terça-feira, 3 de novembro de 2009

:: Sobre feriados e separações


Esse feriado foi tipo pizza: delicioso, engordante e meio a meio: meio paulistano meio interiorano, meio com Alice meio sem.

A pequena foi-se com os avós para Águas de Lindóia na sexta e combinamos de encontrá-los lá no domingo pra passar o restinho dos dias.

Primeira viagem da Alice sem a gente, céus! Posso dizer aqui que me diverti HORRORES sem ela, ou pega mal?

Ah, me diverti pencas, falo mesmo! Imaginem mamãe livin' la vida loca! Agora encaretem um pouco (haha), agora mais um pouquinho (eita!), e pronto, sou eu. Tirei o atraso de tudo nessa vida. Peguei maridão só pra mim, tomei sol deitada na grama, li por hoooras sem ser interrompida. Comi fora de hora. Fiz dia da beleza, com todas as frescurinhas merecidas. Vi o episódio longa-metragem de House. Fui pro bar, enchi a cara de torresmo (heavy drugs!) e tomei um pilequinho de dry martini, coisa que queria ter feito desde o meu aniversário, acho que combina bem com essa coisa de se ter 30 anos (o dry martini, não o pileque).

Enfim, 2 dias adultos e muito bem aproveitados. E quando chegamos no hotel na manhã de domingo parecia que a gente não se via há meses: Alice veio correndo e dando gritos agudinhos de alegria, e a gente fez praticamente a mesma coisa cá do nosso lado, e ficamos nos amando muito nos dias seguintes, de modo que a saudade só nos fez bem. E aí foi só alegria: ela nadou feito doida, distribuiu beijos, brincou de barra manteiga com as crianças maiores (correndo e rindo e dando tchauzinho pra gente ao mesmo tempo, tipo miss apostando corrida) e ainda foi introduzida ao pebolim arte, testemunhando a belíssima vitória de mamãe e titia sobre papai e vovô - o que para a formação de um conceito de feminilidade forte e viril é muito importante, eu acho. 

Então o feriado foi assim: bom sem ela, e depois bom com ela, e foi tudo lindo. Teria sido perfeito se domingo não fosse a noite do Baile do Havaí na cidade. E o clube não ficasse em frente à nossa janela. E a banda não tocasse axé, o cantor não gritasse u-hú!, o repertório não incluísse toda a discografia do Jammil e Uma Noites e o som não tivesse sido desligado às 5h da manhã. 

Mas voltando ao que importa: acho que aqui em casa estamos cada vez mais à vontade com essas pequenas separações, que têm sido tranquilas e valido a pena pra todo mundo. O mais difícil, pra mim, é botar a culpa de lado e admitir que uns dias sem bebê por perto caem muito bem. Mas estamos trabalhando nisso. Mais alguns feriados assim e eu fico craque em despachamento de filhos por períodos curtos.


(E assim vejo cair mais uma certeza que eu tinha antes de se mãe: "imagina se eu vou aquela mãe que manda os filhos pra colônia de férias pra ter folga dele por um mês. Nunca, jamais!"... haha! Tá, um mês é muito, mas uns 15 dias tá de bom tamanho, vai? Os outros 15 eu passo lá com eles, pode ser?)

20 comentários:

  1. ahaha Com certeza, nos amamos nossos tesouros, mas há momentos muito bem aproveitados com a ausência deles! beijos

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  2. Mas é assim mesmo. Depois que me separei, fico alguns períodos sem a Isa. Às vezes, é difícil. Mas, em outras, é bem gostoso também. Acho que sou uma mãe muito melhor por conta destas pequenas pausas. Nelas, me revigoro, vou ao cinema, faço as coisas que gosto. Quando ela volta, estamos com saudade e cheias de novidades. Delícia! Sem culpas, flor. É assim mesmo! bjo
    Paloma e Isa

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  3. Ai, ai... que saudades de ler horas a fio sem ser interrompida! Invejinha! hahaha Beijocas nas duas e nada de culpa, que isso não é coisa de mulher-mãe-macha-viril! haha Beijocas

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  4. Eu ADORO a forma simples e verdadeira como você encara a vida. AMO sua sinceridade. De paixão!
    E você é sincera assim, sem culpa, desprendida, leve. ÓTIMA!
    ADORO!

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  5. Ai, Mari, tô com invejinha também, hehehehe! Esse lance de morar longe da família dá nisso: não posso despachá-la tão facilmente num fim de semana. E ainda não aguentaria por períodos mais longos, acho.

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Ai que delícia!!! Essa é o grande downside de morar longe da família!! Temos que "importar" os avós para essas escapadelas...
    No ano passado fizemos uma viagem "segunda lua-de-mel" por 16 dias e eu fiquei com saudades também mas ai como é bom nao ter hora pra acordar, pra comer, pra namorar pelado, né? Não tive a mínima culpa e nem ligava todo dia (*gasp*) e quando ligava ele só gritava: "oi, mamae, beijo, te amo, tchau". Ele se divertou mais do que eu...
    Recomendo!
    Xoxo

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  8. ´Por aqui Mari, eu que tenho uma de 12 anos e outra de 17 meses, digo sem a menor culpa:
    Adoro essas férias!
    Beijos Bochechudos

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  9. Uma mãe poderosa e madura... cabelos ao vento... dry martini em uma mão...livro na outra.
    Capa de revista total, I like it.
    Agora. Jamil e tra-la-la em Lindoia's' Waters é pra estragar a foto, ain?

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  10. Ai que delicia! Eu estou gravida de 17 semanas, entrando no 5º mes. Todo mundo diz que não ve a hora do bebe nascer, acho melhor curtir uma fase de cada vez, depois não vai dar pra colocar de volta na barriga e curtir fim de semana a dois né?

    Criei coragem e estou fazendo um blog http://gatosebebes.blogspot.com/
    se puder ver e me dar umas dicas agradeço. Eu to adorando seu blog desde que te vi na TV. Bjs Cy

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  11. Delícia de texto, Mari! Congrats! Ri aos montes de cá sobre o domingo imperfeito. Eu não sou mãe, mas acho que tá tudo certo c/ umas miniférias dos pequenos vez ou outra. Olha, s/ querer abusar (já abusando) da sua incrível audiência, queria fazer um convite a vc e a suas leitoras: de quinta agora, 5, até o próximo domingo, vai rolar Baby Bum no Instituto Tomie Ohtake. Não sei se vc conhece, mas o Baby Bum é um mega evento bacanérrimo e imperdível p/ quem é mãe, tia, avó, madrinha ou qualquer outro título relacionado a crianças. Imagine a reunião sob o mesmo teto de um monte de marcas legais de crianças - tipo umas 80. Moda é o forte, mas tem tb muita decoração, brinquedos, enxoval, papelaria, jóias, entre outros apetrechos divertidos e funcionais (ou não). É de pirar! Rolam tb umas oficinas e atividades recreativas p/ os pequenos se jogarem e esquecerem da vida. Resumindo, programinha legal,
    vale super a visita. Pra saber horário, end. e a relação das marcas participantes, dá uma olhada no convite - www.babybum.com.br
    E se vc conseguir ir, dá uma passadinha na Mélange p/ gente se conhecer, tá? Eu vou estar por lá dia e noite, noite e dia até domingo. bj, Flávia

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  12. TEM TODO DIREITO! TENHO CERTEZA DE QUE ISSO FEZ MUITO BEM A VOCÊ. BEM MAIOR AINDA FEZ A ALICE!

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  13. Mari, tô pra te dizer que os seus textos fazem parte do meu relaxamento diário, depois que o Thomas vai dormir. Então trata de escrever todo dia, viu? ;)
    Beijo, beijo!

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  14. querida,

    Dá uma força com essa blogagem coletiva aqui no Mamãe Antenada!

    Link:
    http://mamaeantenada.blogspot.com/2009/11/blogagem-coletiva-carregando-com.html

    Beijão!

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  15. Pega supeeeer BEM admitir algo assim. Ajuda a diminuir a culpa das outras mães. TEnho tendências megapossessivas, por isso já estou preparando minha mente e espírito pra me libertar (e libertar meu filho). A notícia de que poderei tomar um pilequinho e ler durante horas seguidas me encorajou a mergulhar fundo nessa minha "preparação" para ser uma mãe mais "aberta" Beijo!

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  16. Finalmente alguém que não tem medo de dismistificar essa coisa do papel santo e imaculado de mãe!! Mãe continua sendo mulher mesmo depois de ser mãe, não é? Com as mesmas necessidades e vontades (tá, algumas coisas mudam, mas a essência não!). Quem inventou essa tal de culpa e colocou a mãe no pedestal não sabe o mal que isso tudo faz...! Não pega mal admitir sentimentos reais e humanos. Na verdade pega super bem! =))

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  17. Post maravilhoso, pra variar! E tô acompanhar o sucesso que seu blog tá fazendo!!! Parabéns, querida!

    Beijão.

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  18. Amei,ainda não consegui ter essas mini-férias mas, o teu texto só me anima mais prá o que já venho ensaiando. Neste feriado quem fez isso foi o Nelson, me despachou com a filhota prá casa da sogra e ficou de boa (reformas no apto). Tá certo que na casa dos avós eu consigo entregar a neta e curtir um pouco mas, ainda não é mesma coisa né. Me aguardem!

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  19. boa!

    eu que fico reclamando dos meus amigos livin la vida loca acho que vou sentir falta dos meus pilequinhos tb depois que baby chegar! (admito só aqui na sua caixa de comentários, perdida entre vários outros, no meu blog jamaaaaais!)

    hihihihi

    beijos!

    (ps.: ri demais fazendo a imagem mental de Alice tipo miss apostando corrida, hahahah)

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  20. hahahhah

    Este fim de semana fizemos a mesma coisa! Deixamos a nossa filha com a minha sogra e aproveitamos o Domingo maravilhoso que estava aqui em Floripa!!!
    Morremos de saudades, e tbm nos sentimos "culpados" por estarmos felizes sem nosso filhote, mas devemos aproveitar esses momentos, que ajudam o casal!!

    Adorei seu Blog!

    Visite o meu tbm
    http://aosabordoventoo.blogspot.com/

    bjinhus
    JuhCimiano

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