiro, mas acima de tudo de valores!
    Ai que meda!
    beijos

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  10. Mari, fiquei tão impressionada com a dimensão desse texto que fiz um post lá no blog sobre o assunto. Obrigada por compartilhar com a gente mais essa lição! beijo! Dani

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  11. Obrigada por trazer este texto no seu blog. Muito horripilante esta realidade. E de pensar que nossos filhos, tao amados e desprotegidos, serao lancados neste mar de tubaroes assassinos e nos nao estaremos la, na sala de aula, para segurar-lhes as maos e dar uns cascudos nos bullies......
    x,
    L

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  12. Mari,
    o que tá acontecendo com os pais de hoje? Cara, por aqui não é diferente não. Aqui em Montreal a criança é um rei na escola. E obedecer é lenda.
    Amei o texto.
    Bjo

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  13. Olá Mariana, tudo bem?
    Passo por aqui sempre e já comentei algumas vezes, mas dessa vez escolho comentar como anônima, por um motivo parecido com o da menina da reportagem, para não me expôr.
    Hoje tenho 26 anos, e aos 12 anos, na 6a série, num dos colégios de elite de São Paulo (desses que "todos" sabem o nome), passei por uma história parecida. Hoje chamam de Bullying, na minha época não usavam um nome específico.
    Um dia fui para uma sala nova, porque achava que tinha uma amiga nessa sala, até que comecei a ser ingorada e ninguém queria fazer trabalhos comigo. Porque me achavam diferente, porque eu era quieta, porque eu me recusava a faltar no trabalho voluntário que eu fazia. Lembro de ouvir de alguns colegas "mas fulana não pode faltar porque ela faz ballet, e eu faço inglês, mas você pode faltar nessa coisa que você faz!". Esse foi um dos motivos... eu também não gostava do que os outros gostavam, e gostava de coisas que os outros achavam estranho. Não ficava rindo e ridicularizando os outros, mas quem não fazia isso acabava sendo ridicularizado. Pois para não ser ridicularizado era preciso ridicularizar, como uma forma de chegar a um "pedestal" inatingível. Eu também não ligava para roupas de marca, e vivia ouvindo "qual é a marca da sua calça?" eu dizia "não sei" e me respondiam "como não? como você não usa calça da marca X?".

    Mas o que me aconteceu foi diferente da história da menina da reportagem. Alguns professores perceberam, a orientadora também, conversou comigo e me deu a escolha de mudar ou não de sala, no meio do ano letivo. Eu demorei pra decidir, não sabia se gostaria de mudar. Mas no final, como a menina, não aguentava mais ser ignorada e pisoteada. Mudei de sala, fui pra uma turma aonde tinha amigos, e que permaneceram ao meu lado sempre. Fui super bem acolhida e segui até o final.

    Sim, algumas vezes ainda era olhada como "estranha" ou "diferente". Quando penso sobre uma futura escola para meus futuros filhos, não penso em colocá-los na escola que eu estudei. Continuo escutando histórias de "Bullying" nessa escola... mas escuto isso em muitas outras escolas! Acho que isso existe já há muito tempo, talvez nos últimos anos isso venha crescendo, com os moldes da sociedade em que vivemos, com filhos sem pais, com pais que não dizem não, por medo de "traumatizar" os filhos, ou por culpa de não estarem presentes, e quererem tudo recompensar. Mas hoje isso vem aparecendo mais, e a violência, que se pensava existir apenas na escola pública, deixa de ser silenciosa nas escolas privadas.

    um beijo!

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  14. minha irmã é professora de escola particular e tem muitas histporias. mas creio q muito da culpa é dos pais q se sentem culpados por nao terem tempo e nao dao limite. minha irma disse que tem pai que fala para ela fazer a lição do filho (!). esperar o qeu dessa juventude?

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  15. muito bom esse texto. e excelente que tenha saído na Época, uma revista de intensa circulação nacional. fala de uma realidade chocante que muita gente conhece, mas pelo avesso. fundamental olhar para esse outro lado da mesma moeda. vou repassar para muita gente que conheço, acho que é um problema fundamental para ser discutido a fundo, em várias esferas. moro em uma cidade do interior, e sei o quanto essa crueldade pode ser ainda mais massacrante aqui, onde todos são filhos de "alguém", e a cidade toda conhece. o bullying adquire uma escala municipal, e não apenas entre os muros da escola.
    beijo, excelente divulgação.

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  16. Texto nota: 10.
    Realidade tristíssima: nota 0.
    Bjus, Mari. E obrigada pelo serviço de utilidade pública!
    Cau

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  17. Muito bom o texto! É triste, porque eu me vi nessa menina e agora que tenho um filho, percebo que nada mudou.

    Lembro-me que logo que ele nasceu eu me perguntava muito sobre o mundo para o qual o tinha trazido...

    Uma total inversão de valores. Quem deveria ser recriminado e expulso da escola é recompensado pela atitude cruel e egoísta. Que vergonha!

    Gostaria de saber se posso fazer um link no meu blog para esse post. www.sonhodetalita.blogspot.com

    Beijos.

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  18. Muito importante essa reportagem, essas coisas acontecem bem debaixo do nosso nariz e não acreditamos, não é!!!!

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  19. Mari, importantíssimo esse post. Como pedagoga vivo as agruras de ser também responsável pela formação de seres humanos melhores, mas a escola sozinha não forma nem transforma. É essencial o engajamento das famílias e nessa reportagem a gente pode ver o quão frustante é ser um profissional da educação, seja da escola pública ou privada. Vou criar um post lá no meu blog com a reportagem e lhe darei os créditos, ok? Beijão.

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  20. Então, sou professora, já trabalhei em colégios particulares e estaduais. A realidade muda um pouco.. mas não muito..
    Eu sempre digo que tenho pavor de "chamar os pais do aluno" porque nunca se chama o pai do bom aluno, só daquele que incomoda.. e pasmem.. ou o pai não vem ou não assume a responsabilidade sobre a pessoinha..
    e, gente pra ficar "pegando no pé" dos outros sempre vai ter.. a gente só se acha mesmo depois de uma certa idade, quando os colegas de colégio deixam de ser a única forma de fazer amigos, e as portas, janelas e frestinhas se abrem.
    Eu e muitas outras pessoas passaram por situações semelhantes, pela roupa, pelo gosto musical, pelo jeitão.. pelo que seja.. é dificil não se enquadrar.. e as vezes quem parece enquadrado faz isto com um certo esforço, só para ser aceito!
    E, apesar dos professores poderem tomar determinadas atitudes em certas situações, são os pais os grandes irresponsáveis pela situação estar como está! em qualquer faixa de renda!

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  21. Mari,

    Esse comentário pouco - ou muito tem a ver com o post. Quer dizer, fala sobre educação - melhor, sobre a falta de. Meu Deus, queria eu nunca ter lido isso, que tal fato nunca tivesse ocorrido, que gente assim não existisse. Qd tiver tempo, leia isso. É tocante: http://www.rainhasdolar.com/index.php?itemid=3756#c. Beijo.

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  22. Muito pertinente o texto, essencial para nós, mamães que estamos em época de escolher a escola ideal para nossos pequenos. Obrigada, Mari! Não tenho nem como agradecer o link desta reportagem. Gostei muito mesmo! E gostei mais ainda de saber que existem pessoas como você, eu e todas as mamães que fizeram comentários que desejam mudar esta realidade e se comprometem com um futuro e uma educação melhores. Beijos

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  24. Fiquei dias pensando sobre este post. Encaminhei para todas as minhas amigas mães/amigos pais. Depois mandei para todos os meus amigos educadores. Depois mandei pra todo mundo mesmo. Pensei e pensei e não consigo escrever algo aqui, como se sentisse minha ira entalada na garganta, como se lembrasse de tudo que eu mesma já passei um dia na escola, se bem que de forma bem mais amena do que perecebo hoje em dia. Voltei aqui, li os comentários, segui o link sugerido pela Pri Lopes....a mesma indignação me tomou. Se nem vizinhos de prédio conseguem mais respeitar as míninas regras de convivência, imagine esses egoísmos multiplicados em escolas. E depois de uma matéria dessa? Qual o caminho devemos tomar? Como acharmos uma saída? Perdemos o sentido comunitário. Acho que esta minha última frase é o que mais bate na minha cabeça.

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  25. Dia desses, de bobeira em casa, comecei a ver aqueles filmes bobinhos... sabe quando vc vê o filme e pensa "Noooossa, pegaram pesado, ninguém faz isso!"

    No final me deparei com aquela mensagem de que era um caso real. Nem acreditei. Achei muito louco para ser real, não parecia.
    Chama Fab Five: Aprontando Pra Valer
    São 5 cheerleaders que quebram todas as regras de uma escola. Nem faculdade era...
    Elas fazem de tudo, é impressionante, e com o consentimento, de pais, diretores e superiores. Os professores têm medo, ninguém se mete, porque elas aprontam, se fazem de santas e nunca são punidas.
    A professora que denuncia é demitida e super discriminada até que uma auditoria (de pessoas tipo MEC eu acho) diz o que realmente estava acotecendo lá. É bizarro.

    Se for numa questão de aprender como não fazer as coisas, ou estudar comportamentos. Vale a pena assistir.

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  26. adorei o texto, bacana você contnuar a discursão...
    abraços

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  27. Campanha: FOLLOW ME!
    se você lê meu blog, e ainda não acompanha publicamente, que tal começar?
    eu ficarei muito feliz. abraços

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  28. Caramba. Comigo não foi assim tão cruel, porque tenho 2 irmãs na escadinha (diferença de 1 ano e pouco entre uma e outra) e mudavamos muito (de cidades, de escolas) e sempre éramos novidade, e tudo era novidade pra gente. Quando o bicho pegava a gente se juntava na hora do recreio, e, quando eu precisei mudar de horário porquê fui pro ginásio, kkk, fiz amizade com outras pessoas que também tinham problemas (de $, de físico, de gosto, de atitudes, etc) são amigos atuais, presentes, todos seres humanos concientes, saudáveis. Ah, e estudamos em colégios particulares do Rio, e também no CIEP. Porque minha mãe achou válido nos apresentar os extremos. E digo que o CIEP foi a melhor experiencia de aprendizado intelectual que eu tive.
    Vou mencionar também seu post lá nos meus rabiscos, para tentar alertar um número maior de pessoas para o perigo que isso representa.

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  29. Estou impressionada com a quantidade de relatos de pessoas que passaram por situações semelhantes e creio que o "bullying" é algo quase comum em todos os tempos e lugares. Eu estudei em escola estadual e, não só sofri, como vi colegas sofrerem também. Esse tipo de assédio, infelizmente, sempre vai existir, pois nem todos são iguais. A questão, como sugere o texto, é aprendermos (ensinarmos) a lidar com as desigualdades, o que não fazemos (e nunca foi feito, pois punir também é mais fácil que educar). O que mais me preocupa nessa história toda é: qual é a educação que queremos para nossos filhos?
    Não sei o que é pior, saber que a criança será mal alfabetizada por uma professora que nunca entrou num museu ou assistiu a um bom filme, ou trancá-los em escolas competitivas, de professores bem formados, porém de valores éticos duvidosos – escola é negócio? Educação tem preço?
    Fico pensando na cena das reuniões de pais e mestres, se é que elas ainda existem: pais fúteis, comentando sobre seus os carros e jóias caros, ou reunião de mães de filhos sem pais, mas igualmente interessadas na roupa e sapato da outra...
    Acho que isso também é uma espécie de bullying.
    Xeque-mate! Parece que uma vez excluído, sempre excluído. No trabalho, na rua, na vida...

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  30. Eu nunca tive amigos, sempre fui excluída, sofri muito bullying. Isso em escolas particulares. Gostaria que os meus pais tivessem percebido e me ajudado a lidar com as situações pelas quais passei. Mas serviu para o meu crescimento como pessoa.
    Não concordo em dizer que escolas particulares são escolas da elite. A Elite é muito pequena. É outra. Também, se nas escolas particulares o problema com alunos "bossais" e pais totalmente sem noção dos monstros que estão criando é mais aparente, nas escolas públicas isto também acontece.
    Professores existem bons, existem ruins... De forma geral eu os admiro, e de maneira nenhuma eu suportaria esse encargo.
    E vcs?? Será que os seus filhos são pessoas humildes? Têm empatia?
    A minha maior preocupação antes de engravidar era como ensinar valores e humildade e ao mesmo tempo dar o bom e o melhor. Acho que estou conseguindo...

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  31. Nossa, triste!
    Eu estudei em escola pública, mas em bairro bom (Chácara santo antônio) tinham boas crianças lá, era feliz, não sofria nenhuma diferença. Fui para uma pequena escola particular na 3° série. A turminha era complicada, implicavam comigo, eu ficava chateada, era totalmente excluída e me xingavam. Ninguém fazia nada, nenhum professor, nem a pedagoga da escola. Minha mãe me mudou de turma, fui para a turma da manhã na 4° série. Fui feliz demais lá. Totalmente inserida no grupo, na mesma escola, que era pequena, tinha 2 unidades. Mensalidade não muito cara...Aí meu pai perdeu o emprego, eu tive que ir para uma escola pública, na periferia (Jardim São Luís) e o chouqe cultural foi muito pior!
    Ninguém gostava de mim, e apesar de eu ser uma garota simples, que nunquinha usei roupa de marca e com um pai desempregado, só o fato de eu ser boa aluna, não viver me agarrando com o meninos da escola e não falar palavrão, fez de mim, persona non grata, emn quem aquelas meninas que mais pareciam selvagens, querer bater em mim. Ligava pro meu pai, tinha medo de apanhar na hora da saída. Foi o pior ano da minha vida. A 8° série foi um horror!
    Bullyn, engraçado esse termo né?
    Antes sofríamos sim as maldades das crianças, mas a coisa era superada, com o amopr da mãe, o pai incentivando o filho a reagir, ou a não ligar. Hoje tudo vira processo, tudo vira polêmica e estamos vivendo numa época em que as crianças são completamente despreparadas para ouvirem críticas, não sabem lidar com suas frustrações e nem com a maldade alheia. Fortifiquemos a auto estima de nossos filhos, preparemos seus espíritos, porque a batalha lá fora é dura, muito dura! E eles precisam saber lidar com isso. Porque tem muitos pais que não excercem seus papeis como pais, como família, e seus filhos tornam-se monstros, carrascos de outras crianças.

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  32. Muito bom esse texto, coloca amostra a caixa preta de educação falida, despreparada e sem valores. Eu passei também por isso, como aluna e como professora.Como aluna, passei pela exclusão, humilhação, segregação e outros adjetivos mais; como professora, tive que ouvir: você sabe de quem eu sou filho, se soubesse não fazia assim, porque amanhã, você não vem nem para a sala, é uma violência velada; já na escola pública, a violência vem como resposta a esta segregação, onde alunos não são respeitados pelo poder público, professores não tem seus direitos resguardados (ocorre em ambas em relação ao respeito e a segurança),não deixando de lado as questões salariais, as condições de trabalho, o estress e a saúde e os pais, não todos,assim como os outros não assumem os seus papeis, no caso das "escolas de elite", o que se vê é uma terceirização filial, " eu pago babás, boas escolas, cursos e esportes, para você ser gente", este é o discurso destes pais.
    é uma realidade que deve ser revista, pois nossos filhos estão sendo vistos como sacos de armazenagem e a educação, que antes vinha de berço, hoje, pensasse comprar no balcão de uma renomada escola, de quem é a culpa é só dos governantes?
    Avaliei bastante isso em relação ao meu filho, e espero pelo menos tentar fazer o certo.

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