sexta-feira, 16 de setembro de 2011

:: Ainda sobre parto - perguntas e considerações

Me perguntaram onde foi o parto do Lucas, como foi isso da Alice assistir. Tive o Lucas no Einstein e a Alice no São Luiz. Em ambos, pedi as salas de parto humanizado (que por incrível que pareça não são tão requisitadas como eu imaginava, já que a maioria das mulheres prefere ir direto para a cesárea). Nos dois partos entrou na sala quem eu quis, sem taxas de acompanhantes ou exigência de roupinha especial. Mas eu não tenho muita clareza sobre as regras dos hospitais. Em uma visita ao Einstein eu perguntei sobre a entrada livre de visitas durante o parto, e o funcionário me olhou de olhos arregalados e disse que não podia - mas eu não sei se não podia de fato ou se ele é que achava a ideia absurda. Quando conversei sobre isso com meu médico, ele riu e disse: "relaxa, na hora a gente dá um jeito". E deu. A minha impressão é que a autoridade nesse sentido é o médico, ele apita mais que o hospital. Se o médico topar, ninguém se opõe. Não sei se isso se aplica sempre, não sei se o meu médico é que é muito bem relacionado nos dois hospitais, não sei como é no sistema público. Essa é a minha experiência, mas é bom lembrar que foram partos burguesinho e particulares, em maternidades cheias de salamaleques. Não dá pra generalizar, ok? Vale conversar com o seu obstetra antes e checar a possibilidade.

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Lia levantou uma questão importante: é muito difícil conseguir um parto natural sem uma equipe especializada. Porque não é só uma questão de vontade, tem um apoio moral e físico ali na hora que é muito específico e absolutamente fundamental. O parto ser domiciliar também faz diferença: eu imagino que muitas mães que tiveram parto domiciliar, se estivesse em um hospital, com acesso a anestesia, teriam desistido e caído na cascata de interveções – com altíssimas chances de arrependimento e sensação de autosabotagem depois. Estar em casa meio que te força a ir adiante, é quase uma autosabotagem para evitar a autosabotagem. Quem preferir um parto natural hospitalar (eu seria desse time, não tenho a menor vontade de parir em casa. Nem vontade, nem coragem, nem roupa de cama ou camisolas suficientes para lidar com o mar de sangue...) precisa deixar muito claro para a equipe que precisa desse apoio para não desistir.

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Uma vez Carol escreveu sobre o seu plano de parto e citou um tal parto “meio humanizado” que lhe foi sugerido (e que ela quis mandar pra a PQP, haha). Isso me marcou porque, confesso, eu vesti uma carapuça louca. Achei que um parto “meio humanizado” servia direitinho pra mim, considerando as limitações que eu sei que tenho. Eu bato os pés nas questões que acho mais importantes, mas aceito intervenções que, pra mim, valem a pena. Facilitam. Poupam. Trazem segurança.

Na minha ordem de prioridades, um pós-nascimento delicado é o mais importante, e dele faço questão: luz baixa, ambiente silencioso, colo imediato, mãe e filho grudados, a família ao lado, cordão que pára de pulsar antes de ser cortado, amamentação livre desde o primeiro momento. Tudo isso correu exatamente como eu esperava.

Quanto ao processo todo do parto, eu fiz concessões onde achei que dava, em nome de um conforto que considero importante. Entendi, na medida do possível para uma leiga, os riscos e benefícios implicados em cada etapa. Escolhi um parto normal hospitalar, topei algumas intervenções, expliquei para o obstetra o que esperava, o que aceitava, o que fazia questão em cada fase. E acho que tive um parto incrível. Acho que o Lucas chegou da forma mais respeitosa e tranquila, para ele e para mim, que eu consegui. Essa sou eu, bancando as escolhas que eu fiz.

Importante é poder escolher. E para isso, buscar informação. Só aí é que se pode de fato decidir - e não engolir decisão alheia. Isso feito, missão cumprida. Qualquer decisão tomada com consciência, com clareza dos motivos, deve ser respeitada. Seja pro lado que for.

- Tá, e onde posso onde buscar informações?

Primeiro a gente tem que se perguntar se quer mesmo se informar, ou se só quer legitimar uma decisão que já foi tomada - coisas completamente diferentes. Alguém com uma inclinação para o parto domiciliar vai gostar muito de ler uma turma mais "lado B": GAMA, Parto do Princípio, Mamíferas. Já quem chama essas moças de xiitas radicais vai descartar tudo o que for lido em um site desses, porque não lhes convém. Essas vão preferir fontes mais "oficiais", que estão por aí em sites de bebê, nas revistas, nos "manuais para grávidas", na boca da grande maioria dos médicos - opiniões que as radicais também vão descartar. Eu acho que as informações se complementam. Acho que o mais honesto é ler de tudo e aí filtrar, se identificar, fazer escolhas. Usar só um lado ou outro como referência mostra que a decisão já está tomada desde sempre, correto? Então pra quê perder tempo?

***

A gente vê debates muito apaixonados acerca dessa questão do partos. Muita gente é taxada de radical, mas são essas mulheres, as "radicais", que conseguem botar o assunto na roda e orientar uma infinidade de mulheres para um parto que faz toda a diferença para elas. Por outro lado, elas também causam toneladas de frustração. Elas são meio supermulheres, bancam o caminho mais difícil, se orgulham muito dele, volta e meia enfim o dedo na ferida de quem não banca (e, veja bem: só dói em quem TEM essa ferida, correto? Mulheres absolutamente bem resolvidas com seus partos não se afetariam nem precisariam se defender o tempo todo). Elas também botam a expectativa lá no alto. Falam de um parto ideal que, se não se concretizar perfeitamente, pode causa mais frustração. Enfim: militam por uma causa nobre e ajudam muita gente, mas quem encara essa causa como o único jeito de ser feliz no parto - ou como uma imposição, um julgamento, um dedo acusador na própria fuça - acaba se frustrando (e criando escudos, caíndo em negação, chamando pro pau...). É por isso que são tão amadas e tão odiadas - às vezes pela mesma pessoa, tipo eu, haha!

Como blogueira, leitora e conversadora empolgada sobre o assunto, eu tenho uma impressão: existe quem se posicione em um extremo ou outro, mas a maioria das pessoas anda ali pelo meio, vagando entre o fogo cruzado sem conseguir se identificar completamente com um lado ou outro. Então acho importante enfatizar isso: o meio do caminho existe. Existe sim o "meio humanizado" (que pode não ser inteiro humanizado, vá lá, mas está mais perto disso do que o parto normal cheio de intervenções, certo?). Existe um bocado de possibilidades entre o parto natureba na beira do rio e a cesárea eletiva. As pessoas são diferentes, os medos são diferentes, os limites são diferentes, os caminhos são muitos. Que a gente possa se orgulhar do caminho que escolheu e receber os nossos filhos do melhor jeito possível.

***

Mais divagações (porque eu amo esse assunto e posso falar por horas, notaram?), aqui.

27 comentários:

  1. então, pra vc ver como as coisas são: eu espinafrei o tal "meio humanizado" e acabou que meu parto foi exatamente assim! E, posso confessar: foi lindo, inesquecível, eu o repetiria sem tirar nem por. Não curti a episio, mas tampouco fico até hoje sofrendo por ela, sabe.

    Naquela ocasião, lembro de ter implicado com o meio humanizado pq isso era cobrado (e vendido) como se fosse o ultimate ultranaturebis mamífero, daí eu fiquei me sentindo boba, sabe? Era uma proposta legal, mas não era essa coisa xiita lado B, como vc chama no post. Eu sei que A é A, B é B. Enfim. Eu não nasci ontem, senhor médico capitalista selvagem.

    E sim, o caminho do meio existe! É possível! E melhor: é possível ama-lo e não querer outra coisa nessa vida!

    beijão!

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  2. Mari, concordo plenamente com tudo que escreveu. Eu sou super lado meio que pariu em casa no susto e gostou. Sabe?
    Meses depois do parto não acredito que fiz aquilo. Olho pra Alice, olho pra mim. A ficha não cai. É muito doidjo.
    Mas faria de novo, sim! Certeza. Apesar da dor e do incomodo.
    Desde o início pensava em ter uma parto "meio humanizado" também. E se estivesse no hospital, teria pedido anestesia. Ô se teria. Lembro de ter pensado na cesárea para acabar logo com a dor.
    Cheguei até lá mais por economia do que ideologia. Não tive grana pra bancar o meio humanizado (como a Carol disse!). Daí as coisas foram se encaixando e rolando até a escolha pelo parto domiciliar. (apesar de sempre achar que seria transferida pro hospital por não aguentar. mas daí o mérito é do marido que me convenceu a ficar em casa).
    Me sinto realizada por ter conseguido. Mas acho que o mais importante é o parto normal. E isso deve ser valorizado. Com intervenções ou não, acho que a mulher sempre que puder, deve parir pela vagina e pronto. É como tem que ser.
    Também sempre morri de medo de parir. Quando decidi engravidar sabia que teria de ser normal e ponto principalmente pelo medo de ser cortada e costurada. Ui.
    Sempre tive a informação e é justamente como você escreveu. Conhecendo todos os caminhos, decidimos por qual seguir.
    Me incomoda um pouco as pessoas que pegam muito pesado com as radicais se valendo de suas lindas e seletivas cesáreas. Pra mim também é ferida aberta. E como sou bocuda, caio matando e escancaro minha opinião puxando sardinha pras xiitas. Principalmente por caminhar no meio e saber que muita gente vai chegar ao blog e se deparar com um pensamento oposto. Contando que essa gente que chegar, certamente não é leitora dos sites citados por você.
    *
    Já te disse e repito, achei lindo Alice ter assistido o nascimento do irmão. =D

    Um beijo!

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  3. Se bem que acho que depois de escandalizar bastante no blog muita gente pegou birra de mim. Onde já se viu comer placenta. rs

    Beijo!

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  4. mari,
    postei nesta madrugada um post sobre esta polêmica que nunca tinha tido muito peito para encarar. mais dois estão programados para dar sentido ao que estou falando.

    a minha dificuldade é ter uma teoria, um senso do que seria ideal, muito diferente do que foi a minha prática e estava sem vontade de levar pedrada...

    apesar de ter tido uma experiência completamente diferente da sua, concordo com tudo o que disse sobre as "xiitas" e falei uma coisa até parecida por lá. sem elas estaríamos fritas, indo com a maré do sistema, sem chance de colocar a cabeça para fora.

    concordo também que esse parto lindo, ideal, 100% de acordo com planejamentos e controles de ambiente tem grande possibilidade de gerar frustrações.

    depois disso tudo fico é com saudade da nossa porção selvagem, que faz as coisas sem tantas teorias, estudos e informações... respeitando muito mais a natureza das coisas... infelizmente toda essa racionalização é necessária, porque levamos o nascimento para a esfera do mercado, da linha de produção e precisamos de insumos para lutar contra isso como coletividade e não como mulher, indivíduo, que CONSEGUE sonhar e realizar um parto natural...

    viajei, né?

    beijoca

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  5. Isso é verdade, o médico em geral manda mais que o hospital, que são padronizados. Se a mãe quiser, dá para deixar tudo escrito num Plano de Parto e evitar várias intervenções nela e, principalmente, no RN, mesmo estando num ambiente hospitalar.
    Por isso acho legal se informar. Acho que mesmo quem já tem opinião formada deve se informar, pois as evidências vão aparecendo, e mesmo ao ler relatos vc pode ter uma outra ideia acerca do assunto.
    Eu sou a favor de se informar sempre, usando os seus filtros, obviamente.
    Eu me achava super bem resolvida pela cesárea da Ciça (sem TP) e, lendo as xiitas e outros textos científicos (Ministério da Saúde, OMS etc.) vi que não era nada, eu era uma medrosa de marca maior, que me agarrava ao discurso mainstream porque era o caminho mais fácil.
    É difícil sair do lugar-comum e se enxergar (com outros olhos, mas, uma vez que vc sai disso, é um caminho sem volta, vc quer mais e mais.
    Beijos, Mari, e parabéns por suas escolas!

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  6. Mari, a questão do acompanhantes, existe uma lei federal (Lei 11.108/05) que garante a mulher um acompanhante durante todo o TP, obrigatoriamente, seja SUS ou paticular. Grávidas que lerem isso, se não te deixarem ter um acompanhante, podem fazer escandalo e dizer que vai processar o hospital, garanto que o acompanhante entra ligeirinho.Agora, a questão de ser mais que um (e criança) é muito do hospital (e do médico), tem muitos que não liberam mais de um...
    No mais, concordo com a Patricia, que entre uma cesaria 'humanizada' e um parto normal 'com intervenções, ainda prefiro este. E sim, dá pra ser meio humanizado, desde que a mulher saiba que é assim, e não seja enganada (como falou a Carol.

    beijos

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  7. Legal você levantar essas reflexões, Mari. Como escrevi no Viciados e repito aqui, acho que tem muito dedo na cara, muita teoria e falta ternura quando se fala de parto (na blogsfera). A mulher que está prestes a parir precisa de colo, não de culpa.
    Concordo com vc, acho as xiitas necessárias, pero hay que endurecer sin perder la ternura. Jamás.
    bjs
    Priscilla

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  8. Concordo total: acho que parto bacana eh aquele em que a mulher (marido tambem, por que nao?) esta bem informada de todos os pros e contras de cada metodo/possibilidade e faz a sua escolha consciente. Parto bacana eh aquele em que a mulher sente-se segura, amparada, confortavel.

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  9. Mari, fiquei muito feliz em ler sua reflexão e a da Mari do Viciados em Colo sobre o que chamam de xiitas (eu não gosto desse termo, prefiro radicais).
    Eu não me considero radical, mas nem coluna do meio. Mas sei que tem gente que me acha xiita radical, porque tive um PD e defendo o parto humanizado, assim como tem gente que me acha moderada, porque eu tento não perder a ternura, coisa difícil quando perdem a ternura com a gente, sabe?
    Eu acho que sou apenas uma mãe, como todas, buscando me informar e fazer o melhor possível. Eu comecei apenas querendo um parto normal ou uma cesárea bem indicada, nunca fiz o tipo que alguém diria que faria um PD.

    E se descobri há quase quatro anos que parto em casa existia, que parto humanizado existia, foi graças às radicais. Se hoje tanta gente discute o assunto, pensa no assunto, é graças a elas, como vocês disseram.

    E eu, humildemente, me considero ativista da humanização do nascimento para que se torne de fato possível não apenas num circula, mas para todos que queiram. Acho que isso só será possível com a popularização e cobrança para que aconteça. Daí minha alegria imensa em coisas como essas aqui: http://partonobrasil.blogspot.com/2011/09/abertura-do-1-centro-de-parto-normal-da.html

    Vixe, falei demais!

    Beijos!

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  10. Oi, Mari!

    Escolha 1: parto normal, com pouca anestesia,por todos os motivos já conhecidos dos benfícios do parto normal e por me considerar bem resistente à dor.

    Escolha 2: Amamentação exclusivamente com leite materno, até os 6 meses.


    o que ocorreu de fato:

    Para garantir a segurança da pequena, tive que fazer cesárea

    Meu leite não é suficiente, para ela engordar. Então dou o peito e depois o NAN na sonda (adaptei as tampinhas das mamadeiras), no meu peito e pretendo ir assim até 6 meses pelo menos.

    Então te digo, que além da informação e das escolhas, no meu caso saber ligar com as adversidades e ser flexivel tb. foi fundamental!

    Bjs.

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  11. Oi, Mari!

    Escolha 1: parto normal, com pouca anestesia,por todos os motivos já conhecidos dos benfícios do parto normal e por me considerar bem resistente à dor.

    Escolha 2: Amamentação exclusivamente com leite materno, até os 6 meses.

    o que ocorreu de fato:

    1. Para garantir a segurança da pequena, tive que fazer cesárea

    2. Meu leite não é suficiente, para ela engordar. Então dou primeiro só o peito e depois o NAN na sonda (adaptei as tampinhas das mamadeiras), no meu peito e pretendo ir assim até 6 meses pelo menos.

    Então te digo, que além da informação e das escolhas, no meu caso saber ligar com as adversidades e ser flexivel tb. foi fundamental!

    Bjs.

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  12. Muito boa reflexão! De fato, há muitas coisas sobre parto, há um enorme complexidade de eventos e subjetividade que atravessam tudo! "Meio humanizado" talvez não seja a melhor expressão, porque humanizado é o parto que prioriza as escolhas conscientes da parturiente. Não é porque você fez uso de anestesia, por ex., que o parto é menos humanizado.

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  13. Amei o seu post.
    Acho que informa muita gente, dá o caminho do sensato. Afinal, se cada pessoa é de um jeito, cada um deve poder escolher como interagir com seus filhos. Acho que modelos são preciosos e por isso viva aquelas mães que estão aí tentando mudar a realidade brasileira das cesáreas eletivas abaixo da goela...

    Porém temos que felicitar toda e qualquer mulher que começa essa viagem da maternidade. Antes a gente aprendia com a família grande a cuidar dos bebês. Mas a família moderna mudou: é pequena, distante...Daí que entra a internet e os novos meios de comunicação que ajudam bastante no compartilhamento de experiências.
    Eu que tô sozinha num país estranho, amo muito isso aqui. Aprendo muito por aqui. Por isso, obrigada por compartilhar!

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  14. Nossa Mari, gostei muito desses posts sobre parto, assim como dos posts da outra Mari também (do viciados). [Nos Marianas arrasamos, né? vamos combinar! ;°D].
    O meu parto ficou foi zero humanizado, alias, foi uma experipencia bem traumatizante! Acho que toda mulher tem que ter o direito de ter o parto que considera o melhor para si, levando em conta seus limites, seus medos e suas experiências. E esse parto meio humanizado que vc relata no post, poderia ser uma solução para essa desmedida que existe no Brasil em relação às cesareas eletivas desnecessarias. Aqui na França a escolha da anestesia é direito das parturientes e protocolo em todas as maternidades publicas. E adivinha so? Quase 80% dos partos aqui são "normais". Por que não investir nesse caminho "do meio"? Aqui todas as mulheres que eu conheci que pariram sob essas condições tiveram boas experiências, viveram o parto com tranquilidade e tiveram um pos parto igualmente tranquilo, sem a invasão desnecessaria (qdo é, claro) da cesariana.
    Eu vivi um pouco de cada coisa: quatro horas sem anestesia, oito horas com anestesia e depois uma cesarea de emergência zero humanizada, com um pos-parto doloroso e longo. Sinceramente? Não estava preparada e passei um tempão digerindo tudo que aconteceu. Por conta disso meu conselho para as gravidas é sempre esse: esteja preparada pra tudo, as coisas podem não acontecer como vc planejou!

    bjus!

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  15. Mari, seja do jeito que for, na minha singela opinião o parto deve ser seguro para o baby. Se for do jeito que a natureza escolheu, perfeito; se for do jeito que o homem encontrou pra evitar um mal maior, perfeito também. Nada de torturar bebês com partos angustiantes porque têm que ser normais, e nem expulsá-lo do ninho antes da hora porque é conveniente (à mãe, ao médico, ao convênio etc). Meus dois filhos tiveram um parto que começou normal e terminou em cesárea por força das circunstâncias, e não faria nada diferente, pois nasceram lindos, saudáveis, perfeitos, não tive nenhum problema pós-operatório. Sim, gostaria de ter tido um parto normal, sempre militarei em favor dele, mas acho que foram feitas as melhores escolhas no momento. E o importante é que eu estava preparada para qualquer roteiro, desde que tivesse final feliz: meus bebês perfeitos em meus braços. E foi exatamente assim!
    Beijo, Dani

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  16. muito bacana, Mari. Penso que é possível sim existir o "meio humanizado" (acho que é o que estou buscando... rs). Pq eu não sei se daria conta de parir em casa, mas não queria aquele monte de intervenções tb. Acho mesmo que cada uma deve sim se achar naquilo que considera melhor pra si e pro filho. Não dá tb pra querer fazer algo só pq é bonito e nobre (como não tomar anestesia, por exemplo!). Cada uma conhece seu limite e sabe onde o calo aperta... rs.
    bjin

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  17. Este assunto cada vez da mais o que falar! Acho lindos os relatos das mães contando sobre suas experiencias. Minha mãe sempre me passou muita tranquilidade em relação aos 3 partos normais dela, sempre me disse que foram os melhores momentos da vida dela. Eu fiz duas cesáreas, claro que tambem foram os melhores momentos da minha vida tambem!

    Fiquei impressionada pois uma amiga argentina que queria muito fazer parto normal não conseguiu, com nenhum dos filhos, isto deixou ela MUITO frustrada. A principio, na Argentina não existe a mesma apologia a cesarea que aqui. Pelo contrário.

    Enfim, cada mãe encontra sua maneira e no fim todas ficamos muito felizes com nossos filhotes!

    Acho que o mais importante é manter a discussnao aberta para que cada um saiba o que está escolhendo ou abrindo mão!

    beijos

    Pati

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  18. Olá...

    Eu também adoro falar sobre parto, achei interessante a sua abordagem sobre parto meio-humanizado. Interessante porque acho que o meu foi justamente assim.
    Não tinha condições financeiras de fazer um parto domiciliar, foi num hospital público no qual a gente não pode muito optar que senão fazem cara feia e tratam a gente mal.

    Enfim, tive a sorte de encontrar meu GO particular na maternidade pública. O que pra mim foi a melhor coisa que aconteceu, não recebi anestesia por opção, não tomei nenhum soro e optei por não fazer episiotomia. Pude amamentar dentro da primeira hora.

    No final fiquei (ficamos) felizes pelo parto ter sido quase totalmente como eu queria. As principais exigencias foram cumpridas...

    :D

    Continuamos no papo.

    Beijos

    karin
    www.mamameecia.com.br

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  19. oi mari,
    não tô aqui pra falar de parto não, mas de cabelo.
    engana-se quem acha que o meu é feito de glamour...kkkk
    nunca viu um pente. nunca.
    sou daquelas que não penteia o cabelo, passa a mão o só. por isso o curto me cai tão bem.
    agora os tucks... quer cara de diva? se sinta uma, eu já ignoro as minhas olheiras faz tempão. e mando ver na frase "tô bem assim" e ó, quer tirar a atenção dos defeitos? se encha de brinquedos infantis em volta.
    ó que funciona?!?!?!?!
    hahahahaha
    obrigada pelos elogios, viu?
    bjocas

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  20. Vou radicalizar...rs. Pra mim, tanto faz como meu filho vai nascer. Desde que ele venha com saúde e segurança. Se fosse uma cegonha me entregando, eu iq curtir do mesmo jeito...rs. Não é que eu não ache bacana estas histórias de parto e tals.... Só acho que não é o mais importante na maternindade. E um parto humanizado, acaba dando muito trabalho, temos que pensar, pesquisar, elocubrar... enfim, acaba ocupando um tempo grande da nossa vida. E ainda tem um custo alto. A meu ver não compensa ficar levantando esta bandeira e tentar mudar o modus perandi do país. Um bom hospital, um bom médico e pronto, sigo o esquema proposto pelo país, que é parir via faca.. fazer o quê? Conformada, eu? Nem tanto, tenho várias bandeiras que levanto, várias questões que tento lutar para modificar, mas parir não é uma delas. Simplesmente pq não é uma questão que me toca. Vejo mulheres que sofrem com isso, ficam mega-frustradas pq o parto não foi como elas idealizaram e tal... gente, pra quê isso? Foca no filho, na educação, na saúde dele, curte a companhia dele, isso p/ ele não muda nada. Ninguém é mais ou menos feliz pq foi parido assim ou assado! A minha irmã ficou tão deprimida qdo não conseguiu ter um PN que nem conseguiu curtir o parto do filho. Isso, sim, pra mim é maluquisse...

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  21. Amei o texto!!
    Ainda não tenho filhos mas, por ser meu maior sonho, penso constantemente como vou fazer... fico feliz que podemos ter um parto natural dentro do ambiente hospitalar. Me traz segurança dentro do que acredito!

    Bom, minha hora vai chegar, mas quero estar bem preparada até então!! rsrsrs

    quero voltar mais vezes, parabéns pelo blog!!

    Beijoo

    Carol;
    Sua Casa Sua festa

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  22. Ótimas considerações! Principalmente no item buscar informações. Se eu tivesse tanta informação no meu parto como tenho hj, talvez a história tivesse sido diferente... Ou não, porque ao mesmo tempo acho que tinha que ser assim mesmo, pois é o com o que eu podia lidar na época, era necessário para meu amadurecimento.
    Também não tenho gana pra PD, acho demais quem consegue e tals, mas não encaro. Já o PN sim, por isso caso tenha um segundinho vou trilhar meu caminho rumo ao VBAC.
    bjos!

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  23. Mari,
    eu adoro o seu blog e aprendi muito sobre maternidade aqui, de verdade. tanto que sempre falava com meu marido: a mariana disse no blog isso e aquilo...

    te leio há uns dois anos e meu filho tem um mês agora.
    me arrependo de não ter me empenhado em buscar um médico que entenda de parto humanizado, mas como tive pré-eclâmpsia acredito que eu não teria como ter tido um parto normal, mesmo.
    meu marido narrou meu parto e nossas aventuras como pai no blog dele www.paiciencia.blogspot.com

    o último post é sobre a translactação que soube que existia aqui, através do seu blog.

    beijo e thanks for sharing

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  24. Mari amo ler o que vc escreve. Acredito que é importante a mulher fazer o que realmente deseja, mas no fim das contas às vezes é preciso fazer o que é necessário na hora pela saúde do bebê ou da mãe. Eu sempre quis muito ter minha filha de parto normal e ainda bem, consegui. Mas tive que bater boca com a família que me pressionava para fazer cesária pq não aguentava a ansiedade, tive que persistir com a médica que estava louca para terminar logo com tudo, então a única coisa que digo é que para parir pelo parto natural é preciso querer muito, do contrário vc desiste. Desiste pela pressão, pela ansiedade das últimas semanas, pelo desconforto do peso, noites mal dormidas,pq até as 37 semanas vai bem mas depois....e se não desistir até aqui, vai desistir na hora da dor, que não é nada fácil de aguentar. Fui até as 40 semanas e optei pela analgesia de parto, mas acredito que me prejudicou um pouco, pq com a anestesia fiz pouca força, a cabeça dela não encaixava, estava alta, como dizem, e acabou demorando mais. O efeito da anestesia passou e eu voltei a sentir as dores até conseguir parir. Mas digo sempre que valeu muito a pena e passaria por tudo novamente pq o momento em que a gente tem nosso filho nos braços é inexplicável e único.

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  25. Ai adorei!!!
    Qual foi o seu médico Mari? Tbm escolhi ter meu Bebê no Einstein! :)

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  26. Concordo com tuuuudo o que você disse e acrescentaria: se informe, decida e se não rolar não sofra por isso.
    Planejei um parto lindo para mim, linha do meio, mas o Caio fez tudo sair diferente do meu planoperfeito e ainda por cima quis ficar no hotel (hospital) por uma semana, só para ser paparicado pelas enfermeiras, vê se pode?
    Se um dia rolar o segundo filho, pretendo que o Caio veja o parto, se ele topar, claro...

    Beijos!

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  27. Amiguinha linda, entendo tudo que disse, mesmo não sendo mãe, simplesmente porque eu nasci de uma mãe muito corajosa, que me teve em casa. Sim, ela leu um livro sobre o parto das índias, de cócoras e resolveu parir assim. Quanto à segurança, as intervenções que disse, elas fazem a diferença. Segundo o próprio médico (Jorge Sá, se não o primeiro, um dos primeiros que introduziram o parto leboyer na Bahia), ela está viva por milagre. Não houve anestesia e nem equipamento que pudesse salvar ela no momento em que, após parir, levantou para tomar banho e teve uma pré-eclâmsia (http://brasil.babycenter.com/pregnancy/complicacoes/pre-eclampsia/). Sim, a doida da minha mãe me pariu em casa, acompanhada somente de meu pai e do médico, sem equipamentos, sem nada além das mãos (até porque ele esqueceu de levar algumas coisas). Passado o susto, lá estava eu, gordinha e sorridente e agora escrevendo para você. Então, definitivamente, acho lindo o parto natural, sem cirurgia e penso que as brasileiras precisam perder o medo de sentir dor, mas com toda a segurança possível. Bjinhossss.
    Carol.

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